Inferno | Aposentos do salão infernal
Dois dias depois
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Catra abriu os olhos com dificuldade sentindo uma dor aguda percorrer seus braços. As correntes grossas e firmes produzidas por lacaios foram postas em seus dois pulsos, travadas com tanta força que ela jurou ter os marcado. As pontas fixadas em algum lugar do teto do templo em ruínas mantinham seus braços esticados em direções opostas, como um grande V humano .
A morena não lutou para se soltar, sua mente vagava em loop no momento em que feriu Adora. Ela não parou de se martirizar nem por um segundo. Nem mesmo quando deveria lutar com Eve, mas ao contrário disso se deixou levar pela tamanha manipulação, cedendo às amarras para manter a humana em segurança.
Eve a encontrou escondida em um beco qualquer, as ervas estavam mexendo com a sua cabeça. Mas por ser a responsável pelo envenenamento, Eve não foi atacada. Após encher a cabeça da princesa com absurdos as duas voltaram para o inferno, Catra como sua prisioneira.
O que definitivamente não havia sido uma luta justa já que Eve poderia ter poder sobre ela com as ervas venenosas ao seu favor.
As roupas de Catra estavam rasgadas, a calça jeans azul escuro que ela usava estava completamente marcada por garras. Seu corpo tremia com as inúmeras vezes que os lacaios de Eve e Lilith lançavam água congelante sobre ela para manter seus músculos inertes.
Seu torso completamente nu estava marcado pelas diversas vezes que Eve tentou convencê-la de iniciar uma conversa, mas nada daquilo funcionou. A mente da entidade estava tão inerte quanto seu corpo.
- Mantenham todas as passagens fechadas, não quero que Lúcifer estrague nossa diversão - Eve ordenou aos demônios e fechou a porta dos aposentos, onde ela decidiu que seria o melhor local para amarrá-la.
Catra olhou em volta sem nenhuma emoção em seu rosto, visando a mesma coisa após os dias que foi mantida em cárcere.
- Bom dia, amor - Eve sorriu e se aproximou para afagar o rosto da morena. Os olhos verdes da híbrida estavam semicerrados graças ao cansaço e as lembranças que atormentavam sua mente - Você já decidiu conversar comigo?
- Não temos nada o que conversar - Catra resmungou mostrando pouca - ou quase nenhuma - importância.
- Acho que nós temos - A mulher de olhos amarelos sorriu, traçando seu indicar no meio do torso nu da entidade - Você sabe que não pode voltar, certo? Apenas admita para si mesma que é perigosa demais para estar com aquela humana. Você não a quer. Ela é tão sensível, você viu como quase nada a feriu? Poderia ter matado ela sem pestanejar, amor.
Catra apertou os olhos em impaciência, já havia afastado aqueles pensamentos perversos apenas para Eve os trazer de volta.
- É o que você quer? Deixe a humana viver da forma entediante que pretende, Catra. Você é uma futura rainha. Acha mesmo que no final das contas uma humana renunciaria seu próprio mundo pelo seu?
- Eu amo a Adora - Catra pareceu completamente instável ao declarar em voz alta e falha prestes a chorar - Não preciso disso, de nada disso, quero ficar onde ela estiver sem machucá-la. Eu renunciaria tudo por ela.
- Ela está confundindo você, Catra. Vê como isso é tão perigoso? Se ela a amasse de volta tanto quanto pensa, não acha que ela estaria procurando por você? Ela não suporta a ideia de que é uma simples humana. Humanos gostam de poder, de muito poder. Quando der isso a ela, você vai estar morta.
- Adora não é assim - Catra insistiu negando com a cabeça - Ela nunca me machucaria, eu sei.
- Ela já machucou - Eve sussurrou em seu ouvido, atordoando-a - Bastou apenas ser você mesma, então ela a deixou. Não vá pelo caminho mais difícil, apenas me dê a garantia de que vai ficar aqui e cuidaremos do inferno juntas como sempre planejamos.
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The Devil's Touch - Catradora (G!P)
ChickLitAVISO: [+18] Contém intersexualidade (Catra G!P) [Não autorizo nenhuma reprodução ou adaptação desta história] Quando Catra Morningstar Wayne, a híbrida demoníaca, princesa do inferno e também uma incubus responsável por levar homens e mulheres à be...