The Devil's Touch - Catradora (G!P)

Anchor - VIII

Morningstar House || Los Angeles 

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Lúcifer andou de um lado para o outro enquanto manteve suas duas filhas sentadas em poltronas diferentes. Catra não estava mais com nenhum hematoma, mas havia sangue cobrindo suas roupas. Abbadon, por outro lado, estava encolhida esperando o sermão que estava por vir.

─ Estamos praticamente em guerra! - Samael gritou, fazendo as duas entidades curvarem as cabeças ─ O que deu em vocês? 

─ A culpa não foi dela - Abbadon foi a primeira a se pronunciar ─ Aquele homem a provocou-

─ Um humano estúpido, bem inferior a qualquer coisa que nós somos! Vocês saem da minha casa dizendo que vão dar uma olhada em roupas para bebês e voltam com menos roupas e com mais sangue nas mãos! Você poderia ter matado aquele infeliz-

─ E eu não poderia me importar menos - Catra enfrentou o diabo, rosnando enquanto falava ─ Se não tivesse se intrometido, ele estaria morto, exatamente como merece.

─ Não pode arrumar uma briga com esses vermes só porque não aguenta uma provocação, você pode levá-lo para o inferno se quiser, pode atormentá-lo, mas não pode chamá-lo para uma briga que sabe que vai ganhar. Você perdeu o juízo, Catra?

─ Por que está se esforçando, pai? - A híbrida perguntou com sinceridade ─ Assim que terminar de falar, vou atrás dele e vou fazer com que aquela boca imunda vá parar em lugares que ele nem imagina-

─ Não pode interferir em atos humanos, pode pensar por dois segundos?

─ Ele insultou a Adora! - Catra acusou ─ Eu não vou pensar, ele vai estar morto e essa conversa acabou. 

─ Catra - Abbadon tentou intervir, o que era quase ridículo já que ela não estava ouvindo ninguém

Para começar, deveria ser um encontro de casais normal. Sem muito drama, roupinhas de bebês, um passeio tranquilo no shopping e um tempo na cafeteria. Esse era o plano.

Bastou saírem por cerca de três minutos para um cara inconveniente se aproximar da loira que permaneceu sentada na praça de alimentação enquanto Catra pedia seus donuts coloridos. Inicialmente, a incubus não se alterou por achar que se tratava de alguém pedindo uma informação. Então ela viu o desgraçado descaradamente se jogando para cima de Adora e em seguida a assediando com seus pensamentos de merda sendo verbalizados, então tudo foi por água abaixo.

Catra o acertou feio, um protocolo foi seguido, Samael recebeu uma ligação para soltá-la da prisão para evitar suspeitas depois que a filha do maior empresário de Los Angeles simplesmente evaporasse da cela.

O homem recebeu um braço quebrado, costelas rachadas, um nariz torcido, meia perfuração no pulmão, sangue cobrindo seu rosto e alguns pontos na perna direita depois da princesa do inferno praticamente quebrar uma bandeja e enfiar os estilhaços em sua carne. 

Foi uma bagunça sem tamanho e ela ainda estava disposta a caçá-lo sem piedade.

─ Por que não nos acalmamos um pouco e vamos reavaliar a merda do cenário? - Abbadon sugeriu para a irmã ─ Adora está grávida e precisa de você. Ao invés de arrancar a boca daquele cretino e colocá-la em outro lugar no corpo dele costurada, deveria esquecer essa bagunça e quem sabe agir como a mãe responsável que você vai ser. 

Para Catra, isso soou como: “Deixe que o assediador desgraçado viva mais um dia até fazer a próxima vítima”

Era óbvio, ela só não o matou porque o shopping estava completamente lotado. Adora também contribuiu para que ela não continuasse as agressões.