CAPÍTULO 4

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Recomeço ....



Passou quatro anos que nos mudamos para Itália na pequena Cidade de Nápoles, os meus tios acharam melhor mudarmos para outro país especificamente nesta região.

Tendo vista decorrerem anos que ele e a sua esposa pretendiam viver num local diferente, que fosse mais sereno para os mesmos e que era controverso da rotina agitada da cidade.

Vivem em torno de um milhão de habitantes, com cerca de quatro milhões e quatrocentos mil habitantes na região metropolitana.

Que podemos dizer como outras partes da cidade que compreende áreas Caserta e Avellino, mais moderna, o maior número de habitantes são os seus nativos, que não deixam a cidade por nada, creio que histórico desta cidade é um tradicionalismo total.

O seu clima obrigatório, com invernos moderados e chuvosos, com verões quentes e secos, porém sempre refrescados pela brisa marítima, como as águas são totalmente lindas, assim como os seus encantos naturais e a sua música.

Não há dúvidas que esta cidade, tornou-se um pequeno paraíso para mim também.

A princípio meu primo não aceitou bem a ideia de mudar-se para uma cidade desconhecida e deixar os seus amigos e costumes para trás. Eu fui totalmente diferente porque não tinha muito que dizer.

Qualquer decisão que os meus tios acabaram por tomar eu aceitaria, pois estava sobre a sua responsabilidade e, além disso, eles e minha madrinha são o mais próximo de família, que eu tenho desde a morte dos meus pais.

Muito diferente de Liam, que desde o começo não aceitou bem essa ideia, em muitas ocasiões argumentava contra a mesma, por inúmeras vezes.

— Não é tão simples assim deixarei a minha vida para trás, meus amigos, minhas atividades, vocês sabem o quanto vou muito bem com a banda ...? já começamos atuar em pequenos clubes! — disse ríspido para o seu pai, enquanto o mesmo estava agachado tentando consertar cano quebrado da sua mota custom Honda Shadow 750.

Ignorando totalmente a sua objeção Frederick redarguiu.

— Será o melhor para nós por enquanto, recebi uma bela proposta e não deixarei passar, você tem quinze anos e terá muito tempo para fazer novas amizades ainda. — Suspirou desgastado. — Vai poder seguir os seus sonhos, por isso trabalho arduamente para nada poder faltar a vocês. — aproximou -se e recebeu a chave mestra na sua mão.

Assumiu o controle sobre o concerto na mota de, Liam, qual o mesmo o ofereceu meses antes, no seu décimo quinto aniversário naquele mesmo ano.

Exasperado pela falta de compreensão do seu pai, em relação a sua controvérsia pela situação de mudança repentina.

Que provavelmente aconteceria ainda antes mesmo que o ano terminasse, não estava convencido em encarar aquela conversa de bom ânimo.

— Que o senhor não se arrependa desta decisão, pois me recuso a considerar! — retirou-se em rebeldia do passeio de casa, onde consertava a sua mota, ao deixar para trás um Frederick impassivo.

Depois daquela e tantas outras reivindicações, do meu primo sem sucesso algum, com os meus tios, no final do ano escolar já independente com quase tudo pronto para as mudanças e consequentemente podermos fazer a viagem.

O meu tio estava ainda por terminar de resolver algumas pendências que levaram alguns dias, e depois já em quinze de dezembro do mesmo ano viajamos para Itália.

Pegamos outro voo para Nápoles, a primeira conexão que obteve com a cidade foi incrível, tanto a minha tia como eu ficamos maravilhadas. Com a simplicidade e serenidade da cidade.

O meu primo detestou desde o início, desgostou do lugar inteiro. Mal se encontrava grandes aglomerações na cidade para alguém que estava totalmente acostumado com um ambiente diferente e bem agitado, para ele estava, mas para uma casa de repouso incorporado dentro de uma cidade.

Dois meses depois da nossa mudança, o meu tio já trabalhava numa empresa de construção civil chamada "Hilti" como engenheiro de obras, e a minha tia seguiu com a sua carreira de enfermeira num centro de saúde da cidade chamada Azienda Ospedaliera Universitaria "Federico II", os seus turnos eram alternados e por vezes era escalada para a noite.

Já Liam e eu, tivemos que ficar seis meses aprendendo a língua do país que é o "Italiano", enquanto o nosso ano letivo não dava o seu início.

Neste mesmo período meu primo já fazia novas amizades, pois sempre foi muito sociável, ao contrário de mim, que sempre me apeguei muito a ele.

Não permitia espaço para que outras pessoas entrassem na minha vida, o tenho como o meu melhor amigo além de que praticamente somos como irmãos desde pequenos.

A princípio incomodava-me um pouco o fato de não ter outras pessoas com quem conversar, mas o meu primo sempre fez com que me sentisse confortável, para compartilhar as minhas pretensões juntos.

Somos totalmente opostos, em vários aspectos, este fator faz com que os meus tios acabassem confiando, mas em mim em relação a ele em determinados quesitos, devido às suas irresponsabilidades para lidar com os seus problemas.









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