CAPÍTULO 5

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Dias atuais...


A casa que os meus tios vivem atualmente é um apartamento de 90 m² com quatro quartos, duas casas de banho, cozinha habitável no segundo andar, e o número total de andares do prédio está em cinco pisos.

Está muito bem localizado com a proximidade a quase tudo indo a pé, como o supermercado.

No mesmo ano da mudança enquanto sai do mercado com algumas compras na mão, acabei sofrendo no prédio um episódio de racismo, de uma senhora que se atrapalhou e achou que eu fosse uma empregada doméstica, aquilo foi bem constrangedor para mim.

Já havia sofrido racismo antes, mas quando acontece parece sempre que é a primeira vez que vivemos a mesma situação.

Uma vez que o sentimento, sempre acaba sendo o mesmo no momento do ato.

Já estava com os meus vinte e três anos e havia terminado a universidade em pedagogia, sempre quis dar aulas, para poder me comunicar mais, e poder ensinar.

A minha timidez ao longo daqueles anos foi reduzindo muito, porém ainda estava presente em mim o meu distanciamento social.

Vivia com uma antiga colega de universidade da cidade a distinta "Universita degli Studi di Napoli L Orientale" durante o tempo que estávamos estudando acabamos ficando próximas e quando tomei a decisão, de sair da casa dos meus tios a mesma sugeriu que vivêssemos juntas, porque também buscava a sua independência.

A princípio foi muito difícil ter que sair da casa dos meus tios, porque era muito apegada aos mesmos, minha madrinha apoio muito a minha decisão, segundo ela eu deveria explorar a minha independência.

Mas quando Liam decidiu voltar para o nosso antigo país, para fazer a universidade, senti-me abandonada. Sempre fomos muito próximos e custou-me muito ter que ficar longe dele.

Os meus tios ficaram descontentes com a sua decisão, mas acabaram por aceitar a mesma, ele sugeriu-me para ir com ele, mas pesou-me muito ter que deixar os meus tios uma vez que já estavam entre aspas perdendo um filho, não suportariam também a minha partida.

Encorajava bastante a minha tia que ligava diariamente, para saber como o filho estava, o meu tio dizia para ela não ficar tão preocupada, porque ele já era bem grandinho, e sabia bem o que fazia.

Mas coração de mãe como é uma gelatina em refresco. Demorou bastante tempo para ela se acostumar com a ausência do seu único filho.

No penúltimo ano da universidade, decidi mudar e viver sozinha, o que os meus tios reprovaram de primeira, dizendo que não fazia sentido nenhum em mudar, uma vez que tudo estava na mesma cidade, e o acesso não se dificultava para nada.

Precisei ser muito persistente na minha decisão, para que eles aprovassem, disseram que só aceitariam se eu tivesse que morar com algum colega, que apesar de a cidade não ser um tanto violenta, ainda se torna perigoso uma mulher jovem viver sozinha.

Cheguei a comentar o assunto com uma das minhas colegas, que era inclusive a única amiga que tinha no momento.

Parece que tinha achado uma solução, pois a mesma procurava uma companheira de casa.

Passado isso, comuniquei aos meus tios que já havia achado alguém para partilhar um apartamento.

Em última instância, ainda tentaram argumentar contra a minha saída de casa , apelando ficasse com eles.

Mas fui firme na minha decisão, e prometia-lhes que haveria sempre de visitá-los, e que não mudava de país simplesmente de bairro diferente, que havia melhor proximidade da universidade, e sempre nos veríamos.

Juntamente à Graziella Lorenzo, minha colega e única amiga que seria , também a minha companheira de residência.

Procuramos um apartamento ao redor da nossa universidade e encontramos um Apt t2, que servia perfeitamente para nós duas.

Morria de saudades de Liam, acredito que um dos principais fatores, que fizeram eu sair de casa, é saber que não estaria perto dele.

Ele sempre foi o meu maior confidente, nem minha madrinha e meus tios, me convenciam tão bem como ele.

Estava finalizando a programação de aulas da semana, o meu corpo ansiava por descanso.

São nove da noite, a tela do meu celular ilumina , alertando o meu lembrete "Ligar ao Liam " nossa já estava esquecendo,  resolve ligar para o Liam , que não atendeu nos primeiros toques.

Ligação Liam Couts ON

— Esqueceu que  preciso de você? — falei assim que ele atendeu.

— Fazer drama não combina com você princesa. — sorriu, suspirando animado.

— Nem liga para mim e muito menos para seus pais,  como antes. falei inquieta, batucando os meus dedos sobre a mesa.

— Eu sei, a mamãe tem me perturbado sobre esse assunto também. — ouvi uma voz feminina chamando por ele. — Calma ai Sophia!— gritou, e afastei o telefone. —  Desculpa,  estou em uma atividade, agora diga-me como você está?

— Grosseiro sempre! — Ironizei sorrindo. — O meu trabalho está sendo muito bom, e viver com Graziela é uma experiência inovadora.

— Humm sei...Não está deixando essa doida, desviar você né...? — pergunta com desprazer.

— Qual é o seu problema com a Graziela? — ele implica com ela sem motivo nenhum. — Você sabe que eu gosto muito dela.

Não entendo a sua implicância com Graziela. O Liam sempre me incentivou a fazer amizades, e não me retrai. Mas com Graziela tudo parece diferente, e olha que ela também não fica atrás né!  Desconfio que esses dois, gostam um do outro e não conseguem admitir, porque para mim não faz sentido esse estresse todo.

— Vou deixar isso quieto, porque não quero desavença nenhuma. — desconversou. — Tenho uma boa notícia para compartilhar. — disse eufórico.

— Está esperando o que, para dizer então! — detesto ser uma pessoa ansiosa.

— Calma aí  princesa! desse jeito vai enfartar cedo. — debochou. — Então, eu estou namorando, mas não conta nada para os meus pais.

— Sério mesmo? Quando vai apresentar ela para sua família!— graças a Deus, esse menino se aquietou.

— Tudo ao seu tempo princesa. — O chamaram de novo. — Tenho que desligar agora, não esqueça do nosso combinado. — referiu sobre sua namorada. — Depois falamos.

— Até breve Liam, cuida-se.

Encerrei a chamada, que bom saber que ele está feliz, e tem alguém ao seu lado. Os meus tios ficaram extasiados quando saberem da notícia, espero conhecer brevemente a minha cunhadinha.









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