CAPÍTULO 23

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Estou enfurecido com esta menina. Mais o tempo passa, ela torna-se um problema para mim. Ara Blanche enfartou, e tem que ser operada com urgência.

Tenho muitos assuntos para resolver, mas não posso! Antonio Alleanza, deve estar criando agora uma rebelião contra mim, pela morte do seu miserável sobrinho.

Pretendo deixá-la aqui sozinha, não é uma prioridade para mim no momento.

Mas segundo o médico, há chances dela morrer durante a cirurgia, dane-se.

Estou impassível, não gosto de esperar pelas coisas. Mas neste caso, não há nada que possa fazer, devo esperar o resultado da cirurgia dessa maldita.

A vibração insistente do meu telefone, desperta a minha atenção. A tela iluminada revela a ligação, de alguém que eu conheço perfeitamente.

Ligação de Giovanna On

O que você quer Giovanna? — Caminho até a janela entreaberta. — Não estou com muita paciência hoje.

Meu amor, o que aconteceu?... Faz dias que você, não liga para mim. — Fingiu preocupação.

Infelizmente Giovanna, é a única de minhas amantes, que dou total liberdade para ligar diretamente para mim, e isso a faz pensar que tem algum poder, para os seus dramas de exigências descabidas.

— Não lhe devo explicação, sobre a minha vida! — Observei o corredor, e ninguém aparece.— Diz logo o que você quer, não roube o meu tempo.

— Lupus, não seja rude comigo, eu me preocupo com você...— argumenta magoada. — Eu te amo, será que você não consegue entender!

Confesso que no passado, cheguei acreditar nessas palavras. Mas Giovanna é uma mulher manipuladora, e astuta.

Ela sabe muito bem jogar as suas artimanhas, qualquer idiota acreditaria facilmente. Essa mulher realmente não cansa , sei muito bem o que ela ama.

Não seja uma pedra no meu caminho, Giovanna. — Verifico a hora do relógio, merda porque tanta demora. — Você sabe muito bem, do que sou capaz!

— Quem é essa mulher Lúpus? — A raiva em sua voz é evidente.

— Do que está falando...? Você está louca!

— Eu já sei de tudo, o assunto mais comentado em 48 horas, dentro do clã. — Sua voz é áspera. — Estão dizendo que, você matou o Alleandro Allenza, por causa de uma vagabunda... como pode fazer tal coisa?

Sabia que as suas intenções eram outras, sei que neste momento todos já sabem da morte do Alleanza.

— Não lhe devo explicação de porra nenhuma. — Esbravejo contraindo os músculos. — Não volte a questionar os meus atos, ou a próxima será você. — Desligo a chamada, mais irritado que estava.

Ligação de Giovanna Off




Ando pela clínica impaciente pela demora, quando olho ao relógio de novo, observo que já se passaram seis horas.

Sento-me e ligo para Salvatore, que me aguardava na entrada da clínica. Ordeno que vá buscar Amelie, dia não vai demorar a clarear.

— Vai à casa, traga-me imediatamente a Amelie a clínica, agora! — digo exasperado.

— Daqui à meia hora, estou na clínica senhor. — diz , desligando a chamada.

Salvatore é um homem inteligente, capta rápidas as coisas. Sabe que algo muito sério, deve ter acontecido para me manter aqui, até a essa hora da madrugada.

O médico caminha na minha direção, e espero por suas palavras.

— A cirurgia foi um sucesso. — suspirou exausto — Mas vamos mantê-la em observação, por alguns dias, se tudo correr bem poderá voltar para casa. Precisa ainda de muitos cuidados para ficar totalmente curada!

Não o respondo, e espero que a leve para o quarto. Ela deve estar sob efeitos de sedativos fortes, não vai acordar por agora.


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Assim que Salvatore regressar com a Amelie, vou para casa, o meu corpo está esgotado, os meus olhos pesam pelo sono.

Preciso descansar e começar o meu dia, que será exaustivo devido aos últimos acontecimentos.

Conto-lhes tudo que aconteceu,
ouvem em silêncio, sei que devem estar a ponderar o sucedido.

— Quando Ara receber alta, o que pretende fazer, senhor? — Questiona Amelie, encarando-me com interesse.

— Posso deixá-la, em uma das nossas "boates", já o pretendia fazer antes! Ao invés de matá-la.

— Senhor, por favor, reconsidera o estado da menina, está recém-operada, e vai ser posta numa "boate"? — falou com pesar nos seus olhos.

Amelie sempre soube muito bem, qual era o seu lugar naquela casa.

Trabalho com ela há quase quinze anos, tenho pleno conhecimento da sua história, tenta algumas vezes impor a sua opinião sobre minhas decisões, como uma mãe, porem sobre total respeito por minha autoridade.

Nunca imaginai que ela apelasse, a favor de Ara Blanche, que apenas conheceu em poucos meses.

— Nunca questione as minhas ordens. Mas vou deixar a menina voltar a casa novamente, se encarregue dos seus cuidados! Deixo claro que após a sua recuperação, vou arranjar outro lugar para ela ficar. — pronuncio indiferente.

Deixo os dois no hospital e vou para casa. Preciso tomar um banho e descansar.

Tenho muita coisa a resolver pela manhã. Mas do nunca todo cuidado é necessário, preciso estar sempre atento. Agora tornei-me um alvo para a família Alleanza.


— Atentaram contra a vida de Ara Blanche, senhor! — avisou Salvatore assim que atendi a sua ligação

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— Atentaram contra a vida de Ara Blanche, senhor! — avisou Salvatore assim que atendi a sua ligação. — Entraram no quarto, e a tentaram sufocá-la com o travesseiro, o pior não aconteceu, pois Amelie entrou no quarto na hora, e gritou alertando os guardas.

Estava tomando o café, quase derrubei a chávena, com o liquido escuro, por puro ódio.

Não há descansado o suficiente, as quatro horas que dormi, parecem insuficientes. Ara Blanche está sendo um grande problema.

— Maldição Salvatore! Espero que tenha pegado o infrator. — vocifero irritado. Diz que não conseguiram achar o culpado, peço que não saia da clínica.

Não terei paz enquanto não eliminar, os malditos traidores. Acham que Ara Blanche é uma pessoa de interesse para mim, o que acaba por deixar ela vulnerável.

O seu destino agora está sobre as minhas mãos, se a enviar em uma das minhas casas de prostituição, será morta sem piedade nenhuma. Sem saber, agora ela possuí vários inimigos.

Mesmo que a liberta-se, seria questão de minutos, para algum assassino escroto a matasse.

A máfia paga sangue com sangue, infelizmente você caiu nas minhas mãos, Ara Blanche.

O destino não fui justo com você. Agora a sua vida pertence-me, e realmente não sei o que fazer com ela.

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