Já perscrutei muitos relatos de garotas sequestradas, em muitos cenários diferentes e agora vivo isso na pele e é horrível.Estou sujeita a tudo nas mãos destes homens, a minha vontade é de gritar agora por tudo isso, como a minha vida chegou até esses homens, como pode isso ter acontecido...?
— Sim-sim senhor, eu-euu percebe. — a minha voz saiu em fio e tremulo, estou totalmente apavorada lágrimas rolam no meu rosto. Sou levantada com brutalidade.
— Salvatore, leva a regazza nera até Amelie, e avisa para instruí-la, não quero ser eu a fazer isso por ela. — Agora descobri que o homem que me segurava pelos cabelos chama-se Salvatore
O homem afasta-se, e os outros que estavam com ele, ao seu lado dissiparam-se por segui-lo.
O Salvatore, pega o meu braço e sai arrastando-me por aquela mesma sala, que só me a percebe o que era após reparar bem em toda a sua estrutura.
Ainda ressaltada a simetria rígida com que o mobiliário era ali disposto, o sofá no meio, de cada lado uma cadeira de braço, e em seguida, várias das cadeiras comuns. Havia uma mesa, com um castiçal grande em cima.
Passamos por um corredor na lateral direita da escadaria, havia muitas portas fechadas, até que paramos de frente a uma enorme porta de madeira, aberta em seguida pelo homem de forma brusca.
Eu posso ver que era uma cozinha no interior, uma senhora vira-se para nós sem demonstrar espanto nenhum por nos ver entrando.
A mulher aparentava ter um quarenta á cinquenta anos no máximo, a sua altura de 1,70, o seu físico meio corpulento, cabelos pretos presos num coque bem-feito, olhos azuis-escuros, pele branca e o seu rosto rígido, usa um uniforme que parecia ser de governante.
— Amelie, aqui está à garota, pode começar os seus a fazeres ainda hoje, controle muito bem, não fique a perambular dentro da casa. — disse o homem em tom autoridade para a senhora.
— A minha perna ainda está machucada como poderei fazer algo desse jeito senhor...! — exclamei apreensiva.
O que poderia ele estar a planear fazer comigo naquele estado. Em resposta fui golpeada contra o meu rosto, com bastante força que pelo impacto fui ao chão.
— Não questione as minhas ordens entendeu! Estou autorizado a fazer com você o que eu bem entender isso não se compara ao que sei fazer com meninas desobedientes. — agachou-se e falou calmamente em direção ao meu rosto.
Os meus olhos estão marejados, a senhora que está na cozinha, não teve nenhuma reação pelo que tinha acontecido naquele instante, não consigo formular nenhuma palavra para dizer, simplesmente abanei a minha cabeça em sinal de concordância total a sua pergunta.
Salvatore retirou-se da cozinha em passos firmes a senhora veio ao meu encontro e ajudou-me a levantar, sem pronunciar palavra alguma para mim, não me olhava diretamente aos meus olhos.
Arrastou uma cadeira, que estava na ilha da cozinha sentou-me nela, afastando-se foi até um dos armários abriu e tirou de dentro do mesmo um frasco branco, que eu não conseguia ler muito bem o que estava descrito.
Foi a pia e serviu um copo de água, e trouxe para mim estendendo o copo nas minhas mãos, abriu o fraco branco e retirou alguns comprimidos e entregou para mim, a fiquei um pouco apreensiva poderia ser droga e não tinha como saber.
— Pega menina vai ajudá-la com a dor, temos muita coisa para fazer antes do senhor chegar novamente, acredito que não vás querer conhecer as atitudes de Salvatore, mas uma vez. — pronunciou indiferente.
Não sabia se deveria acreditar nas suas palavras, mas tinha a certeza que não queria apanhar novamente daquele homem, e muito menos desobedecer, a esse outro homem que acho ser o chefe deles, que me parece muito pior.
— Quem são estes homens, porque estou presa aqui, por favor, digne algo ou ajude-me a escapar deste lugar, prometo não contar nada a ninguém, eu juro, mas deixa-me voltar a na minha casa. — falei desesperada, ansiando a sua ajuda.
— Tens muito que fazer, se você não quer apanhar de Salvatore, obedeça e faça o que lhe digo menina. — Suspirou, com pesar. — O Salvatore é só um pião, o rei chega a ser muito pior menina, não questione e você estará bem.
Achei que realmente me compreenderia, mas essa mulher deve ser também uma das suas ajudantes em sequestro.
Ignorou os meus questionamentos e limitou-se a falar coisas para o meu tormento, não devo confiar nela, como uma mulher deixa fazerem isso com uma menina que idade de ser sua filha, o meu Deus me ajude, a sair desta situação.
— Aquela porta a sua direita, dá acesso ao lugar aonde você irá dormir a uns centímetros depois é o meu quarto. — disse num tom ordenado, e prossegui.
O senhor Mazzarella vem nesta casa três vezes durante a semana, e a maior do tempo está em Roma, estaremos encarregadas de manter tudo limpo por aqui, você só vai entrar em lugares que lhe forem ordenados por mim.
Há muitas portas trancadas por esta casa não tente entrar nelas se achar alguma vez aberta, para o seu bem e não toque em nada que não lhe for autorizado por mim.
Passará a ficar na cozinha a vou ensinar os pratos em que são servidos por aqui, a comida do senhor Mazzarella, será servida por mim, caso ele queira que você o faça assim será sem questionamentos.
Os aposentos do senhor quem cuida por enquanto sou eu, não lhes olhe enquanto não ordenarem, mantém se distante dos chefes, quanto menos você ficar fora do seu olhar será o melhor.
Todo o dia acordará às cinco e meia da manhã, a nossa limpeza pela casa não poderá acontecer ao período que há circulação na casa.
Almoçamos na cozinha todos os dias às onze e meia da manhã, o pequeno almoço é as cinco e meio muito antes do período que vamos começar a limpeza, o jantar passará às 6 da noite e tudo será feito aqui na cozinha.
Não podemos sair para fazer outras tarefas enquanto os senhores estiverem por aqui, devemos estar sempre de prontidão para atendê-los, por isso, fazemos tudo antes dos senhores comparecerem.
Escutei atentamente cada palavra de Amelie, não questionei as suas ordens, porque entendi que naquele momento, já estava claro que aqueles homens estavam-me a traficar para ser escravizada por suas vontades doentias.
Tenho que fazer de tudo para sair deste lugar, por que eles nunca iram libertar-me.
Amelie acompanhou-me para o meu novo quarto, e ajudou-me a caminhar, mal conseguia tocar ao chão de forma firme.
Quando entramos no quarto que estava a nossa espera, sentou-me na cama de solteiro, reparei haver uma casa de banho um guarda, roupas, uma cabeceira com abajur, um pouco espaçoso até o quarto.
Indicou a roupa que deveria usar todos os dias, uma espécie de uniforme bege até ao joelho, que me deixou bem confortável por não ser muito curto, nunca se sabe que passa na cabeça desses homens, não quero arriscar ser abusada.
Após deixar-me no quarto deitei na cama e chorei, chorei bastante pedindo a Deus que me protege-se.
Cap ✅✅✅
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CONTRAVENTOR
RomanceAra Couts Blanche, perdeu os seus pais muito nova. Os seus pais foram assassinados. O culpado não foi encontrado. Foi abrigada a viver com os seus tios. Depois de alguns anos, os seus tios decidem mudar da sua cidade natal, para viver em Nápoles. ...