Lúpus MazzarellaO odor natural agradável, predomina todo local. Observo os homens perfeitamente sentados a minha frente, consumindo licores , vinhos e fumando charutos.
— Então meus senhores. — Soltou um sorriso satisfatório, o homem de terno azul. — Acredito que todos estamos de acordo.
Alguns olhares foram direcionados à mim. Mantive a minha postura ereta, e tamboreiro os meus dedos sobre a mesa de vidro.
— Não estou contra às doações realizadas. — Suspiro impaciente. — A minha empresa, sempre esteve à disposição, e anualmente faço um cheque milionário para o consórcio.
— Claro senhor, Mazzarella. — Assentiu o homem a minha direita. — O senhor é um dos maiores doadores do consórcio. — Estimou.
Quando sai daquele banheiro, fui interpelado por um dos homens do primeiro-ministro. O convite para este evento foi feito por ele. Devido ao fato de eu ser um dos membros do consórcio.
O nosso consórcio, foi criado há dois anos. Recebi o convite, aceitando de imediato. Não é o único consórcio que sou um dos membros no ramo empresarial, para ocultar os negócios da máfia.
Assumindo a imagem de empresário bem sucedido, estreitar as relações com várias entidades governamentais e políticas é fundamental. Pois, proporciona maior facilidade em determinados casos.
A minha viagem à Grécia, foi extremamente para este fim, participar de eventos que pudesse manter o meu sobrenome no topo da lista.
— Acredito que esteja tudo acertado. — Merda essa maldita reunião durou quarenta minutos. — Agora preciso retirar-me. — Levanto, pousando o copo vazio sobre à mesa.
— Foi um prazer tê-lo aqui. — O primeiro-ministro, estendeu suas mãos para mim. — Sou um grande apreciador seu, Mazzarella.
— Não sou apreciador de reencontros. — aperto sua mão. — Porém, estou satisfeito com a relação que há entre nós.
— Sua destreza o faz único. — Sorriu, tocando os meus ombros. — Vamos.— Andamos em direção à porta — Ainda há muito que aproveitar do evento.
— Nem tente primeiro ministro, o nosso caro amigo, veio muito bem acompanhado. — Hermes, chega comentando. — Eu tive o prazer de presenciar. — Soltou a fumaça do seu charuto.
Maldito, quem ele acha que é para falar da minha vida! Estava tentando manter a calma, para não quebrar a cara desse imbecil.
— Isso é verdade...? — Perguntou curioso, o primeiro-ministro, olhando para mim.
— Posso afirmar com a plena certeza. — Hermes, volta à falar. — Quase fui morto, por tecer um singelo elogio à mulher. — Falou parecendo assustado.
Estou chegando no meu limite. Se esse imbecil falar mais alguma besteira vou quebrar ele ao meio.
— Eu achei que estivesse, saindo com à minha filha. — Comenta confuso. — Ela estava aguardando sua chegada ansiosa, foi ao seu encontro no mesmo dia que estavas em solo grego.
— Não há nada entre à Chloe e eu. — Esclareço. — A gente saiu algumas vezes, e não passou disso.
— Tudo bem, desde que vocês tenha suas questões resolvidas eu não me importo. — Deu-se por satisfeito.
Ele retirou-se, eu sai daquela sala deixando o imbecil do Hermes, totalmente estático para trás.
Meus passos são largos. Vejo Salvatore, entrando no corredor, quando nossos olhares cruzaram. Mas, eu não gostei nada do que eu vi em seu olhar.
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CONTRAVENTOR
Roman d'amourAra Couts Blanche, perdeu os seus pais muito nova. Os seus pais foram assassinados. O culpado não foi encontrado. Foi abrigada a viver com os seus tios. Depois de alguns anos, os seus tios decidem mudar da sua cidade natal, para viver em Nápoles. ...