CAPÍTULO 28

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Quando se tortura alguém, nunca de nenhuma brecha, até arrancar da sua vítima aquilo que ela pode entregar a você.

Aproximei-me dela sobre a cama e soltei as suas algemas.

— Não sairá deste quarto, por momento nenhum. — aperto a sua mandíbula forçosamente. — Se, caso chegar aos meus ouvidos, que passou aquela porta afora, e desobedecer-me, vou a punir severamente.

Levanto-me, a deixando encolhida sobre cama, chorando perpetuamente.

Vou direito à casa de banho e tomo um banho, o dia já estava amanhecido, preciso voltar para Roma o quanto antes.

Já pronto para deixar o quarto, a observo na cama dormindo.

Desço as escadas encontrando Amelie esperando-me com um rosto de preocupação.

— Por favor, Lúpus diga-me que não fez nenhum mal a Ara! — A austeridade em suas palavras, me incomoda.

— Não lhe devo explicações. — Passei por ela, entrado na sala de jantar.

A mesa do café, estava arrumada. Amelie, seguiu os meus passos permanecendo em pé. Puxei a cadeira, e sentei.

Mesmo relutante ela acabou servindo o meu prato. Imagens da noite passada, não saem da minha mente.

Amelie, não parava de lançar-me olhares inexpressivos, durante do café. Estou ficando irritado, com essa petulância de sua parte.

— Faz poucos dias que ela deixou o hospital. Você prometeu-me. — a sua expressão é inconformada.

— Porra nenhuma! — Bate na mesa, derrubando alguns objetos. — Para de atormentar a minha mente, quem manda nessa porra sou eu!

— Lúpus, porque aprisiona essa pobre menina? — Recolhe os objetos, derrubados. — Ela não faz parte desse mundo, não entendo.

Amelie, é referencia de uma mãe para mim, a pesar que estou inibido de qualquer sentimento de afeição.

Por isso a tamanha ousadia, em questionar meus atos. Porém, tudo tem um limite.

— Você não é paga, para questionar minhas ordens. — Olho para si, em repreensão. — Não me obrigue, a tomar medidas extremas em relação as suas atitudes.

— Peço desculpas senhor...

— Ótimo! Volto para Roma hoje, você está proibida deixar Ara, sair daquele quarto. — a ordeno ignorando a magoa em seu olhar. — Não se esqueça de quem manda aqui Amelie, e nunca, mas questione-me novamente.

Caminho até a entrada principal, aonde Amelie apressasse abrindo a porta para mim. Encontro o Salvatore já aposto em direção ao carro.

Aproximo-me, ele abre a porta do carro dando passagem para que entrasse.

Saímos em direção da pista de aterragem particular, encontro o meu jato privado preparado, com os meus homens.

Salvatore vai até à cabine, e dá o sinal ao piloto para descolarmos o mas breve possível.

Durante todo o voo, os meus pensamentos foram até Ara Blanche. O que acontecia comigo, há tive nos meus braços uma única vez, e vejo-me pensando nela intensamente.

Não pretendia tomar o seu corpo para meu belo prazer tão cedo, tinha outros planos para ela que seriam muito controversos.

Mas fui levado pela raiva e fúria, o desejo ardente e reprimido, e vê-me forçando-a entregar-se a mim.

Nunca precisei chantagear, nenhuma mulher para tê-la na minha cama.

O seu cheiro está impregnado sobre a minha pele. Os seus olhos assustados, sua boca entreaberta, em suspiros e gritos a cada investida minha, faz com que anseio ainda mais por possuí-la novamente.

Os meus desejos por ela, estão se tornando impuros de mais. Por saber que fui o primeiro homem da sua vida, eu tirei a sua pureza ao extremo.

Como um ser tão puro veio parar em minhas mãos...

Até ao momento, Salvatore, já apresentou para mim dados concretos sobre, Ara Blanche.

A sua vida é, mas modesta possível para alguém que namorava um traficante. O que não faz, sentido nenhum é fato de ser virgem, ou seja, era virgem, até ontem.

Nome: Ara Blanche

Idade: 23 anos

Recentemente graduada no curso de educação. Era o seu primeiro ano dando aulas, como professora. Órfão de pai e mãe, os seus pais foram assassinados, quando ela era uma criança, apenas de sete anos de idade. Foi criada pelo irmão da sua mãe, e a sua esposa, que tem um filho que consequentemente é muito ligado ela.

Reservada e muito apegada a família, sem histórico de uso de drogas e álcool. Não, a passagem na policial, melhor aluna nas suas escolas. Não tem carteira de motorista.

O que me inquieta o bastante, a sua ficha! Não consigo associar, em nenhum envolvimento com o tráfico.

Por outro lado, os seus tios acham que ela está em Veneza, com uma suposta amiga passando uma temporada.

Ao que parece, Ara Blanche, tem se comunicado com a família por cartas e e-mails, enquanto está de férias. O não faz sentido nenhum.

Mas até ao momento, a suposta amiga não manifestou-se, contra o seu desaparecimento para família, isso é muito estranho.

Salvatore ainda não achou o paradeiro dessa amiga. Preciso saber quem é essa mulher, e porque até agora não se manifestou, pelo desaparecimento de, Ara Blanche.

— Salvatore, você leio a ficha de Ara Blanche? — Acenou com a cabeça. — O que está faltando nessa história...?— Perguntei, mas questionando para mim, do a ele.

— Senhor, sendo sincero, Ara Blanche é totalmente o oposto de tudo que pensávamos. — O fito com interesse. — Essa mulher é muito ingênua, e inocente. Não sei qual era a sua ligação, com Enrico, mas posso afirmar que ela não era sua namorada.

A perspicácia em suas palavras, era a confirmação que eu precisava. A uma peça faltando nesse quebra cabeça.

O meu instinto não falha, se for o que estou pensando, alguém brevemente vai morrer.

— Muito antes, do meu regresso a Nápoles, quero a ficha completa dessa suposta amiga de Ara Blanche. — Ordenei a Salvatore .

Não gosto do rumo desta situação, muita coisa não faz sentido nenhum. O certo é que não a deixarei longe mim.

Antes queria livrar-me dela, mas após a fazer a minha, ninguém poderá tirar Ara Blanche, das minhas mãos.

Preciso saber o que fazer com a sua família, em algum momento perceberam que ela realmente desapareceu.

Não posso correr o risco de a perder, nem que para isso teria que matar, qualquer um que tente tirá-la de mim.

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