CAPÍTULO 53

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Lupus Mazzarella

Liguei para Giovanna e mandei ela preparar um show particular para mim. Já que insistiu tanto em viajar comigo, que me seja útil então.

Quando eu e Aramis estávamos saindo, recebi uma ligação importante e tivemos que mudar a rota.

— O que você tem para mim? — pergunto ao Pierre, que está parado na minha frente com um envelope nas mãos.

Pierre é um dos meus homens que está infiltrado, na segurança do Estado, ele passa todas as informações que eu preciso saber.

O mesmo afasta as outras agências da máfia, todo o mundo conhece o legado Mazzarella, porém ninguém sabe quem é o chefe.

Sei que estão pagando milhões pela minha cabeça, já que eu sou o homem mais poderoso da Itália no submundo da máfia. Estão pagando assassinos de aluguel, investigadores, eles conseguem achar-me, mas não conseguem se livrar de mim.

Para todos, eu sou um empresário renomado, dono do maior ramo de terras do país.

— Consegui descobrir quem é o traidor, todas as informações que você precisa estão dentro desse envelope. — diz entregando o envelope.

— Obrigado, Pierre. — Digo o cumprimentando.

Finalmente vou me livrar desse problema e voltar para casa. Demorou meses, mas esses desgraçados vão sofrer nas minhas mãos.

Estamos no carro indo em direção ao hotel, eu e Aramis estávamos no banco traseiro do carro e Salvatore, está sentado no banco do passageiro ao lado de Elio, o motorista.

— Você não irá abrir o envelope que Pierre entregou-lhe? — Salvatore pergunta olhando para o envelope preto sobre as minhas pernas.

— Quando chegarmos ao hotel, eu faço isso. — Respondo, olhando para o trânsito caótico naquela hora do dia.

— Não sei como você ainda não abriu esse envelope e descobriu logo quem foi o desgraçado que traiu a nossa família. — Aramis, fala olhando para mim.

— Pretendo fazer isso na frente dos nossos associados, eu sei que o traidor está entre eles. — Olho para a movimentação no lado de fora do carro.

— O que está havendo Elio. — Salvatore questiona, e fico em alerta.

— Acho que aconteceu um acidente. — Fala, observando algo à nossa frente.

Estranho! O trânsito daqui é muito calmo para acontecer um acidente.
Ouço um rugido forte de moto. Olho para frente e vejo uma mota vindo na direção em que estou sentado.

— Baixa Lupus. — Ouço a voz de Salvatore, porém já é muito tarde.
Sinto a bala atingindo as minhas costelas, o zumbido do tiro deixa-me surdo. Mais dois disparos são efetuados atingindo os meus braços.

— Caralho, não era para essa porra estar com um vidro a prova de balas. — falo sentindo o sangue molhar a camisa.

Era para esse carro estar blindado, assim como os outros. Eu vou matar quem trocou os vidros e quem tentou eliminar-me.

Coloco a minha mão no local onde levei um tiro e percebo que não foi apenas um tiro de raspão, e que a bala passou direto, merda.

— Lupus, você está bem? Merda, você foi atingido. — Aramis, fala olhando para o lugar onde está manchado de sangue.

— Merda o tiro não foi de raspão, preciso de cuidados urgentemente. — Começo a sentir uma dor insuportável.

Esse ferimento está profundo, mas já passei por coisas piores.

— Salvatore leva-me para um hospital do clã. — Ordeno.

— Não, esse ferimento está feio, até chegar ao hospital do clã você pode morrer. — Aramis, fala apertando o ferimento com a sua mão. — Você está sangrando muito.

— Ficarei melhor quando descobrir quem sabotou o meu carro e tentou matar-me. — Falo com raiva.

Essa não é a primeira e nem será a última vez que alguém tentou matar-me, mas todos que tentaram falharam miseravelmente, porque estou vivo, entretanto não posso falar a mesma coisa dos desgraçados que tentaram.

O carro parou novamente, que merda é essa!
— O que está acontecendo? porque parou o carro Elio? — estava com falta de ar

— O senhor há um carro pegando fogo, impedindo a passagem.

Ouvimos um outro disparo, que agora atingiu Elio na cabeça. Pego à minha arma, Aramis pega também à sua. Salvatore já estava trocando tiros com os dois homens encapuzados na mota. Então começou uma troca de tiros entre nos, e os desgracados.

Conseguimos derrubar os dois, enquanto as pessoas corriam desesperadas gritando.

— Faça qualquer coisa porra! Ele está ficando pálido. — Ouço Aramis gritando, com Salvatore.

A porta do meu assento é aberta, sou puxado para fora do carro por Salvatore e Arimis.

— Aguenta Senhor, vamos levar-lhe ao hospital. — Salvatore fala carregando o meu corpo.

— Merda, merda. — Aramis, grita aflito. — O envelope, a gente esqueceu o envelope no carro.

— Não da tempo, a gente precisa levar ele a um hospital. — Salvatore , diz preocupado. — Ele está perdendo muito sangue.

— Tens toda razão. — Aguardou a sua arma, e recebeu à minha. — Vamos precisamos ser rápidos. — Mesmo relutante ele aceita, e carrega meu corpo ajudando de Salvatore.

O esforço que eu fiz na troca de tiros enfraqueceu muito mais o meu corpo. Os meus olhos começaram a pesar, ouvia gritos desesperados por todo lado.

Sentia uma dormência por todo o meu corpo, a minha visão está turva, o cansaço domina a minha mente , flash da imagem de Ara Blanche, surgem como memórias.

Eles param um carro, ameaçando quem estava nele, recebendo às chaves do veículo. Entro na parte traseira com Salvatore, que pressiona o meu ferimento, enquanto Aramis sai conduzido como um louco.

— Cuida dela Salvatore... cuida dela para mim...Ara. — O sangue escorria em meu nariz, minha voz estava afoita.

— Não senhor! — Nega. —  Você ficará bem, vamos chegar ao hospital, resista. — Tentava confortar-me.— Você é o chefe do clã Mazzarella.

— Lúpus, você ficará bem.— Aramis falo ríspido, ele sabia que eu não sobreviveria. — Você mesmo cuidará dessa mulher, seja lá quem ela for.

— Atende a porra do meu último pedido, e cuida dela. — Faço pressão em sua camisa, a sujando com meu sangue. — Prometa por sua vida, e seu sangue. — cuspia sangue não aguentando a dor. — Prometa Salvatore!

Ele tira a navalha de seu bolso, fazendo um pequeno corte na palma de minha mão e depois outro na sua, selando nossos sangue. Esse promessa nunca poderá ser quebrada por ele.

— Prometo senhor, eu prometo que vou salva-lo e que cuidarei de Ara Blanche,com a minha própria vida.

Sorri satisfeito, sei que a deixarei em boas mãos. Ara Blanche, tornou-se parte de minha vida. Mesmo depois de eu ter descoberto que ela não tinha nada haver, com o homem que estava me roubando, eu não a deixei ir.

Já não fazia sentido eu à deixar ir porque, eu mesmo neguei o que estava diante dos meus olhos nos últimos meses.

Não é só desejo carnal, ou luxúria. Sabia muito bem que sentimento era aquele, pois só houve uma mulher que teve o mesmo de mim, mesmo me recusando aceitar.

Eu a amo, como nunca amei outra mulher em toda minha miserável vida. Eu me casaria com ela se soubesse disso antes.

Será que esse é o sabor da morte...Não aguento mais o peso dos meus olhos, os fechando caindo em um sono profundo.

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