CAPÍTULO 41

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LUPUS MAZZARELLA

Massageie as têmporas, soltando um longo suspiro. Peguei o copo sobre a mesa , levando aos meus lábios.

O líquido âmbar, desce na minha garganta suavemente.
Repouso o copo na mesa, e fecho o computador.

Faz uma hora e meia que decolamos. Eu sinto que estou cometendo um grave erro. Nunca fui guiado por instintos.

Minhas decisões são baseadas em planos, devidamente articulados. Fui treinado para não falhar, ser implacável.

Mas ultimamente, as coisas têm saído do meu controle.
Sua respiração é lenta, e seus lábios estão levemente entreabertos.

Alguns fios de seu cabelo cobrem o seu rosto, enquanto seu corpo está encolhido no assento, dormindo tranquilamente.

Observar Ara Blanche,  tem se tornado um vício perigoso.
Levanto, caminho em direção ao  seu corpo. 

Agachado próximo ao seu rosto, afastei os fios do seu cabelo. Acaricio o seu rosto com cuidado, passando o dedo entre os seus lábios suaves.

A vontade que tenho de a possuir, neste momento é avassalador. Minha fera interior anseia ter tudo de, Ara Blanche. Aspiro o cheiro de seus cabelos, sinto uma serenidade estranha.

Antes que cometa uma besteira , levanto-me recompondo o meu corpo. Afasto-me, caminhando no pequeno corredor.

Faz alguns anos que comprei esse jatinho particular de luxo. Escolhido com perfeição. Uma aeronave que normalmente é usada para transportar mais de cem pessoas.

A uma suíte master opcional disponível a bordo. 
Que tem um box amplo e uma cama de casal. Cinco luxuosas zonas de cabine oferecem espaço para jantar, entreter, trabalhar e relaxar. Para as minhas viagens, emergenciais fora da Itália.

Ao chegar na área do pequeno bar, vejo  Salvatore. Está sentado, segurando um copo de vinho, a garrafa quase vazia denuncia, que está bebendo a um bom tempo. 

— Não o pago, para beber em serviço. — Chamei a sua atenção.

— Senhor Mazzarella. — Levanta-se em prontidão. — Desculpa, eu me excedi.

Seu corpo está tenso, e seus olhos escuros parecem perdidos. O que se passa com este homem?  Após anos torturando e matando, os meus instintos estão mais apurados.

— O que tanto o inquieta? — Entreguei-lhe o seu  copo. — Não adianta mentir para mim.

— O senhor sabe porque, estou desse jeito. — Sentou novamente, bebendo o que restava no copo, agora vazio. — Os Alleanza, eles estão mais fortes do que pensávamos.

— Eu sei, tenho recebido vários relatórios nos últimos dias. — Declaro exasperado.

O Antonio Alleanza, tornou-se uma pedra no meu sapato. Aquele homem, vai morrer lentamente em minhas mãos. Não há piedade, para vermes como os Alleanza.

— Eles estão usando a morte do Alejandro, para tentar o destruir. — Salvatore parece mais irritado quanto a mim. — O desgraçado, não era tão importante para o clã.

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