Ara Blanche
Estava encolhida na cama, sentido meu corpo fraco. A dois dias, que não faço nenhuma refeição, água o banheiro foi cortada. Nem se quisesse beber água da pia, seria impossível.
Não é a primeira vez, que ele faz isso. Mas, eu ainda insisto em achar que ele não o faria.
Após a minha afronta a ele, naquele maldito jantar, cumpri-o fielmente à sua promessa. Lúpus Mazzarella, é um homem cruel.
Não sei ao certo, até quando vou aguentar estar nessa situação. Meu estômago dói, minha garganta está seca, assim como os meus lábios.
O barulho do trinco da porta, chama a minha atenção, movimento o meu olhar na direção da mesma, até ver uma mulher guiando um carrinho farto de comida, adentrando no quarto, acompanhada por Ophelia que seguia logo atrás de si.
— Muito obrigada, querida. — Ophelia fala sorrindo para a mulher. — Agora pode retirar-se, eu cuido do resto. — Fala olhando para mim.
O cheiro bom, abafou todo quarto, fazendo sentir um alívio momentâneo, estou faminta.
A mulher morena com o cabelo preso, vestida com um uniforme bem passado, assentiu para ela e saiu fechando a porta do quarto.
— Então, o que nós temos por aqui. — Sorriu, guiando o carrinho até à mesa. — Frutos vermelhos, são os melhores. — Solta um gemido, ao saborear um morango.
O meu silêncio fez-se presente, diante do seu olhar inquisitivo sobre mim. Ela caminha a passos lentos até a ponta da cama e senta.
— Não sei o que você fez ao capô. — Cruza suas pernas com elegância. — Mas, acho melhor não o fazer novamente.
— Eu não sou uma marionete igual à vocês. — Digo exasperada, contendo as lágrimas.
Ela fez uma feição de ofendida, puxando o lençol que cobria o meu corpo.
— O q-que pensa está fazendo! — Remexo-me, surpresa por sua atitude.
— Shui...— Repousou o dedo em seus lábios, em sinal de silêncio. — Como você bem disse, sou uma marionete. — Atirou o lençol no chão. — Então, devo seguir instruções, e estou fazendo.
— O que ele quer de mim...? — Desvio o meu olhar do seu, observando o carrinho farto de comida.
— Primeiro lugar, você precisa alimentar-se. — Estendeu sua mão para mim, mas, recusei. — Segundo lugar, tem que preparar-se para um evento.
— Eu não vou à lugar nenhum. — Suspira impaciente. — Esse homem é louco.
— Facilita as coisas para mim. — Sorriu ansiosa. — Para você também. — Aponta para mim. — Não brinca com fogo, para não se queimar.
Movimento minhas pernas, saindo da cama. Uma tontura me atinge, mas sinto mãos em meus braços me aparando.
— Você está fraca, vou lhe ajudar a caminhar. — Ophelia, diz guiando-me.
Com sua ajuda, sento na cadeira confortável, diante da mesa arrumada pela mesma.
— Vamos começar, com algo leve tudo bem? — Assenti.
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CONTRAVENTOR
RomanceAra Couts Blanche, perdeu os seus pais muito nova. Os seus pais foram assassinados. O culpado não foi encontrado. Foi abrigada a viver com os seus tios. Depois de alguns anos, os seus tios decidem mudar da sua cidade natal, para viver em Nápoles. ...