CAPÍTULO 14

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Naquele mesmo dia, que passei a conhecer o meu destino, pedi a senhora que me desse um caderno, a única forma que tinha para contar os dias, o mês já sabia, também descobri que ainda estava na Itália.

Porque todos eles se comunicavam sempre pela língua italiana, o que me deixou um pouco aliviada, pelo fato de não estar distante de casa, e que provavelmente posso ser encontrada pelos meus tios.

Recuperei a fratura na perna, depois de três meses neste lugar, foi muito difícil ter que me locomover, sem nenhum tipo de apoio como as muletas.

O meu coração encheu-se ilusória esperança, que Amelie, neste tempo me ajudaria, mas os dias passavam e ela mal falava comigo, as suas únicas comunicações era para instruir de alguma tarefa.

Não acho respostas na minha mente para responder, o porquê de estar nesta situação, durante esses dias, esforço-me em observar o máximo, cada passo entre eles, o interior desta casa já me assustava de tão grande.

O exterior é bastante vasto, a entrada independente, com pátio, possui um campo de golfe e o heliporto.

Os espaços são amplos até para os veículos, já que a garagem pode albergar quinze veículos.

O seu arredor está cercado por homens, que mal entram na casa principal, e agradeço muito a Deus por não ter que servir nenhum.

Faz alguns dias, que estou a articulando um plano de fuga, na minha mente, mas todas as saídas estão bem protegidas.

Até então, não sei realmente quem são essas pessoas, o que me assusta ainda mais, não tem como saber com quem estou a lidar, estou no escuro.

O senhor Mazzarella, não veem frequentemente nesta casa, a Amelie já havia dito que a sua estadia por aqui, não passava de três dias durante a semana, a maior parte do seu tempo, passava longe daqui.

O Salvatore, chegava quando o senhor o comparecia na cidade, está sempre com o ele, o que me leva pensar ser o seu braço direito.

Amelie informou que ele é a sombra do senhor Mazzarella. O que me deixa muito tranquila, por não ter a sua presença diariamente.

Amelie atende o senhor Mazzarella, toda vez que o ele aparecia, agradeço muito por não ser chamada, como ela mesma disse, quanto mais longe ficar fora do alcance, a minha segurança aqui dentro estava salva por enquanto.

Até ao momento o senhor Mazzarella, não solicita a minha presença para servi-lo, causando um alívio muito grande no meu coração.

Tenho feito um esforço enorme para me manter, mas calma possível.

Devido ao meu estado de saúde que não é dos melhores, qualquer stresse forte pode levar-me a um enfarto fulminante.

Acredito que essas pessoas não me ajudariam e aproveitariam esta situação para se livrar de mim de uma vez só.

Então por favor, Ara Blanche mantenha esse coraçãozinho bem estabilizado, até que nós consigamos sair deste lugar... Ironizo-me, mesma a que brota um sorriso nos meus lábios que não sentia há tempos.

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

Ara... Ara onde você está menina?

A voz de Amelie ecoa nos meus ouvidos, tirando-me dos meus pensamentos, fiquei tão distraída em devaneios, estou a quase uma hora, lavando esse casa de banho, droga!

Vai gritar comigo por minha imprudência, a ainda tenho muita coisa a fazer hoje.

— Há uma hora que está limpando, essa casa de banho, perdeu a noção do tempo está... — disse já entrando pelo cômodo.

— Desculpe-me, Amelie não queria aborrecê-la, estava com um pouco de dificuldade, para lavar os vidros dessas janelas, estão muito no alto. — menti descaradamente para a ela.

Tenho a certeza, que nem acreditou em nenhuma das minhas palavras, essa mulher parece-me ser bem inteligente para o meu entendimento.

— Vamos levanta-se logo desse chão, o senhor chegara hoje para casa e trará visitas. — Inspecionou o local, adentrando. — Você irá atendê-los, junto a mim. — Virou-se e saiu do cômodo, e não deu tempo de reclamar!

Levanto-me, e vou a sua direção descendo as escadas por trás, mancando um pouco.

— Quem vira hoje com o senhor Amelie? Por que devo estar presente neste jantar!— Acho muito estranho, esse pedido. — Não quero cometer nenhum erro, e ser.... — Não termino e a mesma vira-se para mim bruscamente e fala.

— O senhor Mazzarella ordenou, e vamos obedecer não é do nosso interesse, saber quem virá hoje!

— Amelie, por favor, deixa-me na cozinha, não serei capaz... — sussurro, tentando apelar ao seu bom senso.

— Ara , comporta-se e segue as minhas instruções.

Afirmou as suas palavras, que não foram suficientes para o meu tormento, até agora não sei realmente quem são essas pessoas, e qual é o papel desta senhora com todos.

Faziam-se seis da tarde, e já havíamos preparado tudo para o jantar, não se sabia ao certo os números de convidados, por isso, não colocamos a mesa aguardando a chegada.

Ao certo sabia que o senhor Mazzarela, e Salvatore estariam presentes, algo que era incontestável.

Estava muito nervosa, mas sabia que não deveria deixar transparecer, a senhora Amelie, como sempre atenta no que fazia.

Sentada a minha frente, pela ilha da cozinha enquanto termina de rever os pratos, e os seus respetivos talheres, que eram de ouro puro, nesta altura já está bem claro para mim, que o senhor possuía uma riqueza grande entorno de todo o seu poder.

Ouvimos vozes fora da cozinha, e logo percebemos, que já haviam chegado.

Prontamente levantamos e ficamos em pé a espera que, qualquer um entra-se por aquela porta, e disse algo sobre o que começaríamos a executar pela ocasião.

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