CAPÍTULO 24

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Quinze dias depois

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Quinze dias depois...


Hoje recebo alta, desde que despertei Amelie não sai ao meu lado. Segundo o médico estou melhor, e posso voltar para casa.

Voltar para aquela casa, que tenho as piores recordações da minha vida. Não cheguei ver o, senhor Mazzarella novamente.

Amelie ajuda-me, a terminar de arrumar-me, e quando saímos do quarto.

O Salvatore , estava nos esperando. Provavelmente para nos levar ao meu cativeiro. Porque é isso que aquele lugar tornou se para mim.

Chegamos ao carro, e Amelie ajudou-me a entrar, recosto-me ao banco de trás, ela sentou ao meu lago, Salvatore, estava no banco de carona, e outro homem conduzia o carro.

Consegui ver vários homens, subindo em alguns carros, e seguindo-nos. Todos estavam armados. Não sabia o motivo de tanta segurança, eu não conseguia deslocar-me sozinha, para tentar fugir, que exagero esta escolta.

Observei a paisagem que há meses não tinha, o privilégio de ver. O trânsito estava ligeiro, como sempre.

Tentava gravar todas as imagens. Poder dar-me forças para não desistir. Como um ser humano, pode privar desse jeito a vida de outro ser? Esse homem é um monstro!

Chegamos ao nosso destino. Estava desatinada novamente, por saber que mais uma vez ficarei confinada neste lugar. Não tendo o privilégio, de voltar a usufruir a minha liberdade.

Como devem estar os meus tios? Minha madrinha, a Graziela e o Liam? Os meus pequeninos, será que estão procurando por mim agora?

Faço-me vários questionamentos, que eu mesma não tenho como responder.

Entramos pela casa, e Amelie levou-me ao meu quarto. Deito-me na cama , e olho para o teto.

O meu peito dói pelo esforço. Não sei por quanto tempo fico assim, até que vejo Amelie aproximando-se com uma bandeja em suas mãos.

Estou com fome, e o cheiro é ótimo. Levanto-me, olho com interesse, tem uma tigela com um tipo de ensopado, e pão quentezinho, ao lado um suco de beterraba e comprimidos que médico receitou.

Levo a bandeja para cama, e começo a comer com vontade. A comida do hospital era boa, mas devo confessar que, um dos momentos mais satisfatório para mim nesta casa, é comer as maravilhas que Amelie cozinha. Comi tudo e entreguei a bandeja a ela em total silêncio.

Vou à casa de banho, tomar um banho por indicação de Amelie. O meu curativo coça muito.

Coloco uma camisa nova, que a ela trouxe para poder vestir, e mandou-me sentar na cama para limpar o meu curativo.

Percebendo o meu total silêncio, com ela desde o hospital, sentou na cama ao meu lado e pronunciou-se.

— Estava preocupada com você? Desde aquela noite. — Avaliou-me. — Por que não chamou por mim, quando aquele homem entrou no seu quarto? — questionou.

— Se realmente chama-se, você faria algo por mim? — Que audácia a sua. — Você colabora com o que estes homens fazem comigo.

— Não posso fazer nada para ajudá-la agora! Infelizmente você acabou por cair em mãos erradas, minha menina. — suspira, tenta tocar o meu rosto, mas esquivo-me do seu toque.

— Não há diferença entre você e eles! Os seus gestos caridosos comigo, pelo meu estado de saúde. Não vai mudar o fato da sua concessão, no meu cárcere privado. — sinto-me cansada, porque ela não me deixa descansar.

— Acho que chegou à hora, de você saber quem é o senhor Mazzarella! — levantou, olhando-me totalmente apreensiva.

Realmente ansiava saber quem são estas pessoas, pelo nível de perversidade.

Por outro lado, estava muito receosa, com que poderia ouvir no momento. Mas fiz um sinal para Amelie, em concordância para avançar.

A Camorra é uma organização criminosa italiana, aliada a Máfia Siciliana.

Que o seu Líder atual é o senhor Lupus Mazzarella Eiger. Surgiu na região de Mezzogiorno, mais precisamente na cidade de Nápoles.

Possivelmente em meados do século XVII. Tendo controlado de perto o território, integrou-se bastante ao tecido social.

Sendo conhecidos como grandes empresários, mas não passa de uma fachada para a organização criminosa.

A estrutura organizacional da Camorra é dividida em grupos individuais também chamados "clãs". Todo "capo" ou "chefe" é o chefe de um "clã", em que pode haver dezenas ou centenas de afiliados, dependendo do poder e da estrutura de cada clã.

Consequentemente, como os clãs da Camorra agem de forma independente, eles são mais propensos a entrarem em guerras entre si.

Não conseguia acreditar, em tudo que ouvia no momento. Meu Deus essas pessoas são, mas perigosas do que imaginava. Amelie ainda continua a sua história.

A Camorra está presente também em países, como França, Holanda, Roménia, Reino Unido, Suíça, Marrocos entre outros países que você não tem noção minha querida.

Há décadas a organização é fortemente ligada ao tráfico de drogas, tendo vários contactos com chefes de cartéis de droga da América do Sul, principalmente colombianos e peruanos.

Atualmente, a minha menina os clãs mais poderosos da Camorra são o clã Mazzarella e a Alleanza di Secondigliano.

— A minha querida, aquele homem que tentou abusar de você é o Alexandre Alleanza. — Meu corpo arrepiou. — O senhor Mazzarella, o matou para protege-la. — expressou pensativa, caminhou pelo quarto e trancou a porta.

— Amelie você precisa ajudar-me. — Falo desesperada. — A escapar daqui o mais rápido possível! — em sobressalto levanto apressadamente, lágrimas inundam o meu rosto.

Se não arranjar um jeito de escapar daqui, não terei, mas outro.

Estes homens praticamente têm a posse de toda Itália e uma parte do mundo todo. A minha vida não pode acabar neste lugar.

— Se acalme, e senta você ainda está debilitada. Mesmo que tente fugir o senhor Mazzarella, vai encontrá-la acredita. — pausou. — Depois do que aconteceu com o senhor Alleanza, não sairá tão fácil, dos olhos de Lúpus! — declarou sincera.

Estava apavorada e deitei-me na cama, comecei a chorar tanto que não consegui parar.

Amelie, pediu que me acalma-se, mas não conseguia depois de tudo que me foi contado por ela.

Deu-me um comprimindo-me obrigando a tomá-lo! Acabei por aceitar e fui lentamente sentido o meu corpo leve, dei alguns soluços e acabei dormindo.

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