CAPÍTULO 29

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A porta do quarto é aberta e Amelie entra por ela, ficando assustada ao ver-me nua e machucada deitada na cama.

O que Lupus fez com a você Ara...surrou"

Aproximou-se da cama, em passos rápidos e abraçou-me com ternura.

O meu choro intensificou-se pelo seu gesto, não conseguia conter as minhas lágrimas, a minha mente faz-me recordar, o mais rápido possível o que aquele homem fez comigo.

— Ele forçou-me, a deleitar-me aos seus desejos a Amelie... ele destruiu-me por inteira. confessei entre soluço para ela.

— Eu sei a minha querida, eu sinto muito. — disse-me abraçando, mas forte.

A dor por meus ferimentos não se comparava, com aquilo que aquele monstro vez comigo.

Não me incomodei com o braço a apertado de Amelie, quero esquecer tudo que fizeram comigo naquele quarto.

— Por favor, Ara não chore, ele não deveria ter feito isso com você! Olhe o seu estado — olhou no meu corpo exposto com ferimentos.

Eu sinto-me um lixo, parecendo um saco de pancada. Lágrimas não param de descer.

Sinto tanta dor, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Aquilo era a destruição da minha pureza, eu não era mais digna de nada.

A virgindade sempre foi uma coisa importante para mim. Queria que a minha primeira vez fosse perfeita, que pudesse fazer com alguém que eu amasse.

Sinto tanto nojo de mim mesma. Deveria ter lutado mais, gritado mais, nem que morresse tentando, mas não podia ter deixado, o senhor Mazzarella, tirar a única coisa que eu guardava com tanto amor.

Meu corpo treme pelo meu choro. Amelie sem pronunciar nada, parecendo saber o que realmente, eu sentia no momento.

Arrastou-me até à casa de banho, sentou-me na banheira, ligando a água, e fiquei ali dentro.

Chorei por lembrar os momentos, que vivi ao lado do senhor Mazzarella.

Ele rasgava-me por dentro, sem qualquer piedade, os seus movimentos eram tão fortes e sem cuidado.

A água quente bateu contra a minha intimidade, aliviando um pouco a dor.

Amelie que passava água no meu corpo com as suas mãos, uma bucha que tinha em um potezinho ao lado da banheira, começou a esfregar o meu corpo suavemente.

Terminou de lavar-me, ajudou-me a levantar da banheira, enrolando uma toalha sobre o meu corpo.

Conduzindo-me novamente ao quarto, aonde tudo aquilo aconteceu já não aguentava mais ficar naquele Cómodo. Tudo me lembrava, o pesadelo que vive com aquele monstro.

Por favor, Amelie tira-me desse quarto não suporto, ficar aqui, aquele monstro desgraçado acabou com a minha vida.

— Se calma, pensa na sua operação querida. — suplicou aflita.— A outra coisa, que tem que saber! — O senhor Mazzarella, deu a ordem para não sair deste quarto, até que ele regressar de Roma.

Quando escutei as palavras de Amelie, cresceu dentro de mim uma grande repulsa, contra esse homem.

Como pode fazer uma coisa dessas com outro ser humano.

— Não... ele não pode fazer isso. — Gritei exasperada.

— Ara, não faça esforços...não tenta afrontar , o Lúpus. — Alerta.

Odeio Lúpus Mazzarella, esse homem é a pior coisa que me aconteceu na vida.

Quer me tornar a sua refém de todas as formas possíveis. Dá-me repulsa só de imaginar os seus toques ásperos, e forçosos novamente sobre o meu corpo.

— Ele não tem esse direito, Amelie, não estou aguentando mais. — Caminho em direção a porta, mas Amelie foi mais rápida.

— Por favor querida, não faça isso. — Posicionou-se de frente a porta, impedindo minha passagem. — Lúpus tem olhos por toda a casa, você está colocando a sua vida em risco.

— Até quando vou suportar, Amelie? — Confrontei o seu olhar. — Ele vai abusar de mim de novo. Não posso ficar aqui, esperando ele abusar de mim de novo...não posso.

Minhas pernas fraquejam, cai ao chão de joelhos, sentindo-me derrotada. A dor insuportável no meu peito, faz meu coração arder.

Uma angustia grande me consome, eu sinto que vou viver tudo de novo.

— Olha para mim... — Amelie pediu. — Você terá sua liberdade de volta, eu lhe garanto. — Segurou meu rosto, entre suas mãos. — Nesse momento está fragilizada, não conseguirá enfrenta-lo.

— Eu preciso sair daqui, por favor ajuda-me....

— Minha menina, eu não posso. A máfia não perdoa traição ao seu líder. — Levantou, andando de um lada ao outro.

— Então eu vou sozinha.... — A exaustão percorria o meu corpo, quando equilibrei minhas pernas.

Declarei a Amelie que não obedeceria às ordens daquele monstro, tentei caminhar até a porta fui impedida por ela, que me suplicou que não contrariasse as ordens dele, se não poderia fazer coisas horríveis.

Estava sem forças para protestar no momento, deixe que ela tomasse conta de mim.

Sinto que a minha vida nunca, mas será a mesma, depois que Sr. Mazzarella me possuiu. Os poucos momentos, que tive com ele eu pude sentir isso.

Preciso sair deste lugar, não posso permitir que ele volte a tocar em mim, sinto repulsa.

Esse homem é cruel, tenho que arranjar uma forma, de comunicar-me com os meus tios, ou o meu primo e pedir ajuda.

Quando despertei neste lugar pela primeira vez, pode perceber que foi removido todo meio comunicação, sem reservas.

Acho que tiram, nesta casa também não há celulares que eu possa utilizar. Mas não posso desanimar, sei que algum momento a oportunidade certa vai chegar.

Fui muito ingénua, por achar que conseguiria fugir naquela noite, a aproveitando a ausência do Sr. Mazzarella e Salvatore, mas enganei-me, estou aqui vendo quem realmente é este homem.

Nunca pensei em odiar uma pessoa na minha vida, mas hoje eu posso dizer com todas as letras que eu odeio Lupus Mazzarella.

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