CAPÍTULO 65

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Ara Blanche




O silêncio reinava no quarto, segundos que parecem horas. O Alessandro mantém o meu  corpo junto ao seu, abraçando.  Como eu gostaria que esse momento se eternizasse. 

  — Quando  vou poder a levar para minha casa? — Alessandro quebrou o silêncio.

 — Hoje mesmo, Alessandro , veio de carro ? 

 — Sim Dr.Ernesto. Está no estacionamento da clínica.

 — Perfeito então, vocês devem sair daqui separados. — Dr. Ernesto falava tudo no automático.  — Alessandro você vai primeiro , depois os bebês e por último Ara.

 — Tudo bem.  — Desfez o nosso abraço. — Vou ligar as luzes do carro,  para saibam onde estou.

 — Alessandro , um carro com os meus seguranças vai o seguir. —Ele assentiu antes de sair do quarto.

 — Ara eu prometo que será apenas por alguns dias, até essa caça contra você terminar. — Amelie segurou minhas mãos. 

 — Sou muito grata por tudo que está falando por nós Amelie. — Confessei.  — Seus netos sentiram orgulho de sua avó. — Seus olhos lacrimejaram.  — Peço desculpas por ter duvidado de você , no passado, hoje eu sei o quanto sofreu, perdeu seu filho sem saber de sua história.

 — Oh minha menina. — Suspirou com pesar. — Independentemete de tudo que aconteceu,  sei que você foi a melhor coisa que o Lúpus poderia ter. — Vou fazer de tudo para os proteger.  — Nos abraçamos. 

  — Amelie não há muito tempo. — Dr. Ernesto falou apreensivo.  — Encontra Helena, e leva os bebês para o carro de Alessandro, vou descer com Ara!

 — Está bem, assim o farei, tenha cuidado. 

Depois que ela foi, eu estava muito ansiosa. Saímos do quarto, passando pelo primeiro corredor em direção ao elevador. Eu estou  ao lado do Dr. Ernesto, de cabeça abaixada. Entramos no elevador, e antes que ele fechasse alguém travou com a mão.

 — Dr. Ernesto é um prazer revê-lo novamente. — Uma mulher muito linda falou entrando no elevador, mantive minha cabeça abaixada.

  — Desculpe, senhorita, nos conhecemos ? — O Dr. Ernesto pareceu não lembrar dela.

 — Que isso Dr. Ernesto , esqueceu de mim?  — O seu tom era de ironia.

  — Senhorita eu atendo muitos pacientes a anos. — Droga esse elevador está muito lento, pensei! — Se dizer o seu nome, quem sabe eu possa lembrar. 

 — Valeria… Valeria Donati.  — Estendeu a sua mão, para ele. — O meu nome é estranho para o Dr.?  — Ela deu ênfase à palavra Dr. como se fosse alguma coisa abominável. 

Antes do Dr.Ernesto responder aquela mulher, finalmente o elevador chegou ao nosso andar, e ele saiu sem dizer nada. Quando eu estava prestes a sair, aquela mulher segurou meu braço,  fazendo-me olhar para ela.

  — Foi um prazer conhecê-la Ara Blanche, nos vemos em breve.  — Soltou o meu braço sorrindo, e as portas do elevador fecharam. 

Estou assustada, como aquela mulher sabe o meu nome! Por que falou que nos encontraremos de novo.

 — Ara, está tudo bem ? A gente precisa…

   — Dr. Ernesto.  — O interrompe. —  Aquela mulher do elevador , falou o meu nome, mas eu não conheço ela.

 — Você tem certeza que ouviu direito. — Puxou o meu braço, e entramos em sua sala.  — O que ela falou de concreto?

Falei tudo para ele que achou estranho demais, nem ele lembra quem seja  essa  mulher. 

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