Obrigada

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– Liv, relaxa. – Pediu o homem loiro parado em minha frente. – Não importa o que ele esteja tramando, vamos conseguir. – Seu olhar preocupado sobre mim parecia tão sincero, por outro lado sua expressão parecia séria e perigosa, como quem quisesse acabar com toda essa confusão de uma vez por todas.

– Não consigo, parece que tudo vai explodir em qualquer momento. – Respondi. – Ele teve a cara de pau de vir aqui em casa nos ameaçar com a maior calma do mundo! O que ele disse antes de ir embora foi mais do que um aviso. Minha mãe está na cidade, ele pode tentar qualquer coisa contra ela. Não consigo ficar em paz.

– É justamente isso que ele quer. – Apresentou Steve pegando o unicórnio rosa gigante que havia ganhado outro dia de cima da cama. – Ele sabe que estamos juntos, sabe nossos passos, sabe tudo sobre a gente. Já falamos antes, ele teve mais de uma oportunidade de acabar com a gente, e ele não fez. Ele que justamente nos fazer sofrer, fazendo as pessoas que mais amamos sofrer. Eu prometo, ele não vai relar um dedo na sua mãe. – Disso isso, ele colocou a pelúcia ao meu lado. – Agora passa o celular pra cá, ficar olhando-o não vai adiantar em nada.

– Conseguiu falar com a Natasha? – perguntei entregando o objeto sem reclamar, já que ele possuía razão, que ficar atualizando a tela o tempo todo não resolveria. – Eles não dão sinal de vida desde ontem quando o Clint foi embora...

– Ele é idiota, mas não tão idiota de ir contra aqueles quatro. – comentou Steve, com um sorriso de canto. – É que ele nunca teve a oportunidade de encontrar a Nat, se não, ele já estaria morto.

– Ela primeiro mataria ele, depois tentaria perguntar sobre as ideias. – Acrescentei. – Ela é muito poderosa, tipo, aquilo sim é um mulherão da porra! – comentei recebendo um olhar dele. – Desculpa, mas admita essa é a melhor palavra para descrever sua amiga.

– Admito. – respondeu ele rindo. – Viu, consegui tirar um sorriso. – Ao escutar isso, imediatamente acabei abrindo um outro sorriso.

– Você não presta! – resmunguei jogando o unicórnio sobre ele o acertando em cheio, de propósito. – O mundo está acabando sobre nossas cabeças, e estamos aqui, juntos. Nada faz sentido.

– Não temos como fazer nada, apenas o tempo vai nos dizer como agir. – Ele mirou o unicórnio com uma mão jogando sem força em minha direção. – É assim que você trata seus presentes.

– Ele está me defendendo, está batendo no pai no meu lugar. – Retruquei com um sorriso irônico, jogando de volta, o fazendo pegar no ar. – Para isso que os filhos existem, para nos defender.

– Mas não o usando como armas. – disse olhando fixamente para o objeto fofinho e rosa. – Se somos os pais dele, ainda não lhe damos um nome. Voto para peludinho. – Terminou o lançando novamente, mas desta vez me acertando no rosto por ainda estar deitada.

– Peludinho? Muito clichê. – Respondi. – Hm... pode ser Senhor Peludinho?

– Senhor Peludinho? – Questionou ele fazendo uma cara engraçada. – Senhor? Ele é um animalzinho fofo, não combina com senhor.

– Vamos pensar com calma. – Apresentei. – Mas fique sabendo, que unicórnios não são nada fofos para começo de conversa. Eles são fofos, lindos, maravilhosos apenas na aparência.

– Como assim? – perguntou Steve, sentando ao meu lado fazendo o colchão abaixar. – Unicórnios não são seres mágicos do bem?

– Olha, até onde eu sei de folclore os unicórnios são seres mágicos sim, porém, para conseguir capturar um deles é o mais estranho. – expliquei, pensando na melhor forma em lhe contar a verdade. – Basicamente os unicórnios gostam de mulheres virgens, eles podem sentir se ela é ou não. Os caçadores colocam uma moça virgem no meio da mata com os seios à mostra, com isso eles aparecem e digamos que mamam nelas... – dei uma pausa nesse momento prestando atenção na reação dele, que parecia completamente confuso. – E nesse momento os caçadores atiram, para conseguir os pegá-los.

Innocens - Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora