Mulheres

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Pense como o melhor macarrão ao molho de queijo que você já comeu. Nada daquele queijo amarelo neon artificial ou farelo de pão. Estou falando de queijo chique, daquele bem caro, que estala quando derrete na crosta gratinada que fica por cima, do aroma salgado e doce ao mesmo tempo que paira no ar fazendo com que sua fome cresça cada vez mais. O garfo com os fios amarelados do queijo enrolado, mostrando o quão desesperada e com vontade estava daquilo, faltava tão pouco para que chegasse em minha boca, para poder sentir aquele gosto único derretendo...

O telefone toca.

Estiquei o braço de modo que não derrubasse a comida no chão, pegando o celular jogado no sofá de qualquer jeito, enquanto comia o macarrão sentada na mesinha de centro da sala, e assistia tv. Apenas por um segundo ao olhar para a tela do celular, já conseguia imaginar todos os tipos de reclamações, xingamentos e broncas que receberia, a tela do aparelho indicava com letras maiúsculas bem grande escrito "Mãe" com um acompanhamento de um emoticon de pato, pois era a mãe ganso.. mesmo que pato e ganso não são as mesmas coisas.

– Oi, mãe. – atendi, desejando em pensamento para que nada acontecesse.

Quando você percebe ser tarde demais, quando a tv apenas comentava sobre o atentado que o presidente da SHIELD, Jaffrey Mace, que agora recebia o nome de "O patriota", um inumano do governo, comandando a maior organização de super dotados, e eles o chamam por esse apelido, pois era a nova cara do povo americano; isso parecia mais um substituto para o Capitão, o governo ainda encontrava-se magoado com a saída e a rebeldia do loiro. Era tão bizarro e irônico, que chegava ser engraçado.

– Olivia! Minha querida, por que não ligou antes? Sua mãe está muito preocupada... – Disse ela, porque honestamente só conseguia prestar atenção na comida e na televisão. – Marcus teve que ligar para contar tudo o que ocorreu, você podia ter morrido e eu nunca ficaria sabendo!

– Mãe, como a senhora disse eu fiquei muito ruim, não tinha como telefonar na cama do hospital. – Digo, apesar de saber que era mentira, e mal conseguia segurar a próxima. – Marcus, fez o dever dele em lhe avisar. Ele é bom bom garoto. – Terminei, desejando que o mesmo caísse da escada.

– Ele também disse que pagou todas as despesas do hospital. – Continuou ela, dando para imaginar um sorriso orgulhoso do pobre menino. – E estou muito preocupada com seu estado de saúde, ainda mais agora que não tem mais onde trabalhar... minha menina, seria tão fácil você aceitar um emprego decente no escritório dele...

– Mãe, Mãe, Mãe! – Disse rápido cortando ela. – Fico muito agradecida com a preocupação, porém já discutimos isso e expliquei o motivo que eu não posso aceitar aquele trabalho, ok? E outra, logo estarei melhor e começo procurar um outro emprego, então relaxa.

– Lily, você não tem nem dinheiro para pagar o próximo aluguel, não pode recusar minha ajuda. – Podia perceber, que ela começava a ficar nervosa, quando usava esse apelido. O correto seria ela me chamar pelo nome completo, mas não, quando a madame solta o Lily, a bomba vai explodir. – Já conversei com Marcus, e ele passou o numero da sua conta bancária, então logo mais estarei mandando o dinheiro para o aluguel e mais um pouco de mimo.

Seria muita maldade em minha parte reclamar por todo carinho ou atenção que recebo dela, no fundo fico muito grata por tudo o que ela fez e faz até hoje, porém, é tanta proteção que nunca sairia de perto dela. Eu a amo, mas preciso da minha liberdade, sabe, cair quebrar a cara e levantar sozinha, sem a ajuda de ninguém, apenas assim poderei dizer que me tornei adulta por conta própria essa era minha lógica. E o que deu tentar fazer tudo sozinha? Virei Inumana e o fugitivo mais procurado do mundo está passando uns dias em casa, tudo seguindo como imagem.

Innocens - Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora