Capítulo 7

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Maksim

Ja tinha quase meia hora, que Heitor estava tentando me convencer, a deixá-lo ir na corrida sozinho.

- Heitor, isso não é uma boa ideia.

Ele queria ir assistir à corrido de Tony. Eu estava no território da Cosa Nostra, apenas pra levantar algumas informações. Nós não devíamos ser vistos. Nós nem devíamos está aqui ainda . Eu ainda está em dúvida se isso não era uma armadilha, mas nós sabíamos tão noivo, que eu resolvi me arriscar.

- Só vou assistir irmão.

- Tio Ivan não pode te acompanhar, eu não posso te acompanhar.

Estávamos a minutos de Palermo, a chance de alguém me reconhecer, e reconhecer meu tio eram imensas.

- Prometo voltar direto pra cá, após a corrida. Sem paradinha.

- O que acha tio?

Ele digitou e me entregou o telefone.

Deixe ele ir, ninguém sabe nada sobre ele. Vocês dois deviam viver um pouco.

- E eu vivo. Volte direto pra cá Heitor, eu tenho um encontro com um informante da Ndrangheta em um bar, assim que eu falar com ele, eu volto imediatamente. Precisamos deixar a Sicília o mais rápido possível, isso está muito arriscado irmão.

Meu tio voltou a me entregar o telefone.

Vou está no carro do lado de fora do bar, tenho medo de ser uma emboscada.

- Não é tio. Heitor, estaremos a menos de quinze minutos de você. Qualquer coisa você nos liga imediatamente, entendeu irmão?

- Sem problemas. Estou com saudades de casa, não gosto da Itália irmão.

Eu também não.

- Assim que eu resolver umas coisas em Taranto, e dependendo do que o informante me disser, nós estaremos em casa no máximo na quarta feira. Mas se as informações se confirmarem, e um ataque for possível nos atacaremos eles.

Nós tínhamos de desestabilizar eles. Atacar qualquer uma das três, era como atacar as três. Isso foi o me impediu até agora, caso contrário eu já teria partido pra guerra a muito tempo. A união das três, os tornavam quase imbatíveis. Quase.

Meu tio colocou a mão em meu ombro. E me deu o celular. Eu suspirei.

Quando vai realmente viver filho? Devíamos parar de cavar esse buraco, no final vai acabar com nós três enterrados nele.

- Não posso tio. Cada dia que passa, eu também queria que Iure estivesse vivo. Apenas pra eu mesmo matá-lo. Odeio que você não possa mais nem falar.

Eu o odiava com todas as minhas forças, e cada dia que eu via meu tio ter que digitar, pra se comunicar. Meu ódio se tornava ainda maior.
Porra ele era seu irmão gêmeo, era pra eles serem ligados. Mas ele arrancou a língua do meu tio, e depois o pendeu.

Ele está morto, e quero que você viva.
Mas viva de verdade filho, isso não é a vida que Giovanna sonhava pra você. Não é a vida que eu quero pra vocês.

- Ela não está mais aqui.

Eu sai de perto do meu tio. Ele sabia que minha mãe, era o meu ponto fraco.
Eu sentei na varanda do hotel, e fiquei olhando a cidade. Eu não via a hora dessa porra toda acabar.

Lúgubre de gelo - Máfia Vermelha.Onde histórias criam vida. Descubra agora