Calítulo 22

1.4K 158 50
                                    

Maksim

Eu acelerei meu carro, assim que Pietro virou a esquina. Que inferno.
Eu estava arrependido de ter vindo de carro, eram pouco mais de seis horas de carro até Taranto, e agora eu precisava voltar o mais rápido possível. Eu não me sentia bem, pra dirigir. Eu estava em estado de choque. Porra.

Eu decidi ir direto pro aeroporto, eu pegaria a porra de vou comercial. Eu peguei um documento falso dentro carro, e paguei o estacionamento pro mês. Era um risco da porra, mas eu precisava ir embora rápido.

Depois eu mandaria alguém buscar meu carro. Eu só lembrei que ia fazer uma visita ao veterinário da clínica que era obcecado por Emma, quando eu já estava dentro do avião. Porra.
Mas ele não perdia por esperar . Otario, tirando fotos da mulher dos outros.

Eu ainda não acredito que meu dia estava terminando assim. Eu nunca teria me envolvido com ela, se eu soubesse que ela era filha da minha tia. As fotos da minha tia com a garota no Brasil, não passava de um mal entendido. Aquela garota sem dúvidas, era filha de Renzo, a mulher de Renzo era quem tinha cabelos escuros. Deveríamos ter percebido isso antes.

Eu mandei uma mensagem pra Heitor me buscar no aeroporto. Eu passei o voou todo, pensando no que fazer, mas não tinha o que pensar.
Assim que eu desembarquei e vi ele, eu me assustei quando senti o impacto do abraço do meu tio. Eu nem sabia falar de onde ele surgiu.

- Eu estou bem tio. Vamos pra casa, tenho problemas sérios.

Ele me encarou, e eu abracei Heitor. Depois nós seguimos pro carro.

- Isso nós percebemos irmão, você deixou seu carro pra trás.

- Eu precisava chegar aqui rápido. Não podia esperar seis horas.

E eu também quase não tinha dormido. O plano inicial, era depois de despedi de Emma, passar na clínica, dar um recado inesquecível ao idiota do chefe dela, e deixar o território da Cosa Nostra. Eu ia dirigir e descansar no território da Ndrangheta. Só então eu seguiria pra Taranto. Foi a porra de uma pancada inesperada.

Assim que eu entrei em casa, eu senti vontade de quebrar tudo, mas assim que meus cachorros vieram em minha direção, eu podia enxergar o sorriso de Emma, e isso foi o suficiente pra me acalmar.

- Irmão o que aconteceu, te descobriram lá?

- Emma, é filha de Salvatore e da minha tia.

- Tá brincando .

Eu não respondi Heitor, eu estava encarando meu tio. Ele já sabia, estava na sua cara isso.

- Tio porque não me contou? Quando descobriu?

Ontem de manhã. Eu vi ela em NY com Lucca. E depois vi ela na igreja com Pietro. Mas eu já desconfiava, que ela era uma D'Ângelo. Só não achava que ela era a minha sobrinha.

Eu tentei manter a calma, mas eu estava ficando maluco já.

- Irmão ela deve está usando você.

- Não está. Ela não faz ideia de quem eu sou, e nem minha tia Raika. Tio Ivan, minha tia ajudou Emma a passar a noite comigo, em um cabana, um lugar totalmente isolado. Minha tia estava no carro estacionado ao lado do meu, e eu nunca imaginei que era tia Raika lá.

- Caralho, agora está fácil. Ligue pra Emma te encontrar, e depois pedimos a troca.

- Não Heitor. Emma é intocável entendeu, ninguém toca nela. Não há conversa sobre isso.

Lúgubre de gelo - Máfia Vermelha.Onde histórias criam vida. Descubra agora