Capítulo 43

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Emma

O funeral de mau pai, jamais sairia da minha memória, quando minha mãe passou mal, e precisou se hospitalizada. Minha madrinha nem conseguiu vir.

Eu olhei pra Lucca, e embora ele não demonstrasse, Lucca estava arrasado. Ele colocou a camisa do time que eles torciam no caixão. Por muito tempo eles foram juntos as estádios, a corridas, e depois que Lucca se tornou um homem, eles saiam juntos pra beber, fumar charuto e jogar.

Eu me sentia completamente anestesiada. Eu tinha a sensação de esta olhando tudo de fora do meu corpo. Eu levei minha mão até minha barriga. Eu ainda não conseguia acreditar que eu estava grávida.

- Emma.

Eu encarei Liz.

- Oi.

- A mama vai ver sua mãe no hospital, você quer ir.

- Não posso.

- A cerimônia já acabou.

- Eu sei, mas eu vou ficar até descerem  o caixão.

- Eu vou ficar com você. Já volto.

Eu olhei meu nonno sentado com o olhar distante. Eu gostaria de poder consola-lo, mas eu não conseguia nem consolar a mim.

- Lucca o que faremos agora.

- Vamos vivendo. Um dia de cada vez, vamos cuidar da mama, a dar a ela todo o amor que ela merece. Vamos ajudar ela ficar bem.

- Lucca eu estou arrasada.

- Eu sei Emma. Eu também estou, eu vou cuidar pra ficarmos bem Emma. Eu juro.

Eu apoie a cabeça em seu ombro, e olhei aos poucos as pessoas deixarem o cemitério. As pessoas mais próximas, e o alto escalão, seguiriam pra nossa casa, eles almoçariam e passariam a tarde lá. E eu só queria ficar com minha família.

- Loirinha, estou indo com o nonno. Quer ir comigo?

- Vou com Lucca tio. Pode levar Vicenzo?

- Ele foi com Giancarlo.

Nós ficamos tanto tempo aqui, que mesmo depois de enterram meu pai. Eu e Lucca continuamos sentados.

- Pedaço de mal caminho, vamos embora? Eu não gosto de cemitério, e já é quase meio dia. As pessoas só podem comer depois que o Don estiver presente.

- Obrigado por me lembrar Liz. Eu realmente esqueci.

Quando nós chegamos em casa, eu vi tia Sandra conversando com Gigi. E eu fui até elas.

- Oi. Como minha madrinha está?

- Ela vai ficar bem, ela é sua mãe já estão lá em cima. Estão dormindo juntas nesse momento.

- Emma, eu sei que não é o momento, mas eu gostaria de falar com você.

- Porque nonna?

- Nada meu amor. Onde podemos conversar com privacidade querida?

- Na biblioteca.

Minha tia entrou, e eu fechei a porta. Ela me olhou já chorando.

- Onde conseguiu o colar da minha menina Emma?

Eu sempre esquecia dele, e que as pessoas da camorra, muitos já tinham visto ele.

Lúgubre de gelo - Máfia Vermelha.Onde histórias criam vida. Descubra agora