Capítulo 49

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Pela primeira vez no ano, Marcelo acordou antes de Diego. Ainda era cedo, segundo o relógio do celular e estava meio friozinho, por isso ele se enfiou mais dentro das cobertas e aconchegou-se ao corpo do marido, que ainda dormindo o abraçou de forma languida.

Era seu aniversário. 37 anos. O numero o atingia em cheio, por mais que tentasse ignorar e dizer que não era nada demais. Como qualquer outro ser humano, Marcelo não gostava de pensar que estava envelhecendo.

— Bom dia... — ouviu o cumprimento ser sussurrado próximo ao seu ouvido e sorriu, olhando para baixo e encontrando Diego encarando-o com aqueles grandes olhos castanhos.

— Feliz aniversário. — Diego disse em seguida ao mesmo tempo em que se sentava na cama.

— Feliz dia dos Namorados. — respondeu Marcelo enquanto beijava o marido na testa e em seguida nos lábios, com carinho. Podiam ter ficado naquela troca de afetos, se Diego não tivesse deslizado a mão morna sob a camisa do pijama de Marcelo, invadindo a calça de malha e a roupa intima.

— Seu presente vem só sábado, mas, que acha de um pequeno agrado? — ouviu o marido dizer enquanto soltava uma risadinha e mergulhava debaixo das cobertas novamente. Marcelo pensou em dizer que o outro não precisava fazer aquilo só para agradá-lo, mas não podia negar que aquela estimulação era boa.

A sensação daquela cavidade morna abarcando sua rigidez e a pressão úmida ao redor, acompanhada de pequenos suspiros vindos de sob as cobertas fizeram Marcelo ofegar deliciado e erguer os cobertores para ver Diego em ação. Em certo momento, o outro parou o contato e ergueu os olhos, recebendo um carinho nos cabelos em resposta.

Dali de onde estava, podia ver a expressão afogueada e ofegante de Marcelo enquanto sentia as mãos firmes dele tocando sua cabeça. Enquanto deslizava a mão espalmada sobre o ventre morno do marido, aumentou a cadencia dos movimentos com a boca, até sentir que ele se desmanchava em prazer em sua boca. Por fim saiu debaixo das cobertas e cuspiu o conteúdo no cesto de lixo, para em seguida dar um selinho na boca do marido.

— Obrigado pelo presente. Quer o seu de dia dos Namorados agora? — viu Diego rir e negar com um gesto de cabeça. Apesar de estar com uma ereção dolorosa debaixo do pijama, sabia que se começassem, iam se atrasar, e ele ainda tinha de levar Paulo para a escola.

— Eu te amo. — ouviu Marcelo dizer e em resposta encostou a cabeça no ombro do marido. Estavam curtindo aquele momento a dois quando ouviram batidas leves na porta do quarto e após dizer que entrasse, Paulo pulou em cima da cama e abraçou Marcelo pelo pescoço gritando "Parabéns, Marcelo!"

— Obrigado rapaz. — colocou o menino sentado sobre as cobertas e o ouviu perguntar se Diego não ia dar o presente que tinham comprado para o outro. Viu o marido sorrir desconfortável, com certeza porque ainda não tinha conseguido se livrar dos sinais da ação que fizeram mais cedo e não queria que o menino visse.

— Tá ali no guarda-roupa, por que você não pega, Paulo? Isso, nessa sacolinha verde musgo ai. — o menino ficou feliz com a tarefa e ao entregar o pacote para Marcelo, o observou abri-lo com animação.

— Um perfume! Mas que legal, rapaz! Obrigado. — Paulo disse que fora Diego quem escolhera e observou Marcelo dar um beijo rápido nos lábios do outro.

— Muito cheiroso, vem cá, vamos passar um pouco pra você ir na escola hoje. — Paulo saiu para se vestir para a escola se sentindo muito chique, pois tinha passado o perfume de adulto de Marcelo.

— Obrigado por esse presente também. Tem certeza que não quer uma ajudinha ai embaixo? — assim que o menino saiu, Marcelo retomou o assunto anterior, ao que Diego disse que daria um jeito.

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