Capítulo 61

29 2 0
                                    


Quando enfim chegaram em casa, Joaquim disse que ia tomar m banho enquanto Francisco se ocupava de preparar o jantar. E assim que entrou debaixo do chuveiro o rapaz percebeu o quanto ficar ali debaixo daquela água morna e reconfortante e tão bom que ele não queria mais sair dali.

Após debater mentalmente por alguns minutos se ficava mais um pouco no chuveiro ou não, acabou sendo convencido a sair quando sentiu o aroma delicioso que vinha da pequena cozinha do apartamento.

Depois de enfrentar o choque térmico ao sair do banheiro e de ter se vestido da forma mais quente e confortável que conseguiu – pois Junho enfim havia trazido o inverno para a cidade, Joaquim foi até a cozinha, onde pode vislumbrar as costas fortes do namorado que mexia em uma panela no fogão.

— O que tem no menu hoje, chefe? — o loiro perguntou enquanto abraçava Francisco por trás pela cintura e ouvia rir em resposta. O fato de Joaquim ter apenas 1,65 contra os 1,85 do namorado o impedia de fazer aquela coisa bonitinha de apoiar o queixo no ombro do outro, mas ele se arranjava como podia.

— Hmm, algo que você vai gostar. — viu Francisco desligar o fogão e tampar a panela e levá-la para a mesa. Quando enfim o conteúdo foi revelado, Joaquim abriu um sorriso repleto de nostalgia enquanto murmurava.

— Você lembrou que eu gosto desse prato. — se serviu de uma generosa quantia e após colocar uma garfada na boca, sentiu uma sutil pontada na altura dos olhos. Estava querendo chorar. Não comia macarrão com atum há um bom tempo, desde que sua mãe faleceu há 15 anos.

— Ficou bom? Eu espero não ter errado na quantidade ou coisa pareci... — mas o resto da frase foi engolido pelo beijo que o loiro lhe deu, ao qual Francisco correspondeu.

— Ficou ótimo. Obrigado. — observou o rosto bonito do namorado, os olhos negros combinando com o bigode espesso.

— Que bom! Fico feliz de saber. — viu o loiro retornar ao seu lugar e voltar a comer com uma expressão de pura satisfação no rosto.

Enquanto também comia, Francisco pensou em como o namorado era fácil de agradar. Desde que se conheceram, Joaquim nunca demonstrou interesse por presentes caros ou gestos grandiosos de afeto. Ele ficava feliz com coisas simples, mas feitas de coração.

Quando terminaram de comer Francisco lavou os pratos enquanto conversava com Joaquim, que se ofereceu para secar a louça, mas ouviu em resposta o outro dizer em um tom meio irritado.

— Nunca vou entender porque as pessoas secam uma coisa que pode secar sozinha se ficar quieta por um tempo. — o comentário fez Joaquim rir e Francisco sorriu, pois ele adorava ouvir aquele som.

Se aninharam no sofá, abraçados sob uma camada grossa de edredons e ligaram a tevê para assistir alguma coisa. Mas ao descobrir que sua série favorita tinha sido removida do catálogo do streaming, Joaquim ficou chateado e perguntou por que diabos eles continuavam assinando aquele negócio.

— Porque sempre tem muita variedade de conteúdo e é mais prático do que baixar por torrent. — respondeu Francisco enquanto o abraçava sob as cobertas e ouvia o loiro resmungar irritado.

— Eu só não acho justo eles tirarem as coisas do catalogo de repente. Tá, escolhe alguma coisa, mas nada de filme original da plataforma, porque você sabe que eles são péssimos. — no fim optaram por assistir uma série o próprio streaming sobre serial killers. Joaquim acabou caindo no sono antes do episódio um terminar.

***

Mayara acordou cedo naquela manhã de sábado, pois tinha de resolver muitas coisas relacionadas a festa de bodas das mães até o dia em questão. Ela estava escovando o longo e bonito cabelo escuro quando ouviu o bip do celular informando que tinha mensagem.

Lar é onde o coração estáOnde histórias criam vida. Descubra agora