Capítulo 52

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Pouco mais de duas horas depois de terem entrado no cinema, as luzes se acenderam. Marcelo olhou para o marido ao seu lado que exibia uma expressão maravilhada que não via há tempos e sentiu que podia se apaixonar por ele, mais uma vez naquele dia.

— Foi interessante, não é? — comentou Diego enquanto ligava novamente o celular e era bombardeado por uma serie de notificações do whats app, todas vindas de Vanessa.

Enquanto saiam do cinema, retornando até o estacionamento onde deixaram o carro, Marcelo ia ouvindo o marido narrar às aventuras de Paulo naquele sábado. As crianças já tinham almoçado e agora estavam assistindo filmes animados na tevê.

— Ela mandou uma foto. Olha a cara dos três. — Diego virou o celular para ele e quando viu a foto não conseguiu evitar sorrir. As crianças estavam sentadas no sofá, Agatha no meio e os meninos um de cada lado dela, as expressões vidradas na tevê enquanto dividiam uma tigela grande de pipoca.

"Oi Van, eles estão tão interessados no filme, muito bonitinho. Obrigado por me atualizar do dia do Paulo. A gente aqui acabou de sair do cinema, por isso só tou respondendo agora. Mas vai me atualizando se puder. Beijo." — Ouviu Diego dizer enquanto gravava um áudio para a moça e pode sentir a felicidade vibrando pela voz dele.

Quando pegaram o carro, Marcelo se ofereceu para dirigir e escutou o outro responder que "tudo bem", sem retrucar, sem discutir. E durante o breve trajeto até o hotel, Diego acabou cochilando e quando chegaram ao local e fizeram o check-in, a primeira coisa que o rapaz fez foi se atirar sobre a cama ampla de casal enquanto soltava um gemido de puro prazer.

— Olha só que cama enorme... E a gente tem o final de semana inteiro pra fazer bom uso dela. — viu um sorriso pervertido surgir no rosto do parceiro e correspondeu enquanto se aproximava e subia na cama.

— É? E o que você tem em mente? — beijou-o com calma ao mesmo tempo em que deslizava uma das mãos por sob a camiseta, exibindo a área da barriga e parte das costas de Diego, mas foi afastado com delicadeza antes que pudesse aprofundar o contato.

— Que tal primeiro um banho e depois... A gente vê o que acontece? — Diego foi deixando uma trilha de roupas até o pequeno banheiro na lateral do quarto, parando na porta vestindo apenas a roupa de baixo e lançando um olhar convidativo por cima do ombro ao qual Marcelo respondeu de pronto, aproximando-se dele e beijando-o na curva do pescoço.

Enquanto a água morna caia sobre os dois, eles trocavam beijos apaixonados e longos, desbravando cada detalhe um do outro, ao mesmo tempo em que as mãos firmes de Marcelo deslizavam pelas costas do marido, até pararem um pouco abaixo da linha da coluna, onde agarraram a suavidade tenra daquela área, apertando-as com certa urgência e recebendo em resposta um gemido estrangulado por entre o beijo.

— Di... — sussurrou contra o ouvido do outro para em seguida mordiscar o lóbulo da orelha dele e receber um resmungo positivo em resposta.

— Eu queria pedir uma coisa pra você... Faz muito tempo que você não... — ofegou antes de conseguir terminar a frase ao sentir a mão firme do outro envolver sua rigidez com delicadeza e iniciar uma estimulação leve.

— Vai... Continua. — instigou enquanto encarava o marido nos olhos, alguns centímetros mais alto que ele e sentia um fogo interno crescer em seu peito conforme via suas ações causarem reações instantâneas no rosto de Marcelo.

— É que hoje eu queria que... Você... Você me comesse. — parou os movimentos de estimulação no membro do outro e encarou-o com olhos arregalados de surpresa. Não sentiu choque ou horror perante o pedido, afinal ainda no começo do namoro ele já tinha feito aquilo, apesar de preferir o contrário. Não. Foi à forma como Marcelo falou... Tão crua e vulgar. Isso causou uma resposta imediata em seu baixo-ventre que pulsou doloroso.

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