Capítulo 59

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Paulo se sentou ao lado de Agatha no ônibus de excursão, com Luis sentado no banco da frente e olhando para trás, apesar das repreendias que a professora dava para que ficassem sentados direito no banco.

Eles já tinham cantado todas as músicas comuns de passeios infantis e agora estavam brincando de perguntas e respostas relacionadas ao que tinham aprendido nas aulas de ciências, valendo pequenos brindes comprados por Marta.

— Muito bem, aqui vai mais uma pergunta! — anunciou a professora, fazendo todas as crianças se calarem e olharem para ela fixamente.

— O que uma lagarta faz para se transforma em uma borboleta? — várias mãos levantaram e Marta, que vinha tentando deixar todas as crianças responderem pelo menos uma pergunta, apontou para Agatha, que ainda não tinha falado.

— Ela... Ela faz aquela casinha em volta... Er... Casulo! É, ela faz um casulo e daí dorme um tempo e depois quando sai dali já virou borboleta. — Marta sorriu e se apoiando nos bancos do ônibus, foi até o local onde a menina estava e entregou o pequeno embrulho com a prenda.

Paulo estava animado com o passeio e com a expectativa de ver um museu pela primeira vez na vida, também não via a hora de comer com seus amigos no picnic (Agatha tinha lhe corrigido baixinho quando ele disse "Nique ninque" e agora ele sabia a pronuncia certa) .

Quando o ônibus enfim parou, todos os pequenos passageiros tinham respondido pelo menos uma pergunta e ganhado um brinde que variava de kits escolares com borracha e lápis até uma cartela de adesivos e chaveiros plásticos.

— Muito bem, pessoal! Daqui alguns minutos vamos descer e entrar no Museu Catavento, mas antes disso, quero fazer alguns avisos pra vocês. — as crianças viram a professora pegar uma pasta no bagageiro do ônibus e informar que, conforme fosse chamando seus nomes, eles deviam vir até ela e então, descer e esperar ao lado do ônibus.

— Se alguém não obedecer, eu vou ter de contar pros pais ou responsáveis lá no grupo do whats app, tá bem? Agora... — Ela então entregou para cada estudante um crachá onde se lia "Olá, meu nome é [nome da criança], sou estudante da escola tal, turma da prof. Marta Vieira.".

Após ter conseguido distribuir todos os crachás e conferir que as crianças tinham obedecido e esperavam comportadas ao lado do ônibus, Marta desceu, se despedindo do motorista e informando que eles voltariam por volta das 16h00.

— Muito bem, agora escutem bem, agora não tirem os crachás, pessoal, se vocês se perderem, é por eles que vão saber como me acharem. Mas, tentem não se afastar e fiquem perto do nosso monitor durante a visita. — ela sorriu e segurou a mão de Agatha, que puxava a fila das crianças, mas antes parou e falou sobre o ombro.

— Ah, e vamos nos reunir para almoçar no Jardim aqui na frente do museu. Então, espero que todo mundo tenha pegado suas mochilas. — o que fez com que duas crianças subissem correndo no ônibus, que permanecia aberto e voltando segundos depois com as mochilas debaixo dos braços.

Caminharam até a entrada do museu, onde eles foram recepcionados pelo guia, Silvio e assim que entraram no prédio, os olhos das crianças se arregalaram em completa admiração.

— Bom dia galerinha, meu nome é Silvio e eu vou ser o guia de vocês na visita pelo Catavento Cultural hoje! O Catavento está instalado no Palácio das indústrias e é um prédio histórico construído no início do século vinte. São 11 mil metros quadrados dedicados a despertar a curiosidade e estimular o conhecimento sobre a ciência, esta importante área da humanidade que explica os fenômenos que acontecem ao nosso redor. — As crianças ouviam o guia com apenas metade da atenção, enquanto olhavam maravilhados para tudo ao seu redor, decidindo o que iriam ver primeiro – e tocar, porque naquele museu, podia-se tocar em várias coisas que estavam em exibição.

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