Depois que os cavaleiros foram embora, Midoriya pegou sua bolsa fechou a ferraria e saiu andando até sua casa.A noite estava clara por causa da luz da lua, um leve vento corria pelos seus cabelos ondulados e ele ouvia alí perto a música e o barulho onde os camponeses festejavam.
Passando pela praça viu os aldeões dançando alegremente em rodas batendo palmas, e por sinal, Asui estava lá também.
Alguns tocavam, outros dançavam e outros apenas conversavam ou observavam, pensou em ficar alí um pouco mas mudou de ideia pois estava cansado demais para isso.
Já ia saindo quando escutou um grande estrondo vindo de uma das ruas mais remotas do vilarejo, seja lá o que era o som conseguiu chegar até o centro.
Pararam a música e a dança. As pessoas que estavam conversando emudeceram.
Olhando para o local do barulho e viram uma densa fumaça negra se formando.
— FOGO — Uma das mulheres gritou, fazendo as vozes amedrontadas saírem do meio da multidão.
alguns homens e mulheres saíram na direção da fumaça para ver o que estava acontecendo, e Izuku decidiu ir com eles.
Quanto mais perto estavam do local mas densa fumaça se tornava, estava ruim de enxergar, e se não fosse pelo fraco vento naquela noite também estaria difícil respirar.
Chegaram na rua menos movimentada do vilarejo e viram uma casa de madeira em chamas, a temperatura do fogo estava tão alta que ardia em seu rosto, e as milhares de brasas voavam no ar.
Os homens começaram a pegar baldes d'água e jogar na casa antes que o fogo se espalhasse para as outras, enquanto algumas das mulheres corriam em direção ao Castelo para chamar a guarda real para ajudar.
Uma mulher chorava ajoelhada na frente da casa, com certeza era a moradora dela, o garoto de cabelos verdes chegou perto dela pondo a mão em seu ombro como sinal de apoio.
A mulher estremeceu com o toque repentino, e elevou seus olhos para o garoto, estava com o rosto vermelho e inchado.
— socorro mi-minha filha...... está lá dentro — foi só o que ela conseguiu dizer em meio a soluços e com o nó na garganta.
Midoriya não pensou duas vezes correu adentrando na casa em chamas, não ligou para o calor ou as brasas e nem para as cinzas em seu rosto, pois já estava acostumado com isso.
Tirou um pano qualquer de sua bolsa e amarrou em seu rosto, fazendo uma máscara contra a fumaça tóxica que o cercava.
Adentrando um pouco mais na fornalha ardente caindo aos pedaços ouviu um choro baixo vindo debaixo da mesa.
Agachou-se vendo uma garotinha de aproximadamente seis a sete anos de idade, coberta por cinzas, com alguns arranhões e o rosto encharcado de lágrimas.
A menina levou um pequeno susto quando viu o completo desconhecido com o rosto coberto por um tecido e por cinzas, mais quando algumas tábuas em chamas caíram do telhado atrás dela emitiu um fino grito estendendo os braços quase pulando em cima dele.
Ela tossia forte por ter inspirado aquela fumaça negra.
Midoriya pegou o lenço que cobria sua boca e o colocou na criança de cabelos crespos, logo depois a pegando em seu colo.
— Vai ficar tudo bem, vamos sair daqui — o jovem falou reconfortado a garota já correndo até a saída da casa.
Saiu, e o alívio do ar puro lá fora dissipou uma parte do calor que seu corpo estava sentindo.
A mãe da garota olhou para eles com olhos grandes cheios de lágrimas e alegria, correu até a filha a pegando no colo para ver se estava bem, agradecendo o jovem bondoso que salvou a vida de sua pequena.
Olhou em volta vendo que a guarda real havia acabado de chegar, e já estava ajudando os moradores da vila com os baldes d'água, assim controlando as chamas mais facilmente.
Mais infelizmente aquela casa estava condenada, o fogo havia a destruído completamente.
Sorte que quando algo assim acontece, a realeza e a guarda real dão todo o apoio aos moradores da vila prejudicados para recomeçarem.
Um dos cavaleiros da guarda real aproximou-se dele, era Lida, com um grande sorriso orgulhoso em seu rosto.
— Vi você saindo da casa em chamas com a garotinha em seus braços, foi um grande ato de bravura e coragem, um dia você se tornará um grande cavaleiro — falou ele, colocando uma de suas mãos no ombro de Midoriya.
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Chegando em casa naquela noite Midoriya viu sua mãe super preocupada, pois ele havia chegado mais tarde que o habitual, além de ter ouvido falar sobre desastre da casa em chamas.
Izuku explicou para ela o que tinha acontecido, e que não precisava de se preocupar pois ele estava bem.
A única coisa que não havia entendido foi como aquela casa pegou fogo, pelos relatos da moradora o fogão a lenha nem estava aceso, muito menos a lareira, ela apenas sentiu uma forte explosão que fez tremer sua casa, e quando percebeu a mesma já estava inundada nas chamas.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.