34_Wakai

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Catherine foi chamada para uma conversa em particular com seu pai na sala do trono, o mesmo encontrava-se sério o que não era comum dele.

— Filha, infelizmente, seu casamento com o príncipe Todoroki foi cancelado — ela estava surpresa, como isso foi acontecer?.

Uma pitada de alegria e outra de preocupação afligiam a princesa.

— Mas por que?! — Queria saber a resposta, porém receosa para ouvi-la.

— Aquele reino está uma bagunça!, não permitirei que tenhamos qualquer laço com ele...! — o rei continuaria sua explicação, se não fosse por sua esposa, que abriu passagem pelas grandes portas brutalmente, gritando.

— É verdade esta história de que o príncipe Shoto!! foi sequestrado de dentro do castelo!!

Sequestrado.

— Sim, acabei de saber pelo mensageiro, pelas notícias aquele lugar está dominado por criminosos e terroristas - a rainha, indignou-se mais ainda.

— Não podemos permitir qualquer aliança com eles, ou essa má reputação poderá nos manchar — Catherine, apenas ouvia a conversa.

Sequestrado por criminosos.

— Já tomei todas as providências, era exatamente isso que estava falando com Catherine — Hodilia se achegou a sua filha, pondo a mão no ombro da garota, querendo demonstrar apoio.

— Querida, não se preocupe está bem? tu tens muitos pretendentes, logo acharemos outro garoto de boa família para você — tentou a confortar com aquelas palavras.

Porém a princesa virou-se correndo rumo aos seus aposentos, seus pais não a impediram, nem a seguiram, pois notaram que ela gostaria de ficar sozinha por um momento.

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Todoroki montado em um dos cavalos do castelo, usava um manto que cobria suas roupas rasgadas e sujas, enquanto o animal era guiado por um soldado. Estava cercado por soldados por todos os lados, enquanto voltava para casa, atravessando a vila com a cabeça baixa.

Os aldeões sorriam felizes por tudo ter acabado bem, alguns cochichavam entre si.

Eles passando por lá se assemelhava a um desfile, o príncipe no meio de todos acima do cavalo, enquanto os guardas de armaduras que reluziam ao forte sol o circulavam, e abriam espaço entre as pessoas curiosas.

Por onde andavam os plebeus paravam o que faziam para os observar passando em silêncio, era incomodo. Seja nas barracas, andando pelas lojas ou nas ruas.

Chegando ao castelo o meio albino, atravessou os portões do mesmo, ainda coberto pelo manto. Entrando no jardim o barulho da marcha dos guardas chamou a atenção de quem estava lá dentro, os esperando.

As grandes portas que davam ao jardim foram abertas, revelando alí seu tio, pai, irmãos e até sua avó, que corriam até ele descendo alguns degraus. Os soldados pararam de andar ficando em guarda, e um deles bradou alto e forte.

— Majestade, trouxemos o príncipe Todoroki Shoto, assim como tu ordenares — se curvaram ao soberano.

— Fizeram um bom trabalho, merecem descanso, podem se retirar — os guardas se levantam e saem, deixando a nobreza as sós. O bicolor com a ajuda do rei desceu do cavalo, logo sendo abraçado por ele derrubando seu manto que revelou o estado de suas roupas.

Seus irmãos e pai também o receberam felizes, e sua avó o abraçou apertado, dizendo que largou tudo e viajou assim que soube o que havia ocorrido.

Tentou sorrir nem que fosse pequeno, pois seus pensamentos voavam em um certo garoto de cabelos verdes, queria saber como o mesmo se encontrava.

Já andando para entrarem no castelo contentes, como uma grande família feliz, pararam ao ver a silhueta de uma mulher albina nas portas do jardim. O bicolor assim como seu tio, pai e irmãos, ficaram abismados ao vê-la alí, pois a muito tempo ela não saia de seu quarto por vontade própria.

Com os olhos marejados a princesa vagarosamente desceu os degraus do jardim, indo até seu filho. O tempo pareceu parar, seus familiares desapareceram, deixando apenas os dois alí um de frente ao outro.

A mesma olhara em seus olhos enquanto se aproxima, a quanto tempo não via os bonitos olhos castanhos de sua mãe voltados para ele, pois ela fazia de tudo para não ter contato visual com ninguém.

Rei via seu filho olhando para si sujo e desgastado, mas mesmo assim vivo, e se perguntava quando foi que ele cresceu tanto e se tornou este rapaz formoso. Pois em suas lembranças distorcidas pelo tempo e pela mágoa, a última vez que o vira por inteiro ainda não se passava de um pequeno garotinho, agora se encontrava maior que ela.

Suas lágrimas escorreram ao pensar isso, enquanto tocava carinhosamente com as pontas dos dedos a face estática do meio ruivo, se sentindo indigna de cometer tal ato depois de tantos anos sem dar a ele nenhum carinho materno.

Os olhos inocentes dele eram os mesmos que olhavam para ela no último dia em que se falaram, quando havia ganhado aquela cicatriz.

A mais velha desabou no choro ignorando totalmente todos alí, pois na visão da mesma eles estavam as sós. Abraçou seu filho apertado desejando não solta-lo, jurando para si mesma que nunca, nunca mais iria abandona-lo.

Sentiu os braços dele circulando suas costas, apertando sua vestimenta, ele também não queria mais solta-la. Mas tiveram que fazer isso se olhando com carinho, enquanto ela permanecia com suas mãos rodeando o rosto do garoto, sorrindo.

Palavras não se faziam necessárias naquele momento, os olhares amorosos expressavam-se muito mais por si só.

O mundo se tornou o que era antes, agora possibilitando deles verem seus outros familiares. O rei e a senhora encaravam a cena com sorrisos orgulhosos, o ruivo perplexo não acreditara no que seus olhos viam, e as crianças que com marcas de choro em sua face, olhavam para a mãe.

Ela saiu de perto de Shoto, andando até Natsuo e Fuyumi, abraçando as crianças que choravam no aconchegante colo de mãe, que não se recordavam da última vez que o sentiu.

Nunca mais iria abandona-los.

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Midoriya deitado em um local cujo julgou ser uma confortável cama, não podia se mexer muito menos abrir os olhos, sua cabeça dolorosa não lhe permitia fazer isso.

O pequeno local parecia vazio, a únicas coisas que haviam ali eram, a cama onde o esverdeado descansava, uma pequena mesa com remédios e curativos ao lado da mesma, e uma janelinha que deixava um pouco de ar fresco e luz entrar.

O loiro que possui olhos de tons avermelhados, seguiu Izuku até lá, tomando cuidado para não ser visto. Não tinha o costume de se arriscar assim entrando na aldeia em plena luz do dia, porém, não conseguiria voltar com o outros sem saber o estado do ferreiro.

O levaram para a casa de uma curandeira para ela cuidar de seus ferimentos, alguns soldados o levaram até lá com ele desacordado encima de um cavalo.

Entrou pela janela do quarto, vendo o mesmo dormindo com a respiração calma, e um pano em sua cabeça que cobria seu maior ferimento, tão calmo, tão sereno, tão indefeso.

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora