Correu de volta a biblioteca pois era o lugar mais iluminado lá perto, poderia estudar melhor aqueles símbolos sem interrupções. Aquele livro era estranho, todo escrito naquela língua e cheio de desenhos estranhos.
Chegando lá encontrava-se sozinho, pois o local estava completamente vazio, tanto que a cada paso um eco alto enchia o lugar.
Determinado em acabar com aquele mistério achou a mesa mais afastada e lá ficou, folheando o livro descobriu uma página solta e nela estava a tradução dos desenhos, isso fez sua animação aumentar.
Olhava a folha comparando as letras com as da carta, pegou uma pena de caligrafia que estava alí para escrever a tradução no verso do papel de Katsuki. Letra por letra naquele local silencioso, apoiando a cabeça em uma mão enquanto escrevia com a outra queria terminar logo, mas estava tarde e não podia controlar seu sono.
Sua cabeça pendia por conta do cansaço, enquanto lutava com seus olhos para se manterem abertos, e seu cérebro para continuar raciocinando e escrevendo. Porem seu corpo sonolento chegou ao limite, se aconchegando sem perceber encima da mesa, adormecendo.
Pela manhã acordou sem saber onde se encontrava, com fortes dores nos músculos, olheiras horríveis, cheio de fome, com o cabelo uma bagunça e o rosto amassado. Esfregou os olhos como um pequeno garoto faria.
Olhou ao redor e para suas mãos, ainda estava na biblioteca e com seus dedos cheios de tinta preta, com certeza absoluta havia passado tinta em seu rosto também. Com o sol ainda raiando terminou de traduzir a carta, corrigindo coisas que errou antes por conta do sono.
Olhou para a carta traduzida que formava frases pouco coerentes tentando a entender.
"A três luas, meio a meio não estará em seu palácio".
Não entendeu muita coisa, até perguntou a si mesmo se havia errado em algo, mas não, estava tudo traduzido corretamente.
Saiu desengonçado de lá tirando a tinta das mãos e rosto, comprando algumas frutas em uma feira a caminho de casa. Chegando lá sua mãe o recebeu preocupada.
— Filho onde estava?!! passei a noite acordada te esperando chegar!, até perguntei aos vizinhos se eles haviam te visto! — Ela estava aflita, o desespero a consumia por não saber onde o filho se encontrava a noite inteira.
— Eu estou bem mãe, não se preocupe. Apenas adormeci durante o trabalho, por isso não voltei — se explicou, adentrando na casa acompanhado da mais velha.
— Mas meu filho, tu nunca fez isto antes, fiquei pensando que poderia ter te acontecido algo ruim — ela sentava em uma cadeira, aparentemente mais aliviada por não se tratar de nada do que imaginava.
— Desculpa mãe, a senhora sabe que agora tenho trabalho em dobro — sentou-se no chão deitando a cabeça no colo da senhora, não se sentia bem sabendo que era ele o motivo de sua aflição.
— Tudo bem, só fico preocupada com sua saúde, não se esforce mais do que aguenta. E eu sou mãe, não há como não me preocupar — ela era tão dócil, afagando os cabelos verdes de seu filho com o olhar cheio de amor.
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Indo para o castelo relatar o que descobriu pensava na carta, "a três luas", então será daqui três dias, e como já se passou um, faltam apenas dois. Agora o que é meio a meio? Será algum tipo de artefato, seja lá o que for está no palácio, ou seja, no castelo.
Passou pelo templo, parando ao ver que lá havia uma boa quantidade de pessoas, entre eles os pais da garota acusada de bruxaria, Roland, alguns cavalheiros e Iida.
Provavelmente já notaram que a bruxa desapareceu, achegou-se a eles perguntando o porque daquela algazarra, sendo respondido por Iida.
— Olá senhor Midoriya, a feiticeira que estava presa aqui sumiu, aterrorizante, agora temos uma bruxa perigosa a solta. E o mais estranho é essa estaca derrubada, pois ela não foi cerrada em seu tronco, pelo menos não ouve desastres maiores. — Falou ele remexendo assustado na gosma já seca com um graveto, reparando em como o ácido o consumia.
— Preciso de sua ajuda, descobri informações sobre Katsuki. E gostaria que avisasse ao rei para reforçar a segurança do castelo — mudou de assunto, e lhe contou quase tudo o que descobriu, Iida ouvia atentamente.
— Claro que ajudo senhor Midoriya, vou alertar Kaminari, ele levará sua mensagem ao rei, mas eu apenas não entendi uma parte da história, como tu conseguiu essa carta de Bakugou.
— Errr.......n-no meio do meu treino eu a achei na beira da floresta — não era bom em mentir.
Mas por qual razão estava mentindo?! lógico não queria que os outros soubessem que viu Katsuki duas vezes e não o prendeu, iriam duvidar de sua fidelidade.
— Ele deve ter deixado lá para seus comparsas, mas você fez um bom trabalho — Iida pareceu acreditar, ele nunca acusaria o outro de estar mentindo.
— S-sim, obrigado — concordou, já arrependido de suas poucas, mas falsas palavras.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.