51_Soredemo

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Midoriya estava em casa, depois de ter levado o príncipe ao castelo foi para a sua residência, para tentar enfaixar melhor aquele curativo em sua mão que parecia a ponto de explodir de dor.

Fazia um trabalho mal feito com a mão esquerda, mas tentava, enquanto pensamentos não paravam de contornar sua cabeça.

Olhava para o boneco verde que resolveu levar para casa, tentando manter sua cabeça no lugar.

Será que sua teoria sobre Bakugou estará certa? E se estiver, qual é o motivo dele ter se tornado um criminoso?

Suas têmporas doíam de tanto pensar. Então terminando de enfaixar sua mão em um trabalho horrível, ignorou a forte dor nela, para sacar sua capa molhada e deitar-se para descansar sua mente.

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Acordou a ponto de gritar, com as veias de sua mão dolorida saltadas para fora enquanto latejava. Com os dentes rangendo de agonia levantou-se, percebendo que o dia já havia raiado.

— Meu filho o que aconteceu?! — sua mãe que passava por seu quarto, notou o estado deplorável em que sua mão direita se encontrava, e rapidamente foi até ele.

— Foi um a-acidente no trabalho — mentiu se sentindo mal, pois estas mentiras que soltava estavam ficando com cada vez mais frequência.

— Temos que cuidar disso antes que infeccione! — falou, pegando uma garrafa de álcool derramou sobre um pano limpo, para limpar a ferida que formariam novas cicatrizes na mão de seu filho.

Logo retirou as faixas antigas, sujas e mal colocadas para iniciar o procedimento.

Estendendo a mão danificada para a mais velha ela começou seu trabalho, passando suavemente o pano com álcool por cima de suas feridas, enquanto ele sustentava os grunhidos de agonia pela ardência insuportável.

Naquele meio tempo em silêncio. A senhora Midoriya colocava faixas limpas em seus machucados, e sua mente voltava para os pensamentos que teve antes de dormir.

— Mãe, a senhora sabe o que aconteceu com a família, que morava na casa do final da rua quando eu era pequeno? — a mulher parou o que fazia ficando estatística pela repentina pergunta do filho, logo suspirando para responder, pois era um assunto delicado.

— Eu só sei que você adorava brincar com o filho deles, e.... — Ela encontrava-se nervosa, o que não era comum. O que sua mãe estaria escondendo de si por todos esses anos?

— Na época você era apenas uma criança, não queria perturbar-te com algo assim, principalmente por você ser amigo do filho deles — ela falava voltando sua atenção para o curativo do esverdeado.

— Porém, um dia souberam que eles haviam fugido de sua terra natal, pois a igreja de lá descobriu que eles eram uma família de bruxos. E com esse segredo revelado os levaram para morrer na estaca aqui. Foi horrível! Os gritos daquelas pessoas poderiam ser ouvidos do outro lado do reino — tendo terminado com seu curativo deixou o mais novo ir, mas não antes de perguntar o porquê de querer saber sobre aquela família.

— Apenas curiosidade — pergunta que foi respondida com outra mentira, não conseguindo acreditar que todos morreram.

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Já que sua mãe não deixou Izuku trabalhar machucado, depois de tomar um chá de ervas medicinais resolveu visitar a clareira para treinar com sua espada, e talvez descobrir o que aconteceu com ela na luta com Katsuki.

Não conseguia ficar sem fazer nada, mesmo com uma de suas mãos debilitada.

Estava difícil para andar, Não só pela densa névoa que cobria tudo ao seu redor, mas também pela lama que a chuva fez no solo que afundava seus pés a cada passo.

Chegando na entrada do reino notou uma carroça vindo logo atrás de si, e quem a condizia era o carpinteiro que trabalhava perto da ferraria.

— Amigo! O que faz aqui? — perguntou o ferreiro ao outro, que parou sua carroça que carregava pertences e pessoas para falar com ele.

— Olá Midoriya! Eu e minha família estamos indo embora de Musutafu, não dá mais para viver aqui — olhou para a mulher e as crianças que buscavam se agasalhar como podiam, e pelos seus rostos eles não queriam se mudar.

— Não acha que vai cedo demais? Fique mais um pouco, e espere as coisas se resolverem — tentou fazer-lo mudar de ideia, efetuado uma risada no outro por causa de sua ingenuidade.

— Ah jovem Midoriya, seu senso de otimismo é admirável, porém não tenho mais material para trabalhar, sem material não tem dinheiro e sem dinheiro sem comida. As coisas não vão se resolver, Musutafu faliu — sorriu com tristeza, olhando para o caminho entre a floresta coberto por lama e neblina antes de olhar novamente para o esverdeado.

— Quer um concelho? Parta com sua mãe antes que o inverno chegue — bateu as rédeas no burro que carregava a carroça, que com dificuldade começou a caminhar sobre a lama, levando a carroça consigo para desaparecer no meio da névoa.

A consciência de Izuku pesava, não queria que sua mãe passasse fome no inverno, mas também não gostaria de abandonar Musutafu e tudo o que conhecia.

Tentando não pensar nisso chegou a clareira perto do reino, e viu a pedra que tentou quebrar quando ganhou sua espada, e a encarando retirou sua arma da bainha com a mão esquerda.

Queria muito saber o que aconteceu com ela quando a usou pela última vez, e se conseguiria realizar o fenômeno novamente mesmo que isso custasse sua mão sã.

Por isso segurou a One For All firmemente, com certeza que desta vez a conseguiria dominar. E partiu com um golpe em frente a pedra que nem sequer se moveu.

— Não é possível! - tinha que estar fazendo algo de errado, não entendia o porquê de nem sequer uma rachadura, o que ele fez com Bakugou que não estaria fazendo agora?

O que falta?

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Desculpem pelo capítulo curto, o próximo vai ser melhor.

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora