Em uma pequena cabana no meio da floresta de pinheiros o sol se punha, enquanto a neve que caiu ao longo do dia inteiro se acalmava, formando uma fina camada de gelo pelo chão. Dois dos os três garotos que se abrigaram na casa agora treinavam com suas espadas, enquanto o terceiro os assistia sentado no chão com os braços cruzados.
O príncipe encontrava-se muito mais ágil e forte. Tanto que se podia notar que seu corpo não é mais tão frágil quando antes, havia ganhado até um pouco de massa muscular com estes treinos, mesmo não os ganhando conseguia manter-se a tona sem ser derrubado tão facilmente pelo outro.
— Não se iluda meio-a-meio, está claro que o Deku de merda está pegando leve com você! — falou o loiro levantando-se do chão.
— Ora, ele ainda não está pronto para lutar seriamente, tenho medo de machuca-lo — respondeu o ferreiro, ainda concentrado na luta simulada que tinha com o outro.
— Este é o seu problema Deku, você esquece de o ensinar.... — Andando por trás do Todoroki com as mãos no bolso, passou rapidamente a perna na frente dele para que o outro tropeçasse, caindo ao chão de madeira com um baque. Teve que se segurar para não rir — ....que seu inimigo nunca terá medo de machuca-lo.
— Ac-acho que é bom darmos uma pausa! — caído de peito para cima o meio albino ofegava, era a primeira vez em que aguentava tanto tempo em uma batalha com o Midoriya sem perder.
Estava muito orgulhoso de si próprio.
O esverdeado concordando acomodou-se encarando a One For All em suas mãos, estava pensando em algo.
— Bakugou, gostaria de saber e acho que tens a resposta, sobre o que aconteceu com minha espada no dia em que lutamos no porão daquela casa — esperou um pouco formulando suas palavras antes de recomeçar a dizer — sei que minha espada é um artefato mágico, mas não entendo o porquê dela ter exalado seu poder apenas naquela noite, se eu já tentei fazer isso outras vezes e não consegui.
Katsuki suspirou, insatisfeito por ele ter lhe chamado pelo nome ao invés de seu apelido, porém mesmo assim o respondeu.
— O que há de errado é que artefatos místicos não podem ser tratados como simples objetos em que você simplesmente roda a merda de uma manivela e ele funciona! Tem que tratar como uma parte de seu corpo. Você e sua arma tem que se vincular e se tornar um — se tornar um com a One For All? Talvez seja por isso que a arma só obedeceu quando as emoções de Izuku estavam a flor da pele.
Acabou transmitindo seus sentimentos para a espada ativando seu poder.
— Isso também serve para você meio-a-meio — falou ele, chamando a atenção do bicolor estirado pelo chão.
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Era noite, e na beira do acampamento Catherine sentada em uma pedra com os cabelos negros meio bagunçados sem enfeite algum, aproveitava que a neve havia feito uma trégua para ficar alí, e conhecer um pouco mais seus novos amigos. Ochaco, kirishima, mina e Tokoyami.
Estavam falando sobre Bakugou, que havia ido embora sem deixar pistas e causando ainda mais raiva em seu superior. A morena vestida com roupas frouxas e grossas feitas com pele de animais e algodão apenas ouvia, enquanto com as mãos tremulas tentava atirar com um arco e flecha que ganhara do ruivo.
Mas era inútil, pois sempre que atirava, seu braço tremia de uma maneira em que a flecha atingia um alvo completamente diferente do desejado. As vezes até escorregava e caía de suas mãos antes mesmo de serem lançados.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.