83_Torappu

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Toga voltava para o acampamento em passos largos, passando pelos que estavam fazendo a ronda naquela noite e adentrando no acampamento vazio e silencioso. Pois estava no meio da madrugada, ou seja, os que não dormiam encontravam-se em suas tendas.

A loira foi diretamente para a tenda do líder daquele local, que provavelmente estava acordado por conta de seus problemas com o sono. E assim era, pois quando chegou viu Shigaraki sentado em sua cadeira com grandes olheiras.

— Senhor Tomura — de uma maneira fofa curvou-se rapidamente ao outro, emitindo um pequeno riso após o ato.

— Espero que tenha uma boa razão para ter me desobedecido senhorita Himiko, só assim para conseguir sair daqui com seu coração pulsando — falou ele de um jeito desinteressado, porém bem ameaçador.

— Ah você não irá se arrepender! Digo até que agradecerá quando te contar o que andei aprontando!! — disse ela se achegando ao outro, saltitante e adorável.

Entretanto maléfica assim como seu sorriso.

— E o que me deixaria tão contente a ponto de agradecer-te? — debruçou-se sobre a mesa, apoiando seu rosto sobre a mão com seus grandes olhos vermelhos vidrados.

— Não sei, talvez a localização exata de Bakugou! — enlargueceu o sorriso ao notar que conseguiu arrancar uma expressão surpresa do outro.

Exatamente o que ela desejava.

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O sol raiou aquecendo toda aquela paisagem coberta por neve, causando derretimento que fazia as árvores sem folhas pingarem como chuva, e a neve abaixo dos pés do loiro ficar a cada dia mais molenga e molhada.

— Bakugou para onde vai?! Saiu ontem a noite e já vai hoje pela manhã?! Não pense que vai escapar! Hoje é seu dia de cozinhar o almoço! — disse Mina zangada com o mesmo, acabado por não receber uma resposta.

Bakugou caminhava do lado de fora da casa inquieto, realmente odiava despedidas. Pensando nisso cruzou com os materiais construção indo até onde começava a floresta, pronto para sair.

Só que foi impedido por barulhos vindos da floresta de pinheiros, altos e constantes que ficavam cada vez mais autos, não eram animais, então só podiam ser......

Pessoas.

Rapidamente o loiro dá meia-volta e correndo entra novamente na casa, assustando todos lá dentro que ainda tomavam o desejum. perguntavam preocupadas o por que dele ter retornado nesse estado.

— Tem pessoas se aproximando! Rápido preparem-se e fechem as janelas!! — disse, já batendo e trancando a porta com euforia.

Com pressa todos abandonaram seu alimento e correram pela casa para buscar seus objetos mágicos ou de combate, ou para trancar as janelas assim como o de olhos vermelhos ordenou.

— Já está tudo certo Bakugou!! E agora o que faremos?! — o ruivo perguntou aflito, já com suas espadas em mãos.

—  Esper.... — Katsuki não teve chance de terminar, pois aqueles que se aproximavam já cercavam a cabana e gritavam do lado de fora.

— Katsuki abra a porta!! Sou eu seu amado líder Shigaraki Tomura!! — uma voz estridente, porém arrepiante veio do outro lado, causando um calafrio em cada um dentro da casa.

"Não" essa era a palavra que corria como flecha na mente de todos, que congelaram ao ouvir a voz dele.

— Abra Bakugou!!! Abra agora ou iremos invadir!!! — o azulado gritava enquanto batia repetidas vezes na porta, tremendo-a a cada baque e causando ainda mais medo neles.

Aquilo não segurará Shigaraki.

De repente gritos foram escutados de dentro da cabana quando a porta da mesma começou a desintegrar perante seus olhos, virando poeira no chão e revelando o líder que usava suas luvas, acompanhado de muitas pessoas.

Talvez até o acampamento inteiro.

— Você nunca me obedece não é mesmo?! — disse a entrar na residência, sem retirar os olhos do de cabelos espetados.

Shigaraki usou toda sua furia para bradar na direção do loiro com fogo no olhar, mas foi detido por Kaminari e Mashirao que se jogaram na frente dele para o proteger, usando suas adagas e habilidades de luta para o parar.

A princesa apavorava subiu para o segundo andar, Toga que também estava alí correu para lutar com Bakugou no lugar do azulado, sacando sua adaga para feri-lo.

Os outros se espalharam pelo lado de fora da casa tentando ao máximo não deixar mais ninguém entrar. Mina e Tokoyami usavam suas poderosas individualidades para combater contra várias pessoas ao mesmo tempo, enquanto Ochaco fazia flutuar o máximo de pessoas possíveis, e Kirishima mesmo sem habilidades especiais barrava vários deles.

Entretanto não era o bastante, estavam em minoria e se continuasse assim iriam perder.

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O príncipe havia dito pela manhã para seu pai que não estava se sentindo muito bem. E o mesmo achando que seu filho havia ficado doente poupou-o de seus afazeres, mandou os empregados lhe prepararem um chá de ervas e deixá-lo descansar em seu quarto até que se sinta melhor.

E assim foi, porém o príncipe nem sequer encostou naquele chá amargo, pelo contrário, o jogou fora na primeira oportunidade. e logo após que fora deixado sozinho pulou da cama para ir.

Não podia deixar seus amados o esperando.

Pouco tempo depois lá estava ele de frente a ferraria, talvez estivesse cedo demais, pois nenhum dos dois havia chegado.

Já o ferreiro saía de sua casa dizendo que pegaria sua bolsa que acabou esquecendo em seu trabalho, a carroça que os levaria para o outro reino já estava em frente a residência sendo preenchida com os pertences da família, então ele teria que ser rápido.

— Foi ontem arrumar suas coisas e as deixou para trás?! — riu a mais velha enquanto colocava a sacola com comida na carroça - vá depressa!

O Midoriya deu as costas e saiu correndo pela neve derretendo debaixo de seus sapatos até seu estabelecimento, chegando lá ligeiro, mas havia apenas um de seus parceiros o esperando.

— Senhor! Que bom que conseguiu vir! Onde está Kacchan?! — perguntou, olhando para os lados afim de avista-lo.

— Ele ainda não apareceu! Estou começando a ficar preocupado!! Será que algo pode ter acontecido?! — disse o Todoroki, começando a demonstrar um rosto entristecido de partir o coração.

Afinal aquela era a despedida deles.

— Eu não sei, provavelmente ele só está atrasado. Vamos entrar e espera-lo um pouco — falou o esverdeado, na tentativa de manter-se positivo enquanto destranca a ferraria.

Entraram no estabelecimento sendo observados ao longe por três soldados, que com más intensões tinham um plano arquitetado contra os dois.

— Viu! Eles se encontraram na ferraria assim como a garota disse!! — falou Iida segurando uma carta que fora escrita por Toga, imitando a caligrafia de Bakugou.

— Eu vi, mas ainda não acredito no que ela falou! Não confio nela! — falou Jirou, começando a andar junto com os demais para a casa de Izuku.

— Não importa se confiamos ou não, se o plano der certo eles irão pagar, e eu não duvido de mais nada vindo deles.

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora