Midoriya chegou cansado em sua casa quando viu sua mãe apressada a procura de seus sapatos, usando seu melhor vestido.
— Para onde vai mãe toda trajada assim? — quis saber.
— Esqueceu filho? hoje é dia de igreja. Vá tomar banho rápido, já deixei uma muda de roupa encima de sua cama. Vá logo não quero chegar atrasada — falou ela, colocando seus sapatos recém encontrados.
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Meia hora depois Izuku desceu as escadas feitas de madeira, ajeitando as mangas de sua melhor camisa quando a senhora Midoriya veio ao seu encontro.
— Como você está lindo filho! aposto que logo vou conseguir uma nora desse jeito — disse ela em tom de brincadeira, rindo quando viu o filho ficar vermelho. — Vamos antes que os melhores lugares sejam ocupados — e assim saíram de lá rumo ao templo.
Todos da aldeia iam à igreja porque todos compartilhavam da mesma fé, Não importa se eram camponeses ou da realeza.
No caminho eles encontraram Asui também toda elegante e foram os três juntos como faziam sempre. Desde quando eram crianças a mais velha teimava dizendo que queria Asui como sua nora, mas tanto o menino quanto a garota queriam apenas amizade um com o outro.
O jovem não podia negar. Asui era uma jovem inteligente, bonita, super esforçada e trabalhadora, Mas nunca sentiu nada por ela.
Caminhando até o templo da vila passaram pelos objetos usados para fazer com que a lei do livro sagrado seja cumprida. A guilhotina, onde decapitavam os "rebeldes" que se recusavam a seguir as leis sagradas ou a crer na fé, a forca, onde morriam sufocados os foras da lei como ladrões e assassinos, o Pelourinho, onde os açoites de adúlteros e filhos "desobedientes" aconteciam, e a estaca, onde pessoas acusadas de bruxaria ou homossexualidade eram carbonizadas até a morte.
O esverdeado passava pelos objetos de tortura olhando aterrorizado para eles, toda a vez que ia a igreja passava por lá mais mesmo assim nunca se acostumaria a vê-los. Quando tinha a penitência de alguém a aldeia se reunia para ver a pessoa sendo castigada, alguns por serem membros da família, outros por curiosidade, mas a maioria ia para julgar, menosprezar e sentir nojo da pessoa condenada.
O jovem Midoriya nunca foi para assistir a penitência de alguém. Por causa de seu coração mole e bondoso que não aguentaria ver alguém ser torturado em sua frente e não fazer nada.
Só de pensar nos gritos de agonia, Pânico e desespero. Sentia um embrulho no estômago, imagina se estivesse lá vendo a expressão no rosto do acusado.
Não é que o garoto não gostasse de sua religião, só achava as doutrinas rigorosas demais. E tem mais, sua fé dizia que todos nasceram com o livre arbitro, mais se isso fosse verdade as pessoas poderiam ter outra fé sem serem tratadas como lixo ou mortas.
Depois de passar por lá avistaram o templo um pouco ao longe, mais entre eles ainda havia o local onde estavam as estátuas e esculturas dos Santos, apóstolos e entidades de sua fé.
Durante o dia até que aqueles grandes monumentos eram bonitos e admiráveis, mas quando a noite caía eles ganhavam um ar sombrio. Olhar para o rosto petrificado deles causava um leve arrepio na espinha.
Alguns deles carregavam espadas, outros usavam capuz, enquanto um ou dois estavam montados em cavalos.
Finalmente chegaram a igreja. Ela era gloriosamente enorme, perdia em tamanho apenas para o castelo, qualquer um que a avistasse diria que veio diretamente do paraíso.
Sentiam paz só de estar perto dela, porque era ali que todos buscavam refúgio nos momentos bons e ruins da vida, Incluindo o esverdeado.
Ela era cheia de janelas coloridas, tinham a forma retangular com um meio círculo no topo e uma grande porta de madeira rústica com maçanetas de ferro.
Entraram lá dentro, cumprimentando todos a sua volta. Por dentro ela parecia mais grande ainda, o andar de baixo cheio de grandes bancos de madeira era onde ficava os aldeões, visitantes e plebeus.
Já o andar de cima era como se fosse uma grande varanda virada para o púlpito, era lá onde ficava a nobreza.
O altar do tempo era composto por uma mesa gigantesca coberta por um pano carmim e branco feito totalmente de linho puro. Assim como as grandes cortinas da cor do sangue, que enfeitavam quase todas as paredes da igreja.
A mesa poderia ser gigantesca, mas o que tinha em cima dela era apenas o púlpito com um grande livro sagrado com capa de couro em cima, e atrás da mesma o homem que pregava a fé, sentado em uma elegante cadeira de madeira com uma cruz no topo.
O senhor de idade usava um grande vestido branco, também feito do mais puro e fino linho. Sempre com sua áurea dominante que todos respeitavam, pois era mais importante até que o próprio rei.
Esse era o pastor Roland.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.