31_Shīto

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Já era noite, mas o rei ainda permanecia em sua sala a espera de qualquer notícia sobre o sobrinho, como Endeavor, que de hora em hora ia até lá para saber de alguma coisa.

Novamente o ruivo entrou lá com esperança de alguma notícia de Shoto, mas a expressão exausta do soberano já lhe dizia que nada havia mudado, ele encontrava-se pensativo em seu trono, vendo seu irmão se aproximar e perguntar o porque de estar tão disperso.

— Sabe Endeavor, estava pensando, como aquele criminoso conseguiu entrar e sair sem ser visto com o castelo totalmente cercado. é literalmente impossível — seu queixo apoiado na mão, deixava claro que estava pensando.

— Não é impossível. Com certeza ele recebeu ajuda — respondeu, recebendo um olhar confuso do outro.

— O que quer dizer com isso? mesmo que ele recebesse ajuda, seriam pegos pelos guardas — como seu irmão poderia ser tão estupido assim.

— Um traidor! é isso o que estou querendo dizer, um aliado dele infiltrado dentro do castelo! — era mais que óbvio que havia um desleal entre eles, só que o rei nunca pensaria isso.

— Tu acha isso? — Não só achava, tinha certeza.

— Sim!, e seria melhor investigarmos isso a fundo, até desmascara-lo — falou, suspirando impaciente, não se acostumaria jamais com a lentidão do outro.

— Concordo, depois que encontrarem Shoto e voltarem ao castelo, vai ser a primeira coisa que faremos.

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Abrindo caminho entre as árvores, que mais pareciam labirintos de folhas e madeira, pois não importa para onde olhava apenas via pinheiros e mais pinheiros. Era uma visão horripilante, pois estava escuro, o que dava um ar sombrio as altas copas de galhos que balançavam com o vento.

Por ali caminhara Midoriya, Iida, Yaoyorozu e Jirou. Carregando lamparinas que não iluminavam muito.

Os soldados decidiram continuar as buscas em pequenos grupos, pois assim chamariam menos atenção, iriam cobrir uma área maior em menos tempo, e conseguiriam prosseguir com mais cautela em meio ao breu de árvores.

Já fazia horas que caminhavam por alí em alerta observando cada ruído daquela mata, mas não estavam surpresos de ainda não terem encontrado nada. Aquela floresta era imensa.

As folhas alaranjadas que agora encontravam-se negras devido a falta de luz, caiam feito neve junto a fraca brisa.

Jirou alegou ter ouvido ruídos, barulho de folhas quebrando. A mesma tinha uma audição bem apurada, por isso não duvidaram dela, mas ainda não sabiam quem os fazia. Apagaram as lâmpadas de óleo para se camuflarem na escuridão, escondendo-se entre os pinheiros.

Receosos, esperaram olhando para um grande amontoado de folhas que estava se mechendo, seja lá quem era, se debatia para se libertar de baixo delas.

Até que surge de dentro do acumulado de folhas um esquilo, que se livra da terra acumulada em seu corpo o sacudindo rapidamente, e em seguida escala um dos troncos das árvores.

Soltaram um suspiro desapontado quando viram que não se tratara de quem pensavam, até Jirou falar.

— Não pode ter sido este esquilo!, o som que ouvi não encontrava-se tão perto, estava mais para noroeste daqui — enquanto saia de seu esconderijo apontou para onde dizia.

— Podemos ir lá para averiguar — disse Iida, confiando no extinto auditivo dela.

— Pena que agora estamos sem iluminação alguma! — Reclamou Yaoyorozu já cansada de andar, enquanto caminhavam tendo como guia apenas os ouvidos da de cabelos curtos.

Andaram por volta de dez minutos, desviando de galhos e pedras, armadilhas fáceis de tropeçar nas sombras. parando quando todos conseguiram ouvir os sons de passos pesados sobre as folhas, obtendo mais cautela ao se aproximarem, pois não sabiam se tratava-se de outro animal, outro grupo de soldados, ou se desta vez haviam encontrado o príncipe.

Prosseguiram o percurso sem qualquer ruído, vendo uma candeia acesa apoiada encima de um tronco cortado, pelo menos já sabiam que não era um animal o causador de ruídos. Achegaram-se mais um pouco, vendo que atrás de uma árvore por um instante mexeram pés humanos descalços.

Midoriya, com cautela mudou sua posição para enxergar o que acontecia de outro ângulo, vendo alí Shoto, atado ao pinheiro sentado no chão, com sua roupa branca de dormir suja, e seus cabelos bicolores despenteados.

Agiu impulsivamente, pois estavam a horas procurando o mesmo, por isso imediatamente saiu de seu esconderijo para ajuda-lo, induzindo os outros a fazerem o mesmo.

O meio ruivo ergueu a cabeça, vendo eles com olhos assustados. Até Iida falar.

— Príncipe Todoroki!, não tenha medo. Estamos aqui para resgata-lo e levá-lo de volta ao castelo — o guarda se abaixou a altura dele para desatar as cordas, quando foi interrompido pelo mesmo.

— Não!! ele ouviu vocês!!! ele está os observando!!! — foi o que disse, antes do ferreiro sentir aquele aroma familiar de caramelo pelo ar.

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora