O garoto ainda estava ajoelhado na sua frente de cabeça baixa, e isso o incomodou. Mesmo sendo príncipe não gostava de ser tratado como soberano.
— O-olha não precisa ficar curvado, pode se levantar — suas pernas estavam lutando entre permanecer e pedir para o garoto não falar a ninguém o que aconteceu lá, ou simplesmente, sair correndo em direção ao castelo.
O esverdeado se levantou tremendo, parecia que estava encarando um fantasma.
— Perdão senhor — ele estava com a cabeça baixa, como uma criança que acabou de levar bronca.
— Por favor, não me chame de senhor, meu nome é Shoto — falou.
— Me desculpe sen... príncipe Shoto — tinham se visto a apenas dez minutos, e já era a terceira vez que aquele garoto o pedia perdão por alguma coisa.
Queria tornar aquele clima maçante um pouco mais espontâneo e agradável, mas não sabia como.
— Errr... aquela espada, como se pode lutar com ela? não tem ponta nem é afiada — perguntou, apontando para uma espada fininha com uma pequena bolinha na ponta.
Ele olhou em direção a ela rindo anasalado, a tirando da parede para me mostrar.
— Isso é uma espada de esgrima, é usada somente para praticar o esporte, não é para lutar — falou deixado o outro segura-la.
— Eu estou enganado ou essa é a espada de kōri to ri — disse espantado, apontando para a espada na bainha do meu cinto.
Entregando a espada de esgrima de volta para o outro desembainhou a dele.
— É ela sim. achei melhor trazê-la comigo, pois mesmo não sabendo usá-la não é bom andar sozinho e desarmado a essas horas da noite — falou abertamente, pois não sabia como, mas o garoto a sua frente me inspirava confiança.
— Mas senhor, não é bom andar com uma arma sem saber manusea-la, pode acabar machucado a si mesmo, ainda mais um artefato mágico como a kōri to ri — mesmo não conhecendo o bicolor parecia preocupado com ele.
Ele sei que a espada de kōri to ri é muito poderosa, afinal ela é uma herança da sua família.
A kōri to ri continha nela um poder fabuloso. se seu portador desse um golpe com o lado direito congelava sua vítima, enquanto o esquerdo a carbonizaria.
Era maravilhoso para o jovem a frente do príncipe ter o privilégio de vê-la.
— Não estou querendo ser intrometido, mais pensei que todos os príncipes sabiam lutar. sabe, para as guerras — disse
— Estou tendo aulas —embainhou a espada de volta.
— O senhor está tendo aulas com essa espada? — Balançou a cabeça positivamente.
— Isso é muito perigoso, pode se machucar feio com ela — ele parecia preocupado com isso.
— Então como sugere que eu faça? — perguntou, talvez ele soubesse como aprender a manusear uma espada de forma correta.
— Pratique usando uma espada de esgrima. O senhor pode usá-la do mesmo jeito que usa uma de luta, mas sem o perigo de se ferir — falou sorrindo.
Gostou dessa ideia, talvez assim até aprenda mais rápido.
— Pegue esta para você — estava estendendo a espada de esgrima na direção do outro.
— Não posso aceitar, não trouxe moedas para lhe pagar
— Não precisa me pagar senhor, é um presente — o entregou a espada com o maior sorriso que já o outro já viu.
— Obrigado. até que gostei dessa nossa conversa — aceitou seu presente.
— Quando quiser pode vir novamente — concordou com a cabeça mesmo sabendo que isso não iria acontecer.
Colocando o capuz e foi até a porta quando me virou para o ver novamente.
— Só mais uma coisa, como se chama? — estavam conversando e nem sequer perguntou seu nome.
— Izuku, Izuku Midoriya. mas pode me chamar apenas de Deku senh...Shoto — se apresentou lembrando-se que o príncipe pediu para que não me chamasse de senhor.
Com um pequeno sorriso abriu a porta antes de sair da ferraria em direção ao castelo carregando sua nova espada.
Escalou os galhos da árvore do lado de fora dos muros e desceu pelo suporte de plantas do lado de dentro. Do mesmo jeito que fiz para sair.
Pegando a corda com o gancho que ainda estava nos arbustos, olhou para minha janela pensando se conseguiria o jogar até lá.
Já havia visto os cavaleiros fazerem isso em treinamentos, não parecia muito difícil.
Ficando em posição, jogou o gancho que foi até o meio do percurso antes de cair de volta no chão.
Juntou a corda e suspirou profundamente antes de joga-la novamente, mas dessa vez com mais força.
O gancho raspou nos umbrais de minha janela, até que parou se prendendo alí.
Puxou a corda com força para ver se estava verdadeiramente presa antes de escala-la até seu quarto.
Chegando lá em cima entrou pela janela com alguma dificuldade. Puxou a corda a juntando lá em cima quando escutou uma voz doce sussurrando atrás de mim.
-Príncipe Shoto! onde estava?!!
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.