O príncipe passou o dia acompanhado de seu pai em seu primeiro dia como conselheiro, não haviam mais reuniões e nem papéis ou contratos para assinar pela falta de aliados, e isso deixou o trabalho bem mais entediante do que o normal.
Havia apenas escutado debates internos sobre o reino o dia inteiro. Esfregava o rosto cansado e impaciente com o quão chato aquilo era quando foi salvo por Endeavor, falando que por hoje já bastava e que o mesmo poderia se retirar.
Com pressa saiu da sala do trono indo até seus aposentos, logo pedindo para os empregados lhe prepararem um bom banho quente. Precisava de muito descanso mental depois da tortura que foi este dia, não pode ser que daqui para frente esta será sua rotina.
Bufou descontente enquanto aguardava, sentia-se pesado e preso assim como encontrava-se antes de fugir pela primeira vez por aquela janela, conhecer o mundo lá fora e a.... eles.
Se pudesse fazer um desejo seu tornar realidade, com certeza seria poder vê-los outra vez.
Agora que pensa nisso, por que não? Fugiu muitas vezes sem ser descoberto quando o castelo ainda era cheio de guardas por todos os lados. O que o impede de escapar por um breve momento hoje?
Absolutamente nada.
— Senhor, seu banho está pronto — uma das empregadas falou formalmente em sua porta.
O Todoroki sem hesitar demonstrou um grande sorriso que causou um olhar confuso na mulher que nunca o vira sorrir assim.
— Claro, estou a caminho.
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Na casa dos Midoriya estavam terminando de guardar tudo o que levariam, o ferreiro decidiu ir até sua ferraria falando para as outras que iria pegar suas coisas lá, porém ao botar o pé para fora da casa notou que algo diferente estava acontecendo.
A padeira e a mais velha, ao ouvirem também foram para fora ver o que acontecia, se deparando com várias pessoas que para formar uma multidão daquela tinha que estar toda a vila reunida.
— Minha nossa!! O que será isso?! — Perguntou a senhora Midoriya, um pouco assustada pois a situação parecia tensa.
Tentando ver algo entre aquelas pessoas revoltadas espalhando neve para todos os lados e gritando palavras de ofensa, viu um rosto familiar. Um homem loiro de longos cabelos e olhos verdes, estava sujo de frutas e tomates que jogavam em si, com as roupas escuras rasgadas e sujas, sendo arrastado pelas pessoas da multidão.
Aquele era Hizashi Wamada, um professor muito conhecido por todos da aldeia por ensinar muitas pessoas alí incluindo o esverdeado. Sendo um homem feliz e simpático, toda vez que ele ia a ferraria esbanjava bom humor e carisma, mesmo com seu jeito exagerado. Entretanto agora ele não parecia nada disso.
Se espantou em vê-lo alí naquela situação e achegou-se mais para enxergar o que acontecia, enquanto as pessoas o arrastavam arremessando seu corpo cansado para os lados, andavam empurrando o pobre homem e gritando palavras ofensivas.
Entrando no meio deles percebeu que o loiro não era o único sendo levado, pois notara que ao seu lado também era arrastado outro homem, desta vez de cabelos negros aos ombros. Também conhecido do Midoriya, pois era Shota Aizawa, um soldado cujo conheceu pelo professor. Não sabia muito sobre ele por sempre ser um homem fechado, mas pelo que o loiro falava ele parecia ser uma ótima pessoa, apesar de ser um tanto ranzinza.
Não sabia o que estava acontecendo, pois o desespero o tirou de órbita outra vez, apenas seguia a multidão tentando entender algo. Porém apenas ouvia gritos dizendo palavras como "nojentos, morram, aberrações, demônios e sujos" que as pessoas bradavam sem parar.
O que está se passando aqui? Sua cabeça girava atordoada pelos gritos e situação, o deixando ainda mais confuso, sem almenos notar para onde caminhavam ou o que estava havendo.
Pessoas gritavam e o esverdeado seguia a multidão até pararem em um local específico, cujo não distinguia onde por as pessoas taparem sua visão. Elas somente cessaram o caminhar alí e começaram a mal tratar os homens, esbofeteando o rosto do moreno que fraco caiu ao chão, o outro o vendo alí tentou ajuda-lo, falhando, pois também caiu por causa de empurrões e chutes que os outros lhe deram.
Izuku com assombro cobriu a boca com uma das mãos. Por que faziam isso com pessoas queridas e boas? Pareciam até animais selvagens irracionais que odiavam sua própria espécie.
Aquilo não poderiam ser as pessoas cujo conviveu sua vida inteira.
De repente tudo parou quando uma voz alta e clara foi escutada, os animais selvagens abriram passagem entre si para Roland passar, foi aí que o de sardas conseguiu distinguir onde estavam. Sim conhecia bem aquele local, o lugar onde se encontravam as máquinas de tortura do templo, nome cujo foi dado pelo ferreiro após ele ver o quanto elas eram deploráveis.
Ambos os homens ao chão pareciam apavorados com a presença do pastor, como se vissem a própria reencarnação do mal nos olhos daquele senhor.
— Escutem todos!!! Estes homens irão ser julgados pelo pecado de homossexualismo!! Tendo como testemunhas duas pessoas próximas a eles!! — disse em alta voz, fazendo os olhos esmeralda do garoto crescerem e sua boca entreabrir por conta do desespero, pois sabia bem o que virá a seguir.
— Vocês negam isso? — perguntou Roland para ambos, que negaram caídos no chão.
O Midoriya não sentia mais suas pernas assim não podendo as controlar para correr dalí, assim como o suor de aflição que em meio a neve e ao frio ainda deslizava sobre seu rosto, ele estava tremendo tanto que seu cérebro parecia prestes a ter um colapso.
Precisava urgentemente sair dalí.
— Muito bem, ainda há tempo! Purifiquem suas almas manchadas!! Arrependa-vos!!! — isso era dito para todos antes de morrerem naquele local. O pastor com um pequeno sorriso falou, abaixando-se para segurar as mãos de ambos os homens.
Porém a resposta não foi a desejada. Eles negaram mais uma vez fazendo o sorriso do senhor desmoronar, ele levantar novamente soltando-os e causando ainda mais ódio nas pessoas ao redor.
O esverdeado ao ver seu professor e o soldado tendo seus corpos moles carregados pelo carrasco até a estaca, enquanto a multidão voltava a bradar parecendo até um tanto empolgada com o que acontecerá, não suportou suas lágrimas sentindo as gélidas gotas passearem por suas bochechas.
Ambos foram amarrados alí de costas um para o outro pelo carrasco, que com um olhar tristonho parecia um dos poucos a não gostar da situação. A essa altura Izuku soluçava sentindo uma imensa vontade de gritar, emanando toda sua angústia e dor por não conseguir se mover.
— Eu te amo! Seu ranzinza —disse o loiro fraco e arrastado quase em um sussurro, enquanto desciam lágrimas por seu rosto — eu também te amo.... escandaloso.
Os olhos do de sardas embaçaram. Pois por um momento imaginou sendo ele alí naquela estaca, amarrado junto aos seus companheiros, chorando enquanto se despediam uns dos os outros.
O medo, horror e desespero consumiam o garoto.
O fogo foi aceso e não houve gritos ou pedidos de socorro, pois ambos os homens já sabiam e aceitavam seu destino. Observando aquilo o jovem sentiu suas pernas bambas e sua cabeça zonza, junto de sua visão turva que avistou labaredas subirem junto com gritos de satisfação, antes de se apagar por completo deixando seu corpo no limite cair.
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Enquanto isso Toga linda e fofa como sempre entrava na vila novamente, a procura de seu Deku, esperando encontrá-lo desta vez. Ao chegar notou o quanto a aldeia estava deserta, pois estava reunida em um só lugar.
— Fofo Deku! Estou aqui! — disse ela apaixonada, a entrar no reino.
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(Os personagens da minha fanfic só sofrem kkkk.
Espero que tenha ficado bom estou me esforçando bastante, 80 capítulos esta história já tem.)
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.