Era cedo, a família real tinha acabado de terminar seu café, os reis riam junto com Endeavor, enquanto a rainha marcava para sair em um passeio junto de Rei.
Após o café, Catherine foi se encontrar com o príncipe, e por alguma razão estava sorrindo bastante.
— Onde foi ontem a noite? — perguntou sem rodeios, enquanto caminhavam lado a lado pelo jardim, pisando sobre as milhares de folhas coloridas espalhadas pelo chão. Afinal encontravam-se no meio do outono.
— Como sabe?! — ficou apreensivo, não viu ninguém o notando quando foi ou voltou.
— Vi você da minha janela — explicou. O nível de intimidade dos dois havia aumentado bastante, por isso a princesa não se intimidava mais ao conversar com o outro.
— Fui visitar a vila outra vez — falou como se tivesse confessando um erro, pois tinha prometido para si mesmo que jamais iria fazer aquela loucura novamente.
— Como foi? — estava interessada no assunto.
— Normal, sem muitas surpresas.
— Entendo, o reino está tão quieto. Porque não está havendo mais comemorações noturnas? — a de cabelos negros perguntou, ela não estava ciente dos ataques a vila assim como seus pais, pois Endeavor exigiu que não mencionasse nada para eles, para não manchar a reputação do reino.
— também estranhei isso, mas não sei o motivo — mentiu.
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Durante a noite, o clima estava totalmente parado sem um movimento qualquer nas ruas, deixando elas com um ar sombrio. As pessoas estavam temerosas demais para sair nas ruas noturnas, então as mesmas encontravam-se totalmente desertas.
O templo não estava diferente, os únicos dias em que havia movimento de pessoas lá durante a noite, eram nos dias em que toda a aldeia se reunia.
Um dos discípulos de Roland, organizava alguns papéis da sagrada escritura em uma mesa de madeira na biblioteca nos fundos da igreja, com apenas uma pequena vela iluminando parcialmente o local.
Ele ouve a porta da mesma se abrir lentamente rangendo alto o fazendo estremecer, e estranha um pouco pois a grande porta de madeira era pesada para ser somente o vento. Então ele repousa os papéis, retira a vela de cima da mesa pelo castiçal e vai averiguar, para ver o que está acontecendo.
Chega na porta olhando para os lados a procura de alguém, tentando enxergar com a pouca luz que tinha. Não vendo nada voltou a fecha-la rangendo e fazendo um pequeno estrondo, logo depois retornando para a mesa.
Antes de colocar a vela no lugar para voltar a seus afazeres ouviu passos atrás de si, o alertando de que não estava sozinho. E por reflexo ergueu a vela em sua mão que agora tremia assim como todo seu corpo, almejando poder ver quem quer que seja.
Com a respiração descompensada e olhando para todos os cantos escuros daquela sala, queria sair correndo sem olhar para trás. O medo o possuía por completo.
— Qu-quem está aí?!! — a voz arrastada quase para chorar perguntou rumo ao breu.
— Não é nada pessoal, mas infelizmente você está na meu caminho — o garoto jovem, moreno, de cabelos loiros espetados e olhos vermelhos cor de sangue saiu das sombras se revelando ao outro. Que pelo espanto derrubou o castiçal, fazendo a vela apagar se despedaçando pelo chão.
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O dia mal começou, e Midoriya já foi levado as pressas por Iida de seu treino matinal para o templo.
— Mas o que aconteceu de tão grave?! — o esverdeado perguntava para o soldado enquanto atravessavam rapidamente a igreja para chegar aos fundos dela, mais especificamente na biblioteca.
— Um assassinato! — atravessaram as portas de madeira vendo Roland acompanhado por mais outros guardas que o interrogavam. E um lençol branco no chão com algum volume em baixo, que pelo sangue que o manchava deduziu ser o corpo.
Dispensaram o pastor que parecia aflito massageando suas têmporas, pois o mesmo já havia relatado tudo que sabia. Estava tão disperso que nem sequer notou a presença do ferreiro.
— Vocês já tem alguma pista? — perguntou enquanto se aproximavam do corpo, Izuku encontrava-se nervoso pois nunca havia visto uma pessoa sem vida antes. Aquilo era um choque.
— Quem fez isso veio apenas por ele, pois nada daqui foi levado. Examinamos o corpo e notamos apenas um corte profundo em seu peito, não ouve tortura ou algo do tipo, sua morte foi rápida. Quem veio aqui, veio apenas para matar — falou, removendo o pano de cima do corpo, o exibindo.
Era uma cena deplorável, uma pessoa sem vida totalmente imóvel e pálida no chão, com uma enorme ferida em seu peito. Mergulhada em uma posa feita do próprio sangue.
— E aquele criminoso ainda teve a ousadia de deixar sua marca assinada — Iida apontou para o pulso ensanguentado do outro, que possuía uma ferida suja do líquido vermelho já seco, formando as letras K e B.
— Katsuki Bakugou! — pensou alto, sussurrando o nome que ecoou em sua cabeça.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
AléatoireUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.