A noite caiu mais uma vez escurecendo o céu, e hoje é novamente dia de igreja.Como todos os dias assim Midoriya passa pelo pelourinho, mas hoje quando fez isso lembrou da garota amarrada alí, com as costas despidas toda desgastada.
Retirou seu olhar de lá desviando sua cabeça para o lado. Não queria lembrar mais do que aconteceu alí.
Sua mãe e Asui perceberam que ele estava estranho e distante desde manhã, mas o compreendam e não o incomodaram, pois não era fácil ver alguém no Pelourinho.
Chegaram ao templo depois de passar pelas estátuas e esculturas, entrando e se acomodando nos bancos.
Como todos os dias no templo, viu a família real assistindo ao culto no andar de cima da igreja, mas dessa vez foi diferente. Porque além de ver a família da prometida do príncipe lá, o jovem esverdeado lembrou-se da pequena visita surpresa que o mesmo lhe fez.
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No dia seguinte ao amanhecer estava um pouco escuro, pois o sol ainda estava apontando no céu. Midoriya estava indo para a sua ferraria carregando sua bolsa de ferramentas, quando viu pessoas agitadas correndo em direção ao templo, e pensou "o que estaria acontecendo agora?".
Sua curiosidade foi forte, então não conseguiu ficar só olhando. Teve que segui-las.
O céu estava nublado, ainda um pouco escuro e com uma fina névoa, por ser ainda raiar da aurora, mas o dia já começou agitado com correria e gritos.
Correu junto com as pessoas, tentando perguntar a alguém o porquê daquilo tudo, mas antes que alguém o respondesse avistou uma fumaça negra subindo ao céu.
"Seria fogo novamente?!" Pensou, e isso o fez apreçar-se, pois se havia fogo em alguma casa com certeza havia pessoas precisando de ajuda.
Foi um dos primeiros a chegar ao local, logo vendo quatro objetos em chamas recém-acesas.
O Pelourinho, a forca, a guilhotina e a estaca. Todos os quatro objetos do templo sendo consumidos rapidamente pelo fogo, já começando a soltarem brasas e cinzas frescas pelo vento.
E no meio deles havia uma figura humana que parecia não ter medo das chamas, coberta por uma capa de tom vermelho carmim e plumas brancas.
Essa pessoa estava de costas, impedindo os outros de verem seu rosto. As únicas coisas a mostra eram sua capa que voava junto as brasas, e seus cabelos loiros espetados.
Aquela silhueta pareceu familiar aos olhos do esverdeado, como se já estivesse o avistado em algum lugar.
O viu correr em direção a floresta de pinheiros, não podia deixa-lo escapar. Então por impulso foi até o estábulo alí perto, pegando de lá um cavalo negro, subindo rapidamente no mesmo e indo atrás dele a galopes. deixando seu dono desorientado para trás.
Seja lá quem era havia incendiado objetos da igreja, e isso é crime contra o templo. Precisava para-lo.
Entrou na floresta, perseguindo o mal feitor que corria rapidamente entre as árvores.
Não sabia ao certo o que estava fazendo, nem chegava a raciocinar direito. Apenas sentia a adrenalina correndo pelo seu corpo, dizendo a ele como agir.
Passou pelo garoto, dando a curva e parando em frente a ele, o forçando a parar. Desceu do cavalo pulando no chão o cercando contra uma árvore, porém o mal feitor não parecia assustado, nem preocupado com a situação. Como se ela ainda estivesse sob seu controle.
Agora que estava perto o suficiente e de frente a ele, podia o ver inteiramente. Possuía olhos vermelhos, a pele queimada, uma tatuagem em seu ombro, usava brincos e vários colares, sem contar a carranca aterrorizante em seu rosto.
Furioso por ter sido encurralado, puxou sua espada apontando-a para o jovem Midoriya. Porém o de olhos esmeralda mesmo sendo um simples ferreiro, e estando completamente desarmado, sabia muito sobre luta corpo a corpo, então não seria uma espada que iria intimida-lo.
Antes que o de cabelos dourados reagisse, segurou seu pulso o torcendo, obrigando-lhe a largar a espada a derrubando no chão, mas antes que percebesse, o outro usou a mão livre para dar-lhe um forte soco no rosto, fazendo o garoto com sardas recuar um pouco para trás, com a mão em sua face agora ferida.
O de olhos rubi agachou-se para apanhar sua espada, quando Midoriya o impediu avançado em cima dele o derrubando no chão.
Não baixou a guarda porque pelo visto não era o único que sabia lutar.
De joelhos encima dele com cada perna de um lado de seu corpo, fechou o punho preparando para devolver-lhe o soco.
— Quem é você?!! Por quê fez isso?!! por quê destruiu os pertences do templo?! — Gritou. Não tinha a menor ideia do que passava na mente dos criminosos, mas de uma coisa sabia, eles não fariam nada sem um objetivo. Tinha que coletar alguma informação.
Só que a reação dele foi totalmente inesperada, ele sorriu, não um sorriso normal mas sim um totalmente psicopata.
Foi quando atrás do mesmo surgiu um grande animal, tão ameaçador que fez com que o cavalo do estábulo se assustasse, relinchando alto e galopando rapidamente de volta para a vila.
Era um dragão vermelho, cheio de dentes, e garras que mediam o tamanho de um palmo, suas escamas brilhavam aos primeiros raios do sol, ele possuía o dobro do tamanho de um cavalo.
O réptil imenso estava de frente ao esverdeado rosnando baixo, sua cauda arrastava no chão junto as folhas caídas, porém não atacava, como se estivesse esperando o comando de alguém para isso.
Agora que percebeu, o grande animal usava uma cela.
Aproveitando-se da distração do ferreiro, o de capa carmim chutou sua barriga, o empurrando para longe. Rapidamente saindo do chão agarrando sua espada.
— Eu tenho meus motivos — foi só o que disse antes de embainhar sua espada, montar no animal e sair pelos céus como um raio. Espalhando folhas para todos os lados.
Izuku ficou para trás aterrorizado, já havia ouvido falar sobre animais místicos domésticos, que por sinal eram muito raros, mas nunca dragões.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.