67_Mittsu

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Enrolados na cama quente os garotos em meio a abraços encontravam-se entorpecidos e distantes, afinal o que farão de agora em diante? Como viverão e atuarão uns com os outros?

O ferreiro pensava nisso, nunca imaginando que seu primeiro relacionamento amoroso seria tão esquisito e complicado. Sentia-se estranho em estar abraçado em uma cama com dois homens, mas ao mesmo tempo era tão bom, e fazia suas bochechas ferver em um nível absurdo.

Era um clima agradável e maravilhoso, porém ao mesmo tempo estranho e confuso.

Não conseguia olhar para os rostos masculinos dos outros, tanto pela vergonha quanto pelo escuro que tomava todo o quarto sombrio e gelado. A única coisa que parecia aquecido e seguro naquele local era entre ambos os jovens.

— Ka-Kacchan, eu tenho algo para lhe entregar.... — já devia ter feito antes, mas não encontrava um momento adequado. Agora também não era o momento mais apropriado, porém não tinha mais assunto para quebrar o silêncio no cômodo em completo breu.

E aquele silêncio estava se tornando um incomodo, por isso precisava urgentemente distrair sua mente pecaminosa dos dois corpos quentes ao seu lado.

E assim remexeu-se com cuidado sobre o leito, sacando o livro de feitiços de dentro de suas roupas, o pondo levemente sobre o peito de Bakugou que encontrava-se entre os dois garotos.

— O que é isso Deku? — sem desenrolar os braços de nenhum deles, o loiro pega o objeto desajeitadamente, levando até perto de seus olhos, os estreitando afim de conseguir vê-lo em meio a escuridão. E quando conseguiu seus olhos arregalaram-se com surpresa, enquanto o príncipe o encarava curioso.

— Não pode ser!! — em um movimento rápido Katsuki se senta na cama, deixando os outros dois para trás confusos.

— O que ouve?! — sentando-se também perguntou o Todoroki, sem entender sua reação.

— Este.... Este livro era da minha mãe, ela... Ela gostava muito desta coisa — disse ele com um olhar triste para o caderno em suas mãos — nunca imaginei que o veria outra vez. Deku, onde você encontrou?

— Isso não é importante. Eu apenas imaginei que ele teria algo ligado a você, então nada melhor do que devolve-lo — sentou-se ao lado dos outros dois, pondo a mão no ombro do de olhos vermelhos.

Como seus coroas estariam hoje se estivessem vivos? Teriam orgulho de seu filho? De seus atos, decisões e amores? É bem provável que não, ou talvez sim, aqueles dois eram imprevisíveis.

— Realmente, muito obrigado, isso me lembra bastante dela que adorava sempre experimentar áreas novas da magia e anota-las — mordeu o lábio inferior com o coração apertado ao se lembrar da mais velha — pena que existem estes hipócritas de merda! Que utilizam os objetos místicos sem almenos saberem que são feitos por bruxas.

— Disso eu não sabia — falou o meio ruivo curioso, se aproximando mais para o ouvir.

— Pois é essa a nossa porcaria de realidade meio-a-meio, por acaso pensam que estes artefatos nasceram com magia? São um bando de imbecis! — de repente em meio a raiva o ex-criminoso sente braços o circulando, era o bicolor o abraçando novamente.

Instantaneamente sua ira cessou, pois agora não é o momento para ter rancor.

— Mas agora me sinto feliz, pois estou onde quero estar e com as pessoas certas — olhava para os dois a sua frente, largando o caderno para acariciar seus belos rostos, não ligando mais se iriam acha-lo meloso ou não, queria toca-los desta maneira então iria o fazer.

Havia se prendido por tempo demais.

Sempre achara o Midoriya bonito até quando eram crianças, sentia desejo de acariciar suas bochechas fartas da maneira que está fazendo agora. Assim como dês da primeira vez em que viu Shoto notou sua beleza exagerada, até por um momento desconfiando se aquele rosto perfeito e sem marcas era realmente verdadeiro ou não.

O esverdeado encontrava-se vermelho por conta do toque, porém não era tão notado graças a falta de luz no ambiente. O mesmo com um sorriso desajeitado deitou-se novamente na cama, sendo acompanhado pelos outros que logo se aconchegaram junto a si.

Era estranha a sensação que sentiam, uma inquietude nas pernas, o calor em seus corpos mesmo com a temperatura do lado de fora estando abaixo de zero, a respiração pesada, o coração afobado e o estômago fazendo reviravoltas a cada movimento. Era isso o que chamam de amor?

Inconscientemente acariciavam o rosto, cabelos e as mãos uns dos outros, ouvindo as respirações profundas junto do barulho da nevasca cobrindo todo o quarto.

A culpa de seus atos pecaminosos ainda caíam sobre eles, acompanhado do nervosismo. Mas não trocariam este momento juntos por nada.

Aos poucos os olhares inconscientes foram mudando para focados, focados neles mesmos. Pois nada mais importa além disso, e com a mão do meio albino segurando o queixo de Bakugou decidiu que era o momento do primeiro beijo deles.

Beijo que foi bem recebido pelo outro, pois quem seria louco de não receber um doce beijo daquele lindo ser de lábios perfeitos. O loiro queria se aprofundar naquele mar de sensações, sabia que devia ter calma, porém isso não o impediu de balbuciar reclamações ao ser obrigado a se distanciar.

— Minha nossa! Senhor isso foi muito ousado de sua parte!! — surpreso falou Izuku ao testemunhar a sena, vermelho com o rosto queimando como fogo ao sentir-se ser puxado pela camisa pelo de cabelos espetados, que também selou seus lábios com vontade.

Sim, isso é paixão, sentiam desejavam e imploraram por mais e mais uns dos outros. Mais toques, mais olhares, mais perto, sim, queriam ficar mais e mais perto até que não haja como mais se aproximar. Não importa o exterior, apenas eles com seus corpos quentes colados remexendo-se em uma cama, em uma casa completamente vazia e afastada de tudo e todos.

Sem ninguém para atrapalhar ou condenar, só os três.

Quando Katsuki resolveu soltar o outro de seu beijo ele já arfava ofegante, deixando o sorriso do ex-criminoso enorme assim como seu ego.

— Isso é muito bom!! — afirmou Katsuki, jogando a cabeça contra o travesseiro ao sentir a mão quente de dedos gélidos passando por suas costas, a levantar levemente sua camisa causando-o uma série de arrepios. Era o príncipe que com um rosto curioso testava toques mais intensos, sendo guiado apenas pelo instinto embriagado pelo desejo.

Logo após começou a fazer o mesmo ato com o Midoriya, acariciando suas costas também causando-lhe arrepios, e espasmos que o faziam tremer e contorcer de vergonha.

— Estou fazendo algo errado? — perguntou o meio ruivo tombando levemente a cabeça para o lado, não entendendo o porquê do outro estar reagindo desta forma.

— Nã-não é isso!!! M-ma-mas acho que deveríamos dormir!..... está tarde!! Está muito tarde!! — falou vermelho, nervoso ao tirar a mão do outro de si e se afastar o mais rápido possível, botando a mão no peito afim de acalmar seu coração antes que ele não aguentasse.

O bicolor apenas ficou ainda mais confuso com sua reação, pondo a mão sobre o queixo a pensar.

— Hum?... Então está bem, também estou.... — em meio a um bocejo concordou com o outro, também se aconchegando no leito — ....um pouco cansado.

— Vocês são muito fracos mesmo! porém não pensem que escaparam!! — com um pouco de insatisfação deitou-se junto aos outros, fechando a cara ao falar — boa noite seus merdas — um pequeno sorriso crescia na lateral de seus lábios.

Realmente estava feliz.

— Bo-boa noite Kacchan, boa noite senhor — Midoriya cobriu o rosto no travesseiro, desejando que sua vermelhidão não fosse avistada tão facilmente.

— Boa noite amigos — disse o Todoroki ao aconchegar-se mais perto dos outros.

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(Tentei produzir um capítulo só para os Todobakudeku, espero que tenha ficado bom)

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora