59_Ryōuri suru

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O loiro deitado em sua cama sentia os poucos raios de sol daquele dia nublado e frio bater em seus olhos, em uma tentativa de barrar a luz irritante os apertou com força, mas nada adiantou muito, menos ainda quando tentou esconder seu rosto da luz se virando para o lado. Não conseguindo pois havia peso por cima de si que impedia.

Ao estranhar a sensação de ter algo por cima abriu os olhos e assustou-se de leve ao notar as duas figuras masculinas adormecidas ao seu lado, porém se acalmou quando seu cérebro raciocinou ao lembrar da noite passada, e do porquê deles estarem alí.

Tinha que levantar-se, sua barriga estava contorcendo-se de fome, mas a mão do ferreiro rodeando seu peito e do outro lado a perna do príncipe enrolada na sua não lhe permitia. agora que percebeu, a posição em que se encontrava era muito embaraçosa.

Com o rosto pintado de vermelho sacudiu a cabeça, e com um semblante enfurecido jogou o Todoroki e o Midoriya para o lado, retirando o cobertor e saindo apressadamente do quarto, antes que algum dos dois acordasse e visse seu rosto corado.

O esverdeado dormia como um anjo, babando levemente pelo canto da boca aberta, sentindo o frio ser barrado pelo cobertor aconchegante e algo quente e macio que abraçava. Porém este algo de repente o virou para o lado o descobrindo e se foi, entregando-o por completo ao ar gélido do quarto, por conta disso encolheu-se no leito, abraçando o próprio corpo em busca de calor.

Mas não era o suficiente, apertava os olhos enquanto tremia de frio, se encolhendo ainda mais na cama até não aguentar mais, ao desistir de seu sono e abrir os olhos. Turbando-se ao ver que alí não era seu quarto, olhando para o lado contrário pode ver o meio albino esquentado pelo cobertor, dormindo serenamente do outro lado do leito.

As recordações da noite anterior vieram deixando as coisas bem mais claras, enquanto ele limpava sua saliva do canto da boca com a manga da camisa. Bakugou não estava alí, porém sentia-se feliz em saber que ele não quebrou o acordo. E assim levantou-se da cama, circulando-a para ir até a janela e dar uma olhada do lado de fora.

O céu estava completamente branco pelas nuvens, o sol não aparecia, apenas sua luminosidade que clareia a terra era notada, não ventava, porém o que mais lhe chamou atenção foram os milhares de pequeninos flocos de gelo, que caíam enquanto dançavam até pousar no chão.

Estava nevando.

Queria que o bicolor presenciasse os flocos de neve do primeiro dia de inverno. Então rapidamente voltou-se para a cama afim de o despertar, ele parecia tão calmo e cansado que quase desistiu de chamá-lo.

— Senhor Todoroki — chegou perto de Shoto sentando-se na cama, o balançando levemente enquanto chamava chamava seu nome com uma voz doce.

— Hum?... — gemeu ao acordar, alongando os braços acompanhado de um bocejo demorado.

Tão lindo aos olhos de Izuku.

— Venha ver, está nevando lá fora! — ao despertar de vez, o meio ruivo se senta sobre o leito ainda com uma feição sonolenta, para admirar os flocos caindo do outro lado da janela, encantador.

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No acampamento Shigaraki havia reunidos todos seus moradores para falar com eles sobre as novas regras que seriam implantadas alí, entre eles estavam Ochaco, kirishima, mina, Tokoyami, Toga, a recém-chegada Catherine, entre outros.

A neve fria caía em cima de suas cabeças enquanto eles encaravam seu lider, o esperando falar temerosos pelo que poderia vir.

— Vai haver algumas mudanças no acampamento, a primeira delas é que ninguém poderá sair dele sem o meu consentimento e autorização, caso contrário essa pessoa será expulsa daqui! — começou a ser ouvidos alguns murmúrios baixos no meio das pessoas, algumas delas saíam todos os dias para caçar, pegar água ou lenha. Agora teriam que pedir permissão toda vez que forem fazer isso.

— Segunda coisa! — levantou dois dedos e os murmúrios cessaram, pois queriam ouvir atentamente — se ouvirem alguém falando ou fazendo algo contra mim ou contra o acampamento, avisem-me imediatamente!! Não tolerarei mais subordinados infiéis - todos encararam uns aos outros com medo.

— Terceira! Se por acaso encontrarem o Kaminari, o Mashirao ou Bakugou, os matem imediatamente!!! caso não cumpram vocês que irão morrer!!

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O ferreiro e o príncipe desceram as escadas para chegarem no primeiro andar, vendo que ele estava vazio abriram a porta a procura do de olhos vermelhos, o encontrando em frente a casa no meio da neve, com um machado em suas mãos cortando uma pilha de lenha, uma por uma, enquanto os suaves flocos caíam sobre si.

— O que está fazendo? — perguntou o Todoroki inocente.

— Caso não saiba a lenha não vai para a lareira sozinha! aqui não é o seu castelo meio-a-meio! tem pão em cima do balcão, comam e me deixem trabalhar! — pelo visto Katsuki havia acordado de mau humor.

Midoriya entrou e logo voltou com dois pedaços de pão, oferecendo um ao meio albino que aceitou, logo dando uma grande mordida enquanto admirava o loiro a cortar as toras de madeira.

Parecia uma máquina que não necessitava de descanso, soltando o vapor esbranquiçado a cada respiração, o afiado machado de uma vez batia na tora de lenha depositada em um toco de árvore, a cortando ao meio rapidamente, logo jogando-a na pilha e partindo para outra, e assim sucessivamente. Mesmo usando roupas de inverno seus músculos eram tencionados a cada golpe que dava, esbanjando sua força.

— Estão olhando o que?! — falou ele entrando na casa, carregando em seus braços uma pilha de lenha cortada. Batendo o ombro nos que estavam na porta para dar passagem, logo voltando para fora para buscar o restante.

— Vocês dois não podem sair no meio desta neve, então acho melhor me ajudarem se quiserem almoçar! — disse ele carregando o último fardo de lenha, o colocando junto aos outros.

Mas seu rosto zangado escondia a quantidade de euforia que seu peito tentava manter em segredo

Meia hora depois o fogo da lareira estalava embaixo de uma panela com água fervente, e os três garotos espalhados pela cozinha preparavam os ingredientes de uma deliciosa sopa, ou pelo menos um deles preparava, já que os outros dois não sabiam cozinhar e apenas tentavam fazer alguma coisa.

A fumaça saía pela chaminé a anos inutilizada, a cozinha fria agora esquentava por causa do calor da lareira, pareciam até uma família se aventurando na cozinha em um dia feliz de inverno.

Bakugou com agilidade e rapidez manuseava uma faca para cortar alguns pedaços de carne em pequenos cubos perfeitos, enquanto o bicolor ficou com os temperos e o esverdeado com os legumes. Precisavam terminar logo, pois a sopa já estava no ponto de receber seus ingredientes.

— Puxa Kacchan! Você leva jeito para isso — comentou Izuku, enquanto tentava ao máximo se dedicar para não lhe entregar batatas com casca sem cortar os dedos.

— Do que está falando?! Qualquer um que não saiba usar uma faca deveria morrer — falou ele ao terminar de cortar a carne.

— Katsuki, assim está bom? — Shoto disse, mostrando um pote cheio de cebolinha mal cortada, com todos os pedaços ainda grudados uns nos outros.

Coisa que quase fez o de cabelos espetados explodir.

— Você só pode estar brincando! Isso tá horrível!!! Sai daí seu inútil!! Deixa que eu faço! — já sem paciência empurrou com o ombro o meio ruivo para o lado, logo fazendo seu trabalho com pressa e perfeição.

— Você é bom mesmo — disse o príncipe encostando, curioso ao apreciar o jeito com que ele fazia aquilo parecer a coisa mais fácil do mundo.

— Morre meio-a-meio!!

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora