Essa pergunta repentina o pegou de surpresa, dando um pequeno choque no corpo do esverdeado.
Estava eufórico e respirando rápido, como uma criança que ganhou um brinquedo novo.
— M-majestade, será uma honra — não exitou em responder, seu grande sorriso assim como o de seus familiares era impossível de ser contido.
O rei virou-se para a senhora Midoriya e Asui, perguntando se não haveria problemas quanto a isso.
— Claro que não, meu filho sempre quis servir o povo de Musutafu — falou ela, já com lágrimas de orgulho descendo seu rosto.
— Isso é bom, pois será uma tarefa difícil e esse jovem vai precisar de todo o apoio da família — voltou sua atenção novamente para o garoto.
— Essa missão é séria, temos suspeitas de rebeldes e criminosos infiltrados no reino. Veja bem jovem Midoriya, não quero que essa conversa se espalhe, por isso que fiz essa reunião aqui em vez da sala do trono — explicou, olhando atentamente para que o outro entendesse.
— Claro. Eu entendo, não irei desaponta-lo — falou enérgico.
— Não falem dessa reunião para ninguém que esteja fora desta sala, ela tem que ficar em completo sigilo, se perguntarem algo, digam que apenas os chamei para agradecer pelos atos heróicos feitos pelo jovem Midoriya. Vamos pagar pelos seus serviços, mas quero que continue com seu trabalho de ferreiro, para não levantar suspeitas — acenou positivamente com a cabeça, concordando com as condições impostas pelo rei.
— então, posso contar com você? — estendeu a mão para que o outro apertasse, e assim fez, com um face séria em seu rosto de aspecto fofo.
O rei levantou-se, e os outros o vendo automaticamente fizeram o mesmo. Saiu de seu lugar até ficar diante de todos, chamando o ferreiro para si.
O garoto aproximou-se muito determinado, enquanto os outros apenas observavam o que acontecia.
— Ajoelhe-se, jovem Midoriya — fez o que lhe foi dito, ajoelhando-se perante vossa Majestade, com os olhos voltados para o chão.
O rei desembainhou sua espada, e todos a reconheceram, era a One for all. Famosa por ser a espada mais poderosa catalogada.
Seu poder podia aumentar infinitamente a força, agilidade e invulnerabilidade de um ser. Tornado seu portador um sobre-humano.
Com essa espada tocou um dos ombros de Izuku.
— Izuku Midoriya, simples plebeu de nosso reino. Promete zelar, proteger, cuidar, buscar justiça e honra, por qualquer morador de Musutafu, seja quem for? tendo a total consciência de que se trair ou se mostrar indigno a esse posto que lhe fora dado, irá pagar com a própria vida — falou, ainda com a arma repousada no ombro do garoto.
— Prometo — sabia que trabalhar como herói ou soldado não era fácil, assim como sabia dos riscos que corria, mas jamais desrespeitaria aquele posto, iria morrer com honra assim como seu pai fez.
— Então com o poder que foi dado em minhas mãos, eu o nomeio herói e protetor de Musutafu — disse passando a espada acima dos cabelos verdes do garoto, e repousando-a em seu outro ombro.
— Levante-se, jovem Midoriya — o garoto pois-se de pé, com um sorriso largo.
— Quero que fique com isso, precisará mais dela do que eu — estendeu a espada para o ferreiro, a entregando em suas mãos.
— Mas senhor, esta espada só deveria ser passada para seu primogênito.
— Não terei um primogênito, pois minha vida sempre será dedicada exclusivamente ao meu reino. E você jovem é filho de um grande soldado, que já provou herdar a mesma força de vontade de seu pai — o garoto apenas sorriu, um pouco vermelho pelo elogio, aceitando o presente.
— Se precisar de algo é só falar com Lida, ou com meu mensageiro Kaminari. Os guardas reais também estarão ao seu dispor — falou.
— Muito obrigado, Majestade — agradeceu, curvando-se ao rei.
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Depois da reunião, estavam voltando para casa sendo levados por uma carruagem real, da mesma forma que foram. Os três plebeus encontravam-se super felizes, conversando e sorrindo alegres.
— Deveríamos comemorar — sugeriu a mais velha, empolgada pela conquista de seu filho.
— Mãe, melhor não. Sabe o que o rei falou. não podemos levantar suspeitas - estava feliz também, mas não podia se deixar levar.
— Mas um simples bolo com alguns docinhos da padaria não irá chamar atenção — Asui falou, apoiando a ideia da senhora Midoriya.
— Tudo bem, vocês venceram — se rendeu, pois estava em minoria e não resistia a um bolo.
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Naquela mesma noite, no castelo após a reunião na sala onde a mesma aconteceu, o príncipe Endeavor e seu irmão discutiam.
— Você é um incompetente!! Como pôde entregar a One for all, a herança mais valiosa de nosso pai para um qualquer! — resmungou, apontando o dedo para o rosto de All Might.
— Confio naquele garoto, ele já me provou ser de valor. Quem seria melhor que ele para recebê-la? — falou calmante, enquanto tirava a mão do mais novo da sua frente.— Não sei, quem sabe um de seus sobrinhos! Nem conhecemos esse garoto... ele não é de confiança!! — gritou, mas logo abaixando seu tom com medo de alguém o ouvir aos berros.
— Não penso assim, vejo honra e força quando olho para aquele garoto. Por isso não me arrependo da minha escolha.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.