No dia seguinte, Shoto acordou ainda pensando na conversa que teve com sua prometida na noite anterior.
Pensando bem Catherine não era apenas sua prometida, agora era sua noiva.
Queria ter falado algo para conforta-la, porém nada disse.
Mas mesmo assim ela pareceu aliviada, talvez apenas precisasse de alguém que lhe escutasse.
Foi para o café da manhã na sala de jantar e todos estavam lá, até a mãe dele, pois tinha que manter as aparências enquanto a família da princesa estivesse aqui.
As carruagens dos convidados partiram hoje cedo quando o sol raiou, e sua avó foi junto a eles.
Os outros perceberam que o príncipe e a princesa não havíamos descansado direito, pois estavam acumulando noites mal dormidas e não dava para disfarçar mais.
Porém pensaram que foi por causa da noite da festa que tinha acabado tarde, e deixaram esse assunto para lá.
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Já na vila o jovem esverdeado estava em sua casa ajudando sua mãe nos afazeres domésticos.
Não irá para a ferraria hoje, pois de acordo com Asui anda trabalhando de mais e esquecendo-se um pouco de sua mãe.
Por isso ficará em casa hoje fazendo-lhe companhia.
Estava secando alguns pratos quando escutou um tumulto vindo do lado de fora.
— O que será isso Izuku? — a senhora perguntou, deixando o que estava fazendo e indo lá ver o que acontecia junto ao seu filho.
Saíram de casa vendo uma multidão de pessoas gritando e caminhando rumo ao templo, e pelos seus rostos e palavras estavam bem revoltados.
Asui estava seguindo-os a distância, e foi até eles quando Midoriya fez um sinal com as mãos a chamando.
— O que está acontecendo Asui?! — Perguntou.
— Não sei muito bem, mas parece que uma menina está sendo levada para o pelourinho por desobediência!! — falou ela parecendo nervosa e aflita pela situação.
Quando o jovem escutou pelourinho simplesmente travou no lugar.
— Que horror! Mas o que ela fez para merecer isso? — a mãe do jovem ferreiro estava assombrada com essa notícia repentina.
— Pelo que eu ouvi, ela saiu escondida de casa! Para se encontrar com um garoto que o seu pai não se agradava.
— Pobre garota. Mas essa é a consequência da desobediência — sua mãe era bondosa e gentil, porém ignorante como toda a aldeia, mas não possuía culpa pois não conhecia outros valores a não ser os que o pastor Roland ensinava.
Foram lá ver o que iria acontecer, e o jovem por impulso fui junto, pois ainda estava desorientado com isso. Sempre ficava assim quando recebia a notícia de que alguém ia ser levado para "pagar por seus erros".
Passou com pressa pelas pessoas que se espremiam curiosas, chegou a frente de todos vendo uma menina de mais ou menos sua idade, sendo carregada pelo carrasco da igreja e outro homem, que pelo sermão que lhe dava deveria ser seu pai.
Mais atrás vinha uma mulher. Chorando de tristeza, desapontamento e vergonha, com certeza era a mãe da garota.
A menina de cabelos castanhos se debatia chorando, pedindo misericórdia para seu pai, enquanto era arrastada pelos pulsos com o rosto banhado em lágrimas.
Ela estava suja, despenteada, com os joelhos ralados, e as roupas desgastadas e rasgadas. Provavelmente por ter sido trazida arrastada até aqui.
Chegaram ao pelourinho onde o pastor Roland os esperava para dar a sentença da garota.
Pararam lá e soltaram a menina que caiu de joelhos no chão, com a cabeça baixa já cansada de lutar para se libertar.
— Essa garota foi acusada de desobediência! Saindo escondida de casa para se encontrar com um garoto, indo contra as vontades de seu pai. Você nega isso? — perguntou ele, achegando-se perto dela.
A mesma balançou a cabeça negativamente, pois não tinha o que negar, era tudo verdade. Sem contar nas testemunhas, que se a vissem contanto mentiras a entregariam. Isso poderia deixar sua pena ainda mais desagradável.
— Cinco açoites!!! — já que não tinha mais nada a declarar, gritou para todos ouvirem a sentença da menina.
Isso a fez gelar.
O plebeu se desesperou ao ver a garota já fraca, sendo levada pelo carrasco para o pelourinho, amarrando-a ali com cordas apertadas que machucavam seus pulsos.
Queria fazer algo, porém se interferisse iriam aumentar o castigo dela, por isso suas pernas congelaram no lugar e sua voz travou.
Rasgaram a parte de cima de suas vestes, a expondo para todos, deixando suas costas totalmente visíveis.
O carrasco foi até o pai da mesma entregando-lhe o chicote, pois de acordo com a lei sagrada, diferente da outras punições o açoite deveria ser executado pelo homem da família, e não pelo carrasco.
Completamente tomado pela aflição, Izuku virou-se e siu correndo de lá, abrindo espaço entre as pessoas.
Nem sequer esperou sua mãe, foi correndo com lágrimas nos olhos, pois nunca tinha visto alguém no Pelourinho, e nem tinha coragem de ver.
Ao longe ainda ouvia os sons das pessoas gritando, humilhando a pobre garota.
Na sua cabeça apenas passava a cena da menina suja gritando desesperada, enquanto dava um sermão a si mesmo.
Como pode a ver sendo levada ao açoite, e não teve coragem de fazer nada além de correr para longe?!
Covarde!!! Sua cabeça repetia essa palavra sem parar, como queria ser um guarda real com essa atitude?
— Quem estou tentando enganar?! No fundo não passo de um garotinho assustado.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
RandomUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.