39_Futsū

94 20 0
                                    

Um mensageiro que dizia ser do reino de Tyller chegou por volta de meio dia a Musutafu, atravessando a vila, entrou no castelo com passagem livre, logo sendo escoltado até a sala do trono para falar com o soberano.

Dentro do local a tão temida notícia chegou, as famílias reais dos reinos Tyller e Musutafu, não tinham nem teriam mais acordos ou laços, pois o casamento fora cancelado.

— Agora se vossa majestade me der licença, preciso descansar da viagem, para amanhã cedo retornar ao meu reino — curvou-se ao rei antes de se retirar.

Endeavor, apenas esperou ele sair para cobrir o rosto pela vergonha de seu filho ter sido rejeitado. Tudo estava perfeito, a aliança entre os dois reinos seria tão produtiva, por quê isso está acontecendo?

— Por que não me contaram que a situação com Musutafu encontrava-se tão crítica?!! poderia ter ajudado!! — a avó de Shoto se pronunciou indignada, recebendo uma resposta de All Might.

— Não é simples assim, tudo aconteceu tão de repente! eram tantos problemas um atrás do outro, acabamos nos perdendo em meio deles — seu sorriso não decorava mais seu rosto como antes, a única expressão que havia nele era a de tristeza.

Lutou tanto para que isso não acontecesse, mas seus esforços haviam sido em vão. Tudo o que seu avô, seu pai e todos seus antepassados se esforçaram para construir, estava desabando entre seus dedos sem ele poder fazer nada.

Shoto deveria estar alegre com a notícia, porém encontrava-se deprimido como todos naquela sala, não pelo fim do casamento, mas pela queda do reino. Sua aflição a um mês atrás, era somente por se casar no futuro com uma pessoa que não sentia o sentimento de amor, carinho sim, mas não amor.

Porém agora, se fosse para salvar seu reino da falência, se casaria com a princesa sem pensar duas vezes.

— Não se preocupem, vou ajudá-los, juntos podemos reerguer Musutafu! — a senhora falou, confiante por fora, mas bem insegura por dentro.

{...................................................}

Catherine havia acabado de chegar a um pequeno rio, decidiu parar alí para Ghoscer descansar, pois dês de quando amanheceu o mesmo não parou de andar. Pelo menos não mancava mais, porém o machucado em sua pata ainda estava alí.

Desceu do alazão se abaixando a beira do rio, lavando seus braços e rosto sujos de terra, logo em seguida juntando água em suas mãos em forma de concha para beber.

Olhou para o cavalo que saciava sua sede ao seu lado, sentindo pena por sua pata ferida, e ao mesmo tempo orgulhosa de seu garanhão por ter aguentado uma viagem tão longa para um animal como ele.

Sabia que se encontravam perto de Musutafu, pois se lembrava muito bem daquele lugar quando viajou para lá. Ghoscer agora comia algumas das plantas que cresciam junto ao rio.

A princesa também sentia fome.

Tirou alguns lanches de sua bolsa se saciando com eles, porém teria que poupa-los, porquê não havia levado muita coisa.

Sentada embaixo da sombra de uma árvore, pensava em seus pais. A essa hora eles com certeza já haviam notado seu sumiço, como será que foram suas reações quando descobriram? e o que farão quando a encontrarem em Musutafu?

Não gostava nem de imaginar.

Mas o que já aconteceu e não tem como voltar atrás, não se pode mudar o passado, arrependida ou não.

{................................................}

Com sua mochila em mãos, Izuku saiu de seu aconchego. Pois queria desesperadamente ir até a ferraria, mesmo com sua mãe zangada consigo o chamando de teimoso, porquê necessitava de mais repouso, e não de trabalho.

— Não vou trabalhar mãe, prometo, vou apenas dar uma organizada lá para amanhã — precisava ir ou não conseguirá dormir hoje, pensando no maldito bilhete que recebera.

— Poderá fazer isso amanhã! precisa de descanso! — entendia a fúria de sua mãe, pois era muita preocupação em cima da mais velha.

— Eu sei mãe, não vou me forçar a nada, só não consigo ficar parado sem fazer coisa alguma em cima de um leito! — não disse, nem dirá nada sobre o bilhete, a mesma já tem aflições o suficiente para com seu filho.

Ela suspirou fundo, se acalmando.

— Jura que não vai inventar de trabalhar neste estado? — o mesmo balançou a cabeça, jurando para sua mãe.

— Está bem, mas tome cuidado! — a senhora Midoriya, tocou com delicadeza a faixa limpa recém trocada na cabeça de seu filho, fazendo-o sorrir antes de sair de casa com um tchau bem alegre.

Este garoto está agindo bem estranho ultimamente.

Chegou rápido a sua ferraria, porém assim que entrou e repousou sua bolsa no balcão, uma silhueta conhecida que o viu entrar falou consigo na porta do estabelecimento.

— Asui! como está?! — cumprimentou a amiga, que carregava um pequeno bolinho em suas mãos.

— Estava levando isso a você para que melhorasse, mas fiquei surpresa quando o vi entrar na ferraria — levantou levemente a vasilha com o doce.

— Puxa! obrigada asui! estou bem melhor, não totalmente, mas bem melhor do que antes — comoveu-se com a boa ação da amiga, recebendo o presente, que a mesma brincou dizendo que não lhe entregaria mais, pois o mesmo já havia se recuperado.

Não demorou muito para que outras pessoas viessem visita-lo, pessoas que ficaram sabendo de sua ajuda aos guardas no resgate do príncipe, e queriam saber como tudo aconteceu, e conhecer o jovem corajoso.

Mesmo nervoso pelo assunto, falou com as pessoas não as deixando descobrir nada de seu segundo trabalho.

Entre essas conversas, descobriu que esta noite haverá uma celebração, comemorando o retorno do príncipe. Era bom ver sua vila voltando aos velhos tempos.

Pelo visto, o bilhete terá que ficar para mais tarde.

Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora