— Kacchan!!! — assim que o ferreiro grita este apelido que pensava ter esquecido a muitos anos, o loiro treme a mão que segurava sua espada, por conta do arrepio que percorreu todo seu corpo ao ouvi-la.
Percebendo que Bakugou parou sua contagem, abriu seus olhos banhados por lágrimas e ergueu a cabeça. Para ver o criminoso ainda com a arma erguida, mas aos poucos a abaixando com um rosto surpreso, assim como o príncipe que apavorado e perplexo não entendia o que aconteceu.
Porém não tiveram tempo para entender, pois começaram a ouvir sons do lado de fora da casa. Altos ruídos de passos, vozes e coisas batendo chegando por todos os lados, até que um brado alto e vibrante vindo de lá é ouvido.
— Quem está aí?!! Não resista!!! A casa está cercada pela guarda real!! Saia com as mãos para cima!!! — os três garotos dentro da casa cresceram os olhos pela surpresa e medo.
Mas rapidamente Katsuki guardando sua espada sai de seu posto, para agarrar o pulso dos outros dois e correr para os fundos da casa. Não se importando com os protestos, lutas e negações vindas dos mesmos.
— Se não colaborar iremos invadir a residência!!! — outra vez ouviram a voz em alto som, mas o loiro a ignorou desta vez. Parou ao chegar nos fundos da casa, soltando os pulsos agora marcados pela força dele para abrir um alçapão escondido no chão de madeira.
— Vão!! Andem!!! — sem pensar duas vezes o meio ruivo entra no breu escuro localizado no chão da casa, pois não tinha escolha, era isso ou ser descoberto pelos soldados.
— Já chega!!! Vamos entrar!! — escutaram novamente o grito do lado de fora apressando o Midoriya para entrar também, pois havia prometido que cuidaria do Todoroki, então não poderia deixá-lo sozinho.
Logo depois dele Katsuki também pulou lá dentro ao ouvir o barulho da porta da frente se abrindo violentamente, em seguida fechado o alçapão que era a única passagem para entrar alí.
O local era escuro, pequeno do tamanho de um guarda-roupas, úmido, fedia a mofo e a poeira. Porém de lá podiam ouvir as vozes das pessoas do andar de cima, seus vários passos no chão de madeira, a respiração bucal dos três garotos e os corações de ambos que batiam acelerado.
O lugar logo foi parcialmente iluminado por um pequeno lampião pendurado na parede, ascendido pelo de olhos vermelhos deixando eles verem os arredores. Não existia nada lá dentro além deles, era apenas um buraco vazio com uma pequena fonte de luz na parede.
— Como sabiam que tinham pessoas aqui?! — sussurrou o esverdeado, olhando para cima a onde os soldados estavam.
— Os nossos gritos sendo ouvidos pelos vizinhos devem ter nos entregado — respondeu o bicolor também com a voz em baixo tom.
Sem demora Izuku vai até Bakugou e agarra seu braço com força usando a mão esquerda e uma expressão fechada.
— Não pense que conseguirá fugir!! Depois que sairmos eu mesmo o levarei para os guardas! — o loiro respirou fundo, para manter a calma e ofender o outro apenas em sua cabeça.
— Idiota!! Deveria agradecer por revelar meu esconderijo apenas para não descobrirem que o meio a meio gosta de passear! — sua fala surpreendeu os demais alí, mas o outro ainda lhe segurava firme não cedendo por nada.
— Não queira bancar o bom menino! Iria matar Asui, a amiga que você conheceu na infância!! Sem o menor remorso! Você é um monstro!! — falou o ferreiro apertando suas unhas contra a pele do outro, sentindo vontade de espanca-lo. Querendo esbanjar toda sua raiva nele.
Nunca havia visto alguém tão frio e cruel.
— Deku de merda! Ela não seria a primeira, e muito menos a última — afirmou ele sem receio algum na voz, e com um grande sorriso provocava ainda mais o outro.
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Fantasy •Armyo_taku• BNHA (Concluído)
عشوائيUm plebeu, um príncipe e um criminoso. Três realidades diferentes com pensamentos e mundos distantes, em um tempo medieval onde as regras da igreja são como leis.