Nada

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Por melhor que estivesse, não dava pra ignorar que estava ficando frio de mais pra suportar.

Achamos melhor apanhar as coisas e entrar. Peguei minha mochila ensopada na grama, ele o guarda chuva e torci meu cabelo antes de entrar.

O clima ficou meio estranho, porque ambos estávamos atordoados porque fomos interrompidos contra a nossa vontade pela força da natureza.

Enquanto eu tirava os sapatos na entrada, ele começou a falar:

- Eu...eu vou pegar uma toalha pra...- Ele interrompeu o que estava dizendo.

Quando me virei, percebi que estava com os olhos fixos em mim. Agora que estava mais perto, eu pude ver que também estava com um olho roxo, e essa nem era a coisa mais intensa no rosto dele agora.

Ele me agarrou, me pressionando contra a parede, segurando a minha nuca. Esse beijo de agora, era ligeiramente diferente do que tínhamos acabado de dar, se parecia mais com o que demos no carro.

O cabelo dele estava gotejando no meu rosto e ele enxugava as gotas com a mão livre. Então começou a beijar o meu pescoço, os meus joelhos fraquejaram e eu o agarrei pela camisa molhada.

Sem parar o que estava fazendo, ele tomou a minha mão e levou até as próprias costas. Foi um gesto simples que me deixou inesperadamente excitada.

Passei as mãos pelo tecido pesado de cima pra baixo, quando cheguei na barra subi novamente, mas por debaixo da roupa, a pele dele por baixo da camisa ainda estava fria. Ele grunhiu com a boca ainda no meu pescoço.

Depois disso fizemos um percurso estabanado até o quarto, dei com as costas nas paredes tantas vezes que por um momento comecei a recear que ele ainda estivesse com raiva de mim.

Quando entramos, ele se afastou pela primeira vez, só pra fechar a porta. As cortinas estavam abertas, mas como estava nublado, o quarto estava parcialmente escuro.

Aproveitei pra começar tirar a blusa sozinha, como estava molhada, ia ser difícil de tirar de qualquer maneira.

- Nossa...- Ouvi ele dizer.

- O que foi?- Perguntei enquanto passava a cabeça pela gola com dificuldade.

- Nada.- Ele respondeu e puxou o restante da blusa pelos meus braços.

Ela caiu pesada no chão.

Tomei um susto quando depois disso, ele me jogou na cama e se ajoelhou no chão pra tirar a minha calça. Fiquei olhando pro teto arrependida de não ter nem combinado o conjunto do sutiã com o da calcinha hoje de manhã. Não que eu achasse que ele se importasse de qualquer maneira, porque parecia tão impaciente.

Quando ele tirou a minha calça, ficou de pé e eu me sentei na cama pra ajudar com a dele, enquanto ele tirava a camisa. Olhei pra cima, e percebi que era a primeira vez que eu o via sem camisa. Não era tão magro quanto eu pensava. As roupas dele logo estavam no chão também.

Eu não esperava ficar nervosa logo naquele momento. Mas a minha mente voltou com os pensamentos desnecessários: Ia acontecer de um jeito diferente? As coisas iam ficar muito diferentes quando acabasse?

Ele afastou meus pensamentos erguendo meu queixo e voltando a me beijar. Muito suavemente, eu fui deitada de novo e ele se pôs em cima de mim.

Na verdade, a coisa toda ficou muito mais suave, com ele beijando meu pescoço e com a mão me apertando por debaixo do sutiã, e então a boca dele foi descendo pro meu peito, até o abdômen, o meu quadril, o entrepernas, e então a...

- Nossa...- Deixei escapar.

- Hum?

- Nada...

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Pessoas RuinsOnde histórias criam vida. Descubra agora