Pessoas Ruins

Nota da Autora

Olá! E obrigada por acompanhar a minha história até o final.

Como bônus do bônus, eu queria apresentar aqui, um pouco do meu processo criativo para a elaboração dos personagens:

Juniper "June" Mallard

A começar pela nossa protagonista, eu desde o início queria quebrar o estigma da nerd retraída e tímida.

"E se a Regina George não fosse bonita, como ela seria?"

A ideia era fazer uma personagem que tivesse tudo pra ser uma verdadeira abelha rainha, com excessão da aparência de patricinha. Isso faria dela uma pessoa menos querida pelos outros em geral.

June é uma nerd que não tem nada de certinha. O nome dela me veio na cabeça através da música "Heat Waves" do Glass Animals. Ainda que eles estivessem falando apenas do mês de junho. Mas eu também queria expressar a autonomia dela de alguma maneira. Como alguém que não gostasse do próprio nome, e decidisse mudar por conta própria. Foi aí que veio a ideia de que Juniper deveria ser o nome de nascimento dela. Algo bem hippie, que a nossa personagem odiaria.

O sobrenome "Mallard" significa Pato Selvagem, em inglês, uma pequena referência ao conto do Patinho Feio. No caso da June, ela não se tornou um cisne, mas, isso não a impediu de conquistar alguns corações, não é?

June é birracial, como eu. Mas a herança mexicana dela é uma homenagem à minha paixão pela cultura do México, e também a um amigo nativo de lá. Inclusive, o nome do pai da June é em homenagem a esse amigo.

Algumas características físicas dela são extremamente propositais, como a altura bem acima da média. Uma controvérsia às personagens femininas altas e desengonçadas, June usa isso ao seu favor com confiança (quase sempre). O cabelo cacheado, armado e com franja é uma alusão à minha querida Hermione Granger, estudiosa e um "pesadelo". Os óculos são um toque especial meu, já que sempre usei e não sei como funciona a vida de alguém que não usa.

As roupas são um ponto chave pra personagem, eu quis dar a ela uma estética Dark Academia que transacionasse pra cores mais claras quando ela estivesse de bom humor.

O relacionamento dela com o Peter foi inspirado numa experiência pessoal, muito parecida. Essa já está no passado e me rendeu muitos ensinamentos, e até uma história.

Tentei abordar da maneira mais crua possível, os problemas de ansiedade da June, que são passíveis a qualquer adolescente. Alguns sintomas comuns, como pensamentos negativos e manias de infligir dor em si mesma quando está em crise. Até a própria "fuga" quando se vê encurralada.

Muitos personagens da família dela foram inspirados em pessoas reais da minha própria família. A avó Hazel por exemplo, é uma mistura exagerada da minha própria mãe com a minha avó.

A faculdade é algo muito importante na história dela também. Trouxe aqui, um tópico mais cotidiano que muitos amigos meus enfrentaram no final do último ano do ensino médio, a rejeição. Muitos deles eram extremamente inteligentes, porém, foram recusados nas faculdades que mais queriam. Nossa protagonista ainda conseguiu conquistar uma vaga numa das faculdades mais disputadas dos EUA, o que não foi nada mal.

Finneas "Finn" Hart

Assim como a nossa protagonista, o nosso querido Finn também quebra alguns paradigmas. Minha intenção era mudar o arquétipo do badboy, mas nem tanto.

Ele tem a típica expressão de mau encarado, ele briga, não é muito bom na escola, e tem suas próprias tiradas, assim como a June, mas não costuma ser grosseiro sem necessidade.