Capítulo 3- Essa foi por pouco

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Priscila....

Há um ano, perdi a minha esposa. Eu a amava muito. Apesar de nunca ser daquelas que demonstram muito o que sente, eu a amava e ela sabia. A conheci quando éramos bem mais jovens, eu já estava na faculdade, pois entrei na faculdade aos 17 anos. Realizei o sonho dela de ser mãe, mesmo não querendo ter filhos. Nunca fui de demonstrar sentimentos pela sofia, mas ela é minha filha e eu a amo. Queria poder demonstrar isso, mas não consigo. Nem mesmo sei como agir com ela. Por isso, desde que  a safira Morreu, eu venho contratando uma babá para ela, para que ela não se sinta sozinha. Mas nenhuma babá dura nessa casa, porém, Não consigo explicar, só sei que sinto que essa babá que contratei; vai ficar e vai ensinar muitas coisas, para a sofia. Ela já demonstrou controle em situações que eu nem saberia como controlar. Ela é simples, de família simples, mas tem algo de diferente nela. Não sei explicar. Talvez, ela só seja diferente da safira. Eu a vi ensinar um passo de balé para a sofia, a vi fazendo a sofia sorrir. Como faz isso? Fazia muito tempo, que não via um sorriso no rosto da minha filha. As vezes penso em ser mais presente em sua vida, em me aproximar como mãe, mas... eu travo, não sei como, não consigo. Quando elas chegaram à mesa, pedi que a Natalie sentasse, mas ela falou que iria sentar com a Maria, que já aproveitaria, para fazer algumas perguntas. Ela foi a única babá, que preferiu comer na cozinha, com a Maria. A Maria sempre cuidou de mim, eu queria ser diferente com ela, tratá-la como ela merece. Mas me acostumei a ser assim, a safira me acostumou a ser assim e agora, Não sei como mudar isso. São 12:40 da tarde, estou almoçando, com a sofia, para o motorista deixá-la na aula de balé e eu ir para uma audiência.

Natalie....

Eu consegui a vaga e estou muito feliz.  Apesar de ter conhecido a menina que irei cuidar e ter visto o quão esnobe ela é; eu estou confiante que poderei fazer a diferença em sua vida. Mas acho que a minha missão nesta casa; será mais do quê apenas cuidar da pequena sofia. E estou pronta, para enfrentar o que eu tiver que enfrentar, para ajudar essa família. Não conheço nada, sobre a dona dessa casa, mas pretendo conhecê-la. Ela parece durona, mas sei que é sensível.  Uma coisa que me surpreendeu foi o quão nova ela é. Eu imaginei que ela seria mais velha. Ela me falou que minha obrigação, é apenas com a sofia, mas quero fazer mais. Não por dinheiro, mas pela família. Por isso mesmo, escolhi almoçar com a Maria, na cozinha. Logo a sofia irá para a aula de balé e eu ficarei sem fazer nada. Então eu acho que posso ajudar a Maria, com as tarefas da casa. São quase uma da tarde, estamos terminando de almoçar.

Natalie: - Então... você trabalha aqui há muito tempo, não é? - pergunta enquanto ainda estão almoçando.

Dona Maria: - Sim... eu praticamente vi a senhora Priscila nascer.

Natalie: - Então você não deveria ser como uma mãe, para ela? Por que não almoça com elas? Por que se tratam com tantas formalidades?

Dona Maria: - É complicado... Você não entenderia. - fala com uma expressão de triste.

Natalie: - Então tenta. Só tem essa maneira, para saber se irei entender. Se vamos conviver por um bom tempo, preciso conhecer um pouco sobre vocês e tentar entender, para saber como lidar em certas situações.

Dona Maria: - Você tem razão. Tudo começou há 8 anos atrás. Logo quando a Priscila iniciou um relacionamento com a mãe da Sofia.

Priscila: - Oi, Maria. - fala ao entrar em casa, abraçando a Maria. -  Daqui estou sentindo o cheirinho da janta.

Dona Maria: - Oi, filha. A sua mãe ligou. Falaram que vão se atrasar, mas em breve, chegarão.

Priscila: - Tá bom. Eu tenho uma novidade para todos. Vamos pro meu quarto, você me avisa, quando a mamãe e o papai chegarem, tá? - fala simpática.

A JUÍZA E A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora