Natalie...
É... acho que eu sobrevivi ao primeiro dia. A Sofia é só uma criança. Não posso julgá-la, e nem vocês leitoras. Se analisarmos a história dela direitinho, entenderemos que esse jeito dela, ela usa como uma defesa. Ela tem uma agenda cheia, faz tantas coisas e parece que nem é o que ela realmente quer para vida dela. Parece que ela se sente na obrigação de fazer tudo aquilo, mas não é de coração. Eu já fiz aula de balé por muito tempo, mas já faz alguns anos. Eu acredito que a Sofia tenha talento para o balé, porém, ela parece que não quer usufruir desse talento. Hoje foi só o primeiro dia com a Sofia, horas difíceis e outras mais fáceis. Com o tempo, eu sei que eu a conquistarei. Quero poder ajudá-la de alguma maneira. Ela tem um sorriso lindo, mas expõe pouco. Eu nem imaginava que ela sofria Bulyng. Mas isso irá acabar. Nossa! Acabei esquecendo que estava no escritório da Leoa, quero dizer; da minha Patroa. Vamos ver o que ela quer me falar, né?
Priscila: - Natalie, como foi tudo muito rápido, eu realmente precisava de uma pessoa para início imediato, eu acabei não deixando tudo claro. Então irei fazer isso agora, porém, antes, preciso saber se você ainda vem.
Natalie: - Claro que venho. - fala empolgada. - Quero dizer... sim, venho sim, senhora. - fala sem jeito.
Priscila: - Bom... neste caso, fico feliz que a Sofia tenha uma BABÁ para cuidar dela. Olha, sua obrigação será apenas CUIDAR da minha filha, o quarto dela, a Maria arruma, as roupas dela, a Maria põe na Máquina e depois ela passa e guarda em seus lugares. Você só tem que fazer companhia para a Sofia, a auxiliar em algumas coisas como pentear o cabelo, amarrar os tênis, se arrumar, okay? Você entra às sete da manhã e larga às 18:00 horas da tarde. Hoje, eu irei te levar para casa, pois o Aurélio precisou ir em casa, parece que a mãe dele não tá bem. Ah! Essa semana a minha filha não está tendo aula, mas a partir da próxima semana, será mais corrido. Ela vai para a escola às sete e meia, sai ao meio dia. Dois dias na semana ela tem balé e dois dias ela tem aulas de instrumentos musicais e outro, tem aula de inglês. Mas amanhã, o Aurélio já irá levá-la, irá te deixar. Acho que essas são as coisas mais importantes.
Natalie: - Entendi. Eu só gostaria de saber se... Se eu posso ajudar a dona Maria, quando eu não estiver com a Sofia? - fala a olhando sem jeito.
Priscila: - A Maria ganha muito bem, para fazer isso e você ganha muito bem, para fazer o seu serviço. Você faz o que quiser, com seu tempo livre, só não espere receber nenhum centavo a mais, por qualquer outra função que exerça aqui, okay?
Natalie: - Sim, senhora. Não se preocupe. Não espero nada a mais.
Priscila: - Então por que você está tão preocupada com a Maria? - pergunta enquanto responde um email no computador.
Natalie: - Meus pais são idosos, trabalham muito, por mim e pelo meu irmão, e esse é o principal motivo de eu estar aqui. Quero que eles tenham tempo para descansar, quero que eles se deem o luxo de não trabalharem no fim de semana. Pelo que eu sei, a Maria já tem tempo aqui, o suficiente para se aposentar, por que achas que ela ainda não fez isso? - fala chamando a atenção da Priscila.
Priscila: - Vamos embora, ainda tenho muitas coisas para fazer. - fala após fuzilá-la com o olhar por alguns segundos.
Natalie: - Eu falei algo que a senhora não gostou? - pergunta preocupada, levantando da cadeira. - Desculpa! - fala indo atrás dela.
Priscila: - Maria, hoje vou deixar a Natalie em casa, veja se a Sofia precisa de alguma coisa. - fala vendo a Maria na sala.
Natalie: - Será que ao menos posso me despedir da Sofia? Prometo ser rápida.
Priscila: - Pode ir. Mas não demora. Espero você no carro. - fala séria, encarando a Natalie.
Natalie: - Sim, senhora. Já volto. - Corre até o quarto da Sofia.
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A JUÍZA E A BABÁ
FanfictionEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...