FLASHBACK...
Alguns minutos depois, as meninas entram num Uber e seguem para casa. Uns 25 minutos depois, elas chegam, se despedem e a Natalie ver o carro da Tia Dulce em frente a casa, quando entra, escuta as duas conversando.
Dulce: - Minha irmã, você teve outra filha? - Pergunta assim que entra na sala.
Débora: - Fala baixo. Por favor! - Fala assustada.
Natalie: - Por quê? Para eu não ouvir? Eu já sei de tudo, mamãe. Por quê? Por que nunca me contou a verdade? Por que mentiu para mim, todos esses anos? Por que abandonou a sua primogênita? - Fala com lágrimas insistindo em cair, olhando fixamente, para sua mãe.
Luíza: - Filha... - fala com os olhos marejados.
Natalie: - Espera!! A senhora sabia, que a Juliana é a filha que a senhora abandonou? Então... a senhora a abandonou duas vezes? - Fala deixando lágrimas caírem lentamente, sobre sua face.
Dulce: - Então... A Juliana, minha Sócia; é minha sobrinha? É sua filha, minha irmã? Por que você a abandonou? - Pergunta pasma, sem acreditar.
Natalie: - É. Por que a senhora a abandonou? A senhora tem noção, de como a Juliana está se sentindo agora? Ela nem quer olhar para mim. - Fala chorando. - Quando eu saí da mansão: a Juliana tinha ído correndo para o quarto.
Luíza: - Irmã, filha... - Fala olhando para as duas. - Eu posso explicar tudo. Mas não me julguem. Sentem-se. Por favor!
A Natalie e a Dulce sentam-se num sofá e a Dona Luíza no outro ao lado delas.
Luíza: - Filha, você sabe a minha história, com o seu pai. Sabe que viemos para São Paulo e que, passamos muitas dificuldades. O que você não sabe, é que nós moramos na rua, por muito tempo. Eu tive a sua irmã na rua. Quando eu a olhei, eu senti algo inexplicável em meu coração. Alguma coisa me falava, que eu não podia, ficar com aquela criança, na rua. Passamos dias horríveis, de muito sofrimento. Ganhamos doações, como: um carrinho de bebê, roupinhas, fraldas... mas a gente sabia, que não teria como vivermos de doações. Não tinha um dia, que eu não pensava em qual seria o futuro daquela criança, que nem tinha pedido para nascer. A sua irmã adoecia e sempre eram dias difíceis. Um dia, quase a perdemos. Achamos que ela iria morrer. E então... e-e-eu fiz uma promessa: Se Deus fizesse ela ficar boa, eu dava ela para uma família de condições boas a criarem. No outro dia, ela começou a melhorar a febre, ela mamou, que não estava mamando... E eu precisei cumprir a minha promessa. Tudo isso, foi como uma resposta, entendem? Então... deixamos a nossa filha, com um casal muito elegante, que vimos entrar no banco. Deixei com ela, meu colar, na esperança, de um dia, poder reencontrá-la. Aquela decisão, deixou um vazio, em meu coração. Não tinha um dia, que eu não pensava nela, se aquele casal tinha dado uma boa vida a ela, com amor, carinho... me perguntava até, se tinham guardado o colar.
Natalie: - Então... a senhora deixou ela, por causa de uma promessa, que salvou a vida dela? - Fala pensativa, ainda chorando.
Luíza: - Sim. E porque eu não fazia ideia, de quando a nossa vida iria melhorar. Eu só queria o melhor para aquela menina. Tão inocente e estava sofrendo por erro nosso. Quando eu a reencontrei aqui, meu coração disparou, de maneira inexplicável. Parecia que eu a conhecia há muito tempo, entende. Mas eu ainda não tinha como dizer que era a minha filha. Até que eu vi, um dia, o sinal de nascença, que o seu pai tem no ombro, que ela também tem. E... fomos compatíveis com ela e tudo foi confirmando isso.
Dulce: - E por que você não falou a verdade para nós, sua família?
Natalie: - É. A senhora pretendia esconder isso para sempre? Por quê? - pergunta angustiada.
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A JUÍZA E A BABÁ
FanfictionEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...