Natalie...
Então é essa, a dor de um coração partido? É uma dor como se enfiassem uma faca apontada em seu peito e não parassem de enfiar mais. Como ela pôde falar tudo aquilo para mim. Como ela pôde me chamar de fingida, de golpista... não, não... como irei fazer, para esquecer tudo isso? Já sinto falta da pequena Sofia, da Maria... Também sinto falta da Juliana. Mas acho que ela concorda com a irmã. Ela nem foi falar comigo. O que também me dói muito, porque eu gosto muito, dela. Ela já se tornou uma irmã, para mim. Ao menos é assim, que eu a considero. A Irmã dela tinha razão, de ficar brava, chateada... mas ela foi cruel. Ela me magoou muito. Não consigo esquecer o olhar de raiva dela, para mim. Não consigo esquecer, da Sofia, chorando, pedindo para ela não brigar comigo. Meu Deus! Como eu amo a Sofia. Como saí com o coração duplamente partido. Estou chegando em casa e, tudo que eu quero, é ficar sozinha em meu quarto. Eu não sei em quê pensar. Sofia, Priscila, Juliana, minha família... são muitas coisas. Mas... eu vou dar a volta por cima. Acabei de chegar em casa. Mas antes de entrar, quero que vocês, leitoras, nunca se esqueçam de uma coisa: cair, você pode até cair. Mas nunca será sobre cair. Será sobre levantar. Então levante-se! Ainda é cedo, para mim. Mas eu irei seguir. Não fiquem tristes, por mim.
Débora: - Filha, o que aconteceu? - Fala ao vê-la entrar chorando.
Natalie: - Agora não, mãe. Depois conversamos. Eu prometo. Fala subindo direto pro quarto.
Assim que a Natalie entra no quarto, tranca a porta e deita de papo para cima, se permitindo chorar ainda mais. Ela chorava compulsivamente. Não parava de passar um filme, em sua cabeça. Os momentos com a Priscila, com a Sofia, com todos ali... foram dois meses de muitos momentos inesquecíveis e incríveis, enquanto isso, na mansão, as coisas só pioram.
Juliana: - A Natalie foi embora, Priscila. Agora eu te pergunto: está feliz? - Fala chegando na sala e a vendo descendo as escadas.
Priscila: - Como assim? Você sabe que não estou feliz. Sabe que eu jamais pensei que ela iria embora.
Juliana: - Ah então você pensou que depois de tudo que você falou, ela iria dizer: sim, senhora, com um sorriso de orelha a orelha ou dizer: você está certa, meu amor. Você achou isso?
Priscila: - Juliana, eu também estou mal.
Juliana: - Você já me falou isso. Mas continuou machucando a Natalie.
Priscila: - Eu já estou sofrendo, o suficiente. É a Natalie que talvez nunca mais me perdoe, a minha filha que vai me odiar, quando souber que ela foi embora e agora você, que está super brava, comigo... por favor! Eu vou atrás dela. - ia sair.
Juliana: - Não! Você não vai. Se for atrás dela agora, só vai piorar, a situação. Eu, vou atrás dela. Ela precisa de um tempo, para digerir tudo. Vai falara verdade para a sua filha.
Priscila: - Mas ela é...
Juliana: - Sua namorada? - a interrompe. - Não é mais, pelo visto. Ela deixou a aliança aqui, junto com a chave do carro e um bilhete.
Neste momento, a Sofia vem descendo as escadas com a avó.
Sofia: - Tia Juh, cadê a Natalie? - Fala triste.
Juliana: - Oi, meu amor. Então... vem cá... a Natalie, ela... ela precisou de uns dias, para resolver algumas coisas.
Sofia: - E por que ela não falou comigo? A senhora Está mentindo para mim. - Fala com os olhos marejados.
Juliana: - Desculpa, meu amor. Eu só não quero que sofra. A titia está aqui, tá? Mas... mas... a Natalie foi embora.
Sofia: - Não! - Começa a chorar. - Isso não é verdade. Ela não foi embora.
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A JUÍZA E A BABÁ
FanficEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...