Natalie...
Já pensaram em descobrir, com 24 anos, que uma amiga sua, é na verdade, sua irmã? Não, né? Isso nem passa pela cabeça de um ser humano. Mas aconteceu comigo. Ontem, descobri, que a minha amiga, irmã da minha noiva, é na verdade, minha irmã. Eu nem consigo explicar o que estou sentindo. Dormir, para mim, foi quase impossível. Até que consegui cansar a minha mente e adormecer. Não consigo acreditar, que meus pais esconderam isso de mim, todo esse tempo. Estou tentando entender os motivos que a mamãe falou. Mas confesso que está difícil. Agora tudo faz sentido: a mamãe sempre falar que falhou como mãe, as vezes que ela me perguntava, se ela iria gostar de ter uma irmã... Como eu não percebi nada antes... A Priscila comentou comigo, sobre a suspeita da Juh ser adotada. Mas jamais passou pela minha cabeça, que ela seria filha dos meus pais. Eu nem acreditava que ela realmente era adotada. O pior é que, ela ficou diferente comigo. Hoje levante cedo, fiz minha higiene matinal e fui até a cozinha, onde estavam meus pais.
Débora: - Bom dia, filha! - Fala a olhando, apreensiva.
Leandro: - Filha, bom dia! - Fala a olhando.
Natalie: - Bom dia! - Fala sem olhá-los, pegando uma maçã em cima da mesa.
Luíza: - Você não vai tomar café com a gente?
Natalie: - Não. Preciso ir. - Fala ainda sem encará-los.
Leandro: - Filha, não faz isso conosco. Somos seus pais. Erramos. Mas tivemos nossos motivos. Um dia, você irá entender.
Natalie: - Eu só preciso de um tempinho. Depois conversamos. Agora, realmente preciso ir. Tchau. - Vai embora, sem beijá-los, como sempre costuma fazer.
Enquanto a Natalie entrava em seu quarto e saía de casa, em direção à Mansão, na casa dos smiths, o clima não estava dos melhores. Uns 30 minutos depois: a Natalie chega na mansão. Todos estavam sentados na sala, enquanto dava a hora de tomarem café. Todos estavam em silêncio.
Natalie: - Bom dia, gente! - Fala os olhando, pensativa.
Priscila: - Bom dia, amor!
Os demais: - Bom dia!
Priscila: - Como você está? - Pergunta a olhando.
Natalie: - Estou bem, na medida do possível. E você?
Priscila: - Confusa. Não sei o que falar ou o que fazer. Acho que a Juliana não vai descer para tomar café. Ela acha que todos nós sabíamos e não a falamos.
Natalie: - Eu não sabia de nada disso. Eu vou terminar de arrumar a Sofia, para trazê-la.
Priscila: - Eu pedi para a Marcela fazer isso. Achei que você chegaria mais tarde, hoje.
Natalie: - Não. Eu queria saber como a juh e como vocês estavam. Eu só queria sair de casa. Ainda não sei, como irei entender meus pais. Por agora, gostaria que a Juliana me ouvisse. Eu vou até o quarto dela.
A Natalie então vai até a porta do quarto da Juliana.
Natalie: - Juliana? Juliana? Por favor! Conversa comigo. - A chama, mas a juh não a responde. - É sério, que vai me ignorar, sem eu ter feito nada com você? Você está me culpando por algo que eu não tenho culpa nenhuma. - Fala com a voz embargada. - continua sem resposta. - Juh, se você não quer mais olhar para mim, falar comigo, enfim... ao menos me fala. Seu silêncio está me atormentando.
A Juliana percebe que a Natalie estava chorando e resolve respondê-la:
Juliana: - Me perdoa, Natalie! Eu só não consigo te encarar no momento. Estou tentando assimilar tudo isso. A minha cunhada se torna minha irmã e minha irmã: minha cunhada. Meus pais adotivos, me esconderam isso a vida toda e meus pais biológicos estavam tão pertos e eu nem sequer imaginava, que eles pudessem abandonar um filho. Eis que eles abandonaram. E esse filho fui eu. Eu nem sei o que pensar agora, entende?
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A JUÍZA E A BABÁ
FanfictionEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...