Capítulo 70- Lados positivos?

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Natalie...

Já pensaram em descobrir, com 24 anos, que uma amiga sua, é na verdade, sua irmã? Não, né? Isso nem passa pela cabeça de um ser humano. Mas aconteceu comigo. Ontem, descobri, que a minha amiga, irmã da minha noiva, é na verdade, minha irmã. Eu nem consigo explicar o que estou sentindo. Dormir, para mim, foi quase impossível. Até que consegui cansar a minha mente e adormecer. Não consigo acreditar, que meus pais esconderam isso de mim, todo esse tempo. Estou tentando entender os motivos que a mamãe falou. Mas confesso que está difícil. Agora tudo faz sentido: a mamãe sempre falar que falhou como mãe, as vezes que ela me perguntava, se ela iria gostar de ter uma irmã... Como eu não percebi nada antes... A Priscila comentou comigo, sobre a suspeita da Juh ser adotada. Mas jamais passou pela minha cabeça, que ela seria filha dos meus pais. Eu nem acreditava que ela realmente era adotada. O pior é que, ela ficou diferente comigo. Hoje levante cedo, fiz minha higiene matinal e fui até a cozinha, onde estavam meus pais.

Débora: - Bom dia, filha! - Fala a olhando, apreensiva.

Leandro: - Filha, bom dia! - Fala a olhando.

Natalie: - Bom dia! - Fala sem olhá-los, pegando uma maçã em cima da mesa.

Luíza: - Você não vai tomar café com a gente?

Natalie: - Não. Preciso ir. - Fala ainda sem encará-los.

Leandro: - Filha, não faz isso conosco. Somos seus pais. Erramos. Mas tivemos nossos motivos. Um dia, você irá entender.

Natalie: - Eu só preciso de um tempinho. Depois conversamos. Agora, realmente preciso ir. Tchau. - Vai embora, sem beijá-los, como sempre costuma fazer.

Enquanto a Natalie entrava em seu quarto e saía de casa, em direção à Mansão, na casa dos smiths, o clima não estava dos melhores. Uns 30 minutos depois: a Natalie chega na mansão. Todos estavam sentados na sala, enquanto dava a hora de tomarem café. Todos estavam em silêncio.

Natalie: - Bom dia, gente! - Fala os olhando, pensativa.

Priscila: - Bom dia, amor!

Os demais: - Bom dia!

Priscila: - Como você está? - Pergunta a olhando.

Natalie: - Estou bem, na medida do possível. E você?

Priscila: - Confusa. Não sei o que falar ou o que fazer. Acho que a Juliana não  vai descer para tomar café. Ela acha que todos nós sabíamos e não a falamos.

Natalie: - Eu não sabia de nada disso. Eu vou terminar de arrumar a Sofia, para trazê-la.

Priscila: - Eu pedi para a Marcela fazer isso. Achei que você chegaria mais tarde, hoje.

Natalie: - Não. Eu queria saber como a juh e como vocês estavam. Eu só queria sair de casa. Ainda não sei, como irei entender meus pais. Por agora, gostaria que a Juliana me ouvisse. Eu vou até o quarto dela.

A Natalie então vai até a porta do quarto da Juliana.

Natalie: - Juliana? Juliana? Por favor! Conversa comigo. - A chama, mas a juh não a responde. - É sério, que vai me ignorar, sem eu ter feito nada com você? Você está me culpando por algo que eu não tenho culpa nenhuma. - Fala com a voz embargada. - continua sem resposta. - Juh, se você não quer mais olhar para mim, falar comigo, enfim... ao menos me fala. Seu silêncio está me atormentando.

A Juliana percebe que a Natalie estava chorando e resolve respondê-la:

Juliana: - Me perdoa, Natalie! Eu só não consigo te encarar no momento. Estou tentando assimilar tudo isso. A minha cunhada se torna minha irmã e minha irmã: minha cunhada. Meus pais adotivos, me esconderam isso a vida toda e meus pais biológicos estavam tão pertos e eu nem sequer imaginava, que eles pudessem abandonar um filho. Eis que eles abandonaram. E esse filho fui eu. Eu nem sei o que pensar agora, entende?

A JUÍZA E A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora