Natalie...
Ontem, eu desabafei com minhas amigas e com a minha mãe. Ainda está muito difícil, reagir. Mas preciso me levantar. Eu não imaginava que doía tanto. Mas tudo passa. A minha mãe me perguntou, se irei me afastar da Sofia. Eu não posso me afastar dela. Prometi que jamais a abandonaria. Mas como faço, para vê-la? A Juliana me falou, que ela está sofrendo muito. E eu juro, que não queria que ela sofresse. Na verdade, não imaginei, que ela iria chorar, por mim. Talvez, um pouco, pois às vezes, ela me chamava de mamãe Natalie. Hoje, acordei logo cedo. Mas lembrei que não tenho mais um emprego. Se é que eu dormi. Quase não consegui dormir. Não paro de pensar em tudo que aconteceu. E agora, meus pais também estão sentindo muito. Para eles, a Sofia já é uma Neta. Meu pai queria ir falar com a Priscila, mas eu falei que não. Que ele não fosse. Acho que só temos que dar tempo ao tempo. Um dia, tudo irá se resolver. Agora, vou tentar reagir, ajudar a mamãe, para me distrair.
Natalie: - Bom dia, mamãe! - Fala com a voz roca e, beija a cabeça de sua mãe.
Débora: - Que bom, te ver aqui, filha. Fico feliz, que tenha saído do quarto.
Natalie: - Preciso reagir. A senhora sabe que não gosto de ficar quieta, né? Em quê, eu posso ajudar?
Débora: - Sei sim, minha filha. Você pode fazer o suco. Eu ia fazer agora. Eu vou lavando essa louça. Já, já seu irmão vem tomar café, para ir para a escola. Você deixou o carro na mansão, né?
Natalie: - Sim. Não faz sentido, permanecer com o carro que ela me deu. Não se preocupe, que eu irei chamar um carro e irei deixá-lo na escola. O papai foi logo cedo, comprar as peças, né? - fala pegando o liquidificador.
Débora: - Sim, ele foi logo cedo. Antes de sair, me perguntou se eu achava que não iríamos ver a Sofia, mais.
Natalie: - Claro que iremos. Ela não morreu.
Débora: - Apesar do pouco tempo de namoro: vocês têm um vínculo. A Sofia não irá te esquecer assim. E ela, irá reuni-las novamente.
Natalie: - Eu amo a Sofia, mamãe. Estou sentindo muito, a falta dela. Mas acho que ela já não está nem aí, para mim.
As duas terminam o café da manhã conversando sobre a Sofia. A mesma havia acordado e, a Tia estava ao seu lado.
Juliana: - Bom dia, meu anjo! - toca em seu pescoço e em sua testa. - Você está com febre. Não tem como você ir para a escola.
Sofia: - Eu não quero mais ir para a escola. Não quero! - Fala de cabeça baixa.
Juliana: - Calma, meu amor. Vou ligar para a sua médica.
Sofia: - Não vou tomar soro de novo.
Juliana: - Meu amor, você vai adoecer. Não faz isso com e gente. Por favor! Estamos muito preocupadas.
Sofia: - Eu quero a Natalie, titia. - Começa a chorar.
Juliana: - Meu amor, não fica assim. Por favor!
Sofia: - Eu não quero perder a minha outra mãe, meus avós e meu amigo Felipe.
Juliana: - Você não irá perdê-los. A Natalie te ama, como uma filha.
Sofia: - E por que ela foi embora?
Juliana: - É complicado. Mas um dia, você irá entender. A Titia vai tomar um banho, para tomar café. Venho comer aqui, tá? Vou só pegar a minha comida.
Sofia: - Pode tomar café lá mesmo. Eu vou ficar aqui na cama.
Juliana: - Tem certeza? Quer que eu traga leite com tody, para você?
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A JUÍZA E A BABÁ
FanfictionEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...